— O que você faz aí em cima? — Fechei a porta do quarto e joguei minha mochila em um canto qualquer. — Como você subiu?
— Eu não sei. Me tira daqui. — Ele disse desesperado. — Acho que fiquei preso!
— Não se mexe! — Avisei. — Que merda, Payton! Vai quebrar a minha lâmpada!
— Me tira daqui! — Ele pediu assustado.
— Tá calma... — Me escorei na parede tentando pensar em algo, acabei encostando minhas costas no interruptor e o ventilador ligou.
— DianAAAAAAAAAAA. — Payton berrou e ficou girando pelo ar.
— PAYTON! — Apertei os botões do ventilador e aos poucos foi parando. — Me desculpa!
— Isso foi legal. — Falou rindo. — Liga de novo!
— Não. Ficou maluco?
Eu até iria ajudar Payton a sair de cima do meu ventilador, mas... Minha mãe entrou no meu quarto assustada.
— Que isso? — Olhou para o menino que estava praticamente no teto. — É o homem aranha?
— É um amigo. — Falei rápida. — E ele ficou preso, tadinho.
— Como?
— Acontece, mãe. — Sorri nervosa.
— Ajuda esse menino, Diana. — Ela olhou para ele. — Qual é seu nome, querido?
— Payton.
— O mesmo nome do furão da Diana, garanto que foi em sua homenagem o nome.
— Foi mesmo. — Menti. — A gente é amigo há muito tempo.
— Sim sim. — Payton concordou.
Subi em cima da cama e ajudei ele a sair do ventilador, ele só machucou o cotovelo, nada demais.
— Cadê aquele seu furão, filha?
— O Payton... — Olhei pros lados tentando pensar em algo. — No banheiro. Ele tá no banheiro.
— Ah, tudo bem então... Querem comer algo?
— Eu quero. — O menino disse animado.
— Vocês realmente são amigos? — Perguntou minha mãe desconfiada. Descemos as escadas e fomos até a cozinha comer algo.
— Sim, mãe. — Afirmei.
Tecnicamente Payton é meu furão e meu melhor amigo. Conto absolutamente tudo para ele, ou contava né. Agora é estranho falar algumas coisas com ele humano.
Nunca na vida rolaria algo entre nós dois. Primeiro: ele é um animal, mesmo que seja humano agora. Um dia ele vai voltar a ser um furão. Eu acho.
Segundo: Isso seria praticamente zoofilia. O que é algo bem nojento. Tadinho dos animais.
O amor que eu sinto por Payton é amor de dona e bichinho de estimação, nada além disso.
Minha mãe ficou conversando com Payton, enquanto eu comia e mandava mensagens no grupo da festa confirmando minha presença.
Não faz mal se divertir por uma noite com o pessoal da escola.
Acho que vou levar Payton junto.
É óbvio que eu vou levar.
Não posso arriscar deixar ele sozinho destruindo meu quarto.
Quando deu sete horas da noite minha amiga, Nessa veio aqui em casa e nos arrumamos para a festa.
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Meu Furão - Payton Moormeier
FanfictionDesde pequena Diana teve seu bichinho de estimação, um furão. Mas em um belo dia ele vira um humano. Início: 06/04/2021 Término: 07/06/2021 • História inspirada em um pov do tiktok. • Não aceito adaptações da minha obra.