Vovôs e Vovós

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Quatro Meses de Gestação

Era oficial, eu estava fora do terceiro trimestre a uma semana. Viva! E segundo Hope Van-Dyne, meu bebê estava se desenvolvendo muito bem e dentro do esperado. Viva de novo! Ele também havia me dado uma trégua com relação aos enjoos e isso para mim era uma vitória tripla.

Na última consulta pudemos ouvir o coraçãozinho do nosso bebê pela primeira vez e ele batia tão depressa e tão alto, fazendo questão de avisar que estava ali. Nem eu, nem meu marido chorão, pudemos conter as lágrimas, era incrível poder escutar e sentir nosso pequeno milagre, porque era isso que aquele bebê era para nós dois. Um pequeno milagre.

Ultimamente eu vinha me perguntando como podia amar tanto um ser de nove centímetros e quarenta e três gramas. Eu nem o conhecia ainda, nunca o tinha segurado e mesmo assim sabia que ele me tinha nas palmas de suas mãozinhas desenvolvidas a pouco tempo.

Por falar em tempo, as coisas estavam passando rápido demais. Quatro meses de gravidez e oficialmente fora de perigos mais graves, sorrio pensando que agora poderia finalmente gritar para o mundo o motivo da minha súbita felicidade e crises hormonais.

Olho para Steve que estava deitado ao meu lado na cama. Ele estava tão ansioso quanto eu para a chegada desse momento e mal podia esperar para contar para meus sogros. Meus pais também amariam a notícia é claro, seria o primeiro neto dos quatro e com certeza seria recebido com todo o amor do mundo.

Minhas mãos deslizam pelo cabelo de Steve, e observo o mesmo respirar relaxadamente. Começo a distribuir alguns beijos no rosto dele, depois no pescoço e minhas mãos começam a deslizar pelo corpo, que depois de tanto tempo juntos, eu já conhecia como a palma da minha mão. Antes que eu possa tocar onde realmente tinha a intenção paro ao ouvir a respiração pesada dele.

- Por que parou? - ele sussurrou e seu hálito quente em meu pescoço causa arrepios em minha espinha de uma forma deliciosa.

- Então você está acordado? - beijei o pescoço dele e passei os beijos para o ombro e peitoral. Era quase como se pudesse sentir a pele dele queimando em cada parte que meus lábios tocavam - Por que fingiu que estava dormindo?

- Queria saber até onde ia - a voz dele sai de forma entrecortada quando dessa vez meus lábios depositam um beijo em sua coxa e a mão desesperada para enroscar-se em meus cabelos me faz sorrir com o desejo ardente que crescia nele - De onde veio todo esse fogo afinal?

- Mais de três meses Steve, foi daí que veio - e parece que isso é explicação suficiente, antes que eu perceba as posições já estão invertidas e dessa vez é ele quem está por cima de mim.

"Mãos bobas", beijos ardentes, beijos em partes muito específicas de ambos os corpos... Parecia que eu estava pegando fogo quando finalmente recebi Steve dentro de mim. Dessa vez fomos mais devagar e leve do que realmente tínhamos o costume, mas quem se importava? Era tão bom como sempre foi.

Éramos nós dois ali e nunca precisamos de muita coisa para fazer um quarto pegar fogo.

Os gemidos misturados e as respirações cada vez mais pesadas indicavam que o ápice estava perto e realmente não demora para que isso aconteça.

Gentilmente, Steve se retira de dentro de mim e deixa um beijo carinhoso em meus lábios. Sorrio ao sentir o sorriso dele contra minha boca.

- Muito bom dia senhora Romanoff-Rogers - rio com as palavras dele e o sorriso sacana em seu rosto - Devo me preocupar em ser atacado com mais frequência?

- Está reclamando? - minhas unhas deslizam pelas costas dele mais uma vez e o observo balançar a cabeça em negação.

- Jamais, inclusive pode fazer isso quando quiser, quantas vezes quiser, estou a disposição - ele brinca, não era realmente de todo uma brincadeira, e me beija novamente, dessa vez com calma.

I've Been Waiting For You - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora