Fui acordada com o meu despertador tocando. Desliguei o mesmo e me lembrei que hoje eu tenho aula.
Fiquei em função do Payton humano que acabei esquecendo de fazer a lição de casa.
Me mexi na cama e ele acordou. Se espreguiçou me olhando.
— To com fome. — Falou.
— Você sempre está. — Dei carinho em sua cabeça. — O que acha que comer comida normal?
Eu sempre dei ração para Payton, dei apenas uma vez um pedaço de pão, ele gostou até.
— Que tipo de comida?
— Bacon, torrada, leite, panquecas. Essas coisas.
— Me parece uma boa ideia. — Ele iria começar a correr mas eu o impedi.
— Nada de bagunça, esqueceu?
— Eu preciso correr. — Payton disse agoniado. — Não consigo ficar parado.
— Eu sei. Depois eu te levo para correr lá fora.
— Você vai pra escola, né? — Concordei. — Posso ir junto? Eu sempre quis ir, por favor!
— Tá maluco? Não pode.
— Por quê? — Ele pareceu triste.
— Payton, não fica assim. Você só não pode entrar na escola por que não é um aluno matriculado.
Me parte o coração ver ele tristinho, mas infelizmente eu não posso fazer nada.
— Ah, tudo bem. Vou ficar aqui sentado como um bom garoto. — Ele se sentou na cama e sorriu.
Olhei desconfiada e fui me arrumar no banheiro. Depois de colocar roupa, voltei até meu quarto e arrumei minha mochila.
— Fica aí, eu já te trago alguma comida.
— Ok.
Ele estava agindo estranho...
Antes de sair do quarto fechei a porta. Desci as escadas e vi minha mãe preparando o café da manhã.
— Bom dia. — Falei me aproximando. — O que tem pra comer?
— Ovos mexidos, panquecas e waffles. Se quiser, tem cereal no armário.
— Acho que só vou comer waffles mesmo. — Peguei uns cinco sem minha mãe perceber e voltei para o quarto correndo.
— O que é isso?
— Waffles. — Entreguei três pedaços para ele. — Pode comer.
— Não posso comer meus biscoitos ou minha ração? Me parece melhor. — Fez uma careta.
— Acho melhor não. Agora você está em um corpo humano, tem que comer comida normal. Pode fazer mal comer ração.
— Você tem razão. — Ele começou a comer os waffles e parece que gostou, já que eu tive que dar mais um pedaço para ele.
Eu não tenho muita fome de manhã, por isso comi só um pedaço e fui escovar meus dentes.
— Fica aqui. Às onze horas eu volto. — Avisei Payton. — Se cuida, meu anjinho. — Dei um beijo em sua testa. — E por favor, não faça bagunça.
— Boa aula, Diana. — Ele me abraçou forte. — Te amo muito.
— Tchauzinho. — Acenei antes de fechar a porta.
Demorou aproximadamente quinze minutos para eu chegar na escola. Logo vi Nessa andando pelos corredores e fui até ela.
— Bom dia! — Abracei-a.
— Bom dia. — Colocou alguns livros no armário e se virou para mim novamente. — Entrou um menino novo hoje.
— Quem? — Perguntei olhando ao redor.
— Não sei o nome, vi ele correndo pelo pátio e dando em cima de algumas meninas.
— Ah. — Revirei os olhos. — Deve ser um galinha.
— "Deve" não. Ele é. — Nessa apontou para um canto e olhei para o mesmo. Era Payton! O meu furão.
O que ele tá fazendo aqui na minha escola?
O menino estava passando a mão no rosto de uma das alunas da escola, e parece estar dando em cima dela. De repente ele começa a tirar as calças. MEU DEUS!
— PAYTON! — Fui correndo até meu furão. — O que você está fazendo? — Peguei em seu braço e levei-o para um lugar mais afastado.
— A gente ia acasalar.
— O que? — Franzi o cenho. — Eu já te disse que não é assim que funciona com os humanos. Você não pode chegar em alguém e querer transar com ela!
— Transar é uma palavra muito feia. Eu queria acasalar. — Se justificou. — Ela não parava de me olhar.
— Mas, Payton...
— Ela me queria, eu sei quando alguém me quer. Sou o macho alfa.
— Que macho alfa o quê, menino! — Tapei meu rosto desapontada. — Você tem que agir como um humano.
— Você sempre fala isso. — Ele cruzou os braços.
— E como você chegou aqui tão rápido?
— Vim correndo. — Sorriu abertamente. — Tava muito chato lá no seu quarto.
— Volta pra casa, por favor. — Pedi. — E não deixa meus pais te verem.
— Tá bom. — Ele revirou os olhos.
Vi o técnico do time de futebol americano se aproximando de nós dois, provavelmente vou levar um xingão por causa de Payton.
— Diana, querida. — Ele sorriu para mim. — Quem é esse garoto?
— Ele? Ele... Ele é o meu primo. — Inventei qualquer coisa. — Mas fica tranquilo, ele vai voltar pra casa agora, não é mesmo, primo?
— Claro. — Payton concordou.
— Não, não. Eu preciso de um capitão pro time. — Revelou e fiquei confusa. — Seu primo corre bastante, o que acha de participar do time desse ano? — Olhou para o meu furão.
Oh meu Deus.
— Time? — Payton ficou confuso.
— É, o time de futebol. Não gosta de correr?
— Eu adoro. Quero entrar sim! — Pulou em cima do treinador.
— Ah, ok. Venha para o treino no final da aula.
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Meu Furão - Payton Moormeier
FanfictionDesde pequena Diana teve seu bichinho de estimação, um furão. Mas em um belo dia ele vira um humano. Início: 06/04/2021 Término: 07/06/2021 • História inspirada em um pov do tiktok. • Não aceito adaptações da minha obra.