Descobertas

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Cinco Meses de Gestação 

Poucas coisas faziam Maria Hill perder a compostura e podiam deixá-la realmente empolgada, entre essas coisas estavam: a) open bar, b) aumento no salário dela, c) liquidações. Em resumo, crianças não estavam incluídas na lista de coisas que deixavam minha amiga verdadeiramente feliz, muito pelo contrário. 

Então quando eu contei a ela que estava grávida, mês passado, me surpreendi com um sonoro: eu já sabia. 

"Natasha você chorou quando o grampeador sumiu, tinha surtos de raiva do nada, estava comendo bem mais que o normal, e fazia umas misturadas muito doidas. Além disso, seus seios estão enormes.", aparentemente eu vinha dando sinais da gravidez o tempo todo, ou talvez Hill só me conhecesse bem o suficiente para saber diferenciar o meu normal do meu eu, um pouco, alterado. 

Ela perguntou se eu e Steve estávamos felizes, quando eu disse que sim, a mesma havia me desejado parabéns, e... E foi isso. Parecia que eu havia contado que tinha decidido pintar o cabelo, não que um ser humano estava crescendo dentro de mim. Não é como se isso me incomodasse, claro que não. Na verdade eu já esperava por isso, era essa a reação que combinava com ela, e isso não significava que ela não se importasse. Maria só tinha um jeito próprio de dizer que gostava e se importava, em geral era com gestos simples, coisas como "estava na cafeteria e lembrei que esse é o seu favorito, então trouxe um para você". 

 Era por isso que eu não conseguia entender os olhos brilhando a minha frente enquanto a mesma esperava ansiosamente que eu abrisse um presente que ela havia colocado em meus braços no minuto em que passou pela porta da minha casa. Steve havia saído com Bucky e Joseph para pescar, iria chegar depois do almoço já que pela tarde tínhamos uma consulta com a dra. Van Dyne e iríamos fazer uma ultrassom, na esperança de descobrirmos o sexo do bebê. Não havíamos nem ao menos começado a pensar em nomes e isso me lembra que deveríamos começar a planejar esse detalhe urgentemente. 

Voltando para minha melhor amiga.

Maria e eu havíamos combinado de nos encontrar no meu apartamento para maratonarmos alguma série qualquer, assistir algum filme, ou simplesmente jogarmos conversa, como costumávamos fazer desde antes de eu e Steve casarmos. Agora estava sentada em uma poltrona com aquela caixa em minhas pernas, enquanto a mesma aparentava estar muito a vontade deitada no sofá enquanto fazia careta para Luna, fazer o que ela era uma pessoa que preferia cachorros. 

Ao retirar a tampa da caixa me surpreendo com o conteúdo. Uma linda ovelhinha de pelúcia estava a minha frente. Branquinha, com um cachecol azul e branco, e parecia ter aquele cheirinho de bebê maravilhoso. Era tão fofa, tão macia... Perfeita para ser o bichinho de pelúcia preferido de qualquer criança. 

- É tão linda - digo para ela com um sorriso gigante rasgando meu rosto e volto meu olhar para Maria que também sorria, mas de forma mais discreta - É o primeiro presente que o bebê ganhou. 

- Sério? Eu fui a primeira? - e aqui podemos ver o espírito competitivo dela ainda mais aflorado, até quando não tinha uma competição ela arrumava um jeito de ganhar - Vou ser a melhor madrinha que essa criança poderia ter. Vou levar para fazer a primeira tatuagem, vou mimar muito, mas prometo não tirar sua autoridade, e quando começar a me irritar eu te devolvo. Esse negócio de ser tia parece legal, posso ficar com a parte boa e também vou poder deixar você e Steve lidarem com o resto, educação e essas coisas chatas e importantes. Pelo amor da deusa, Natasha você está chorando?

- Não - digo com a voz ligeiramente embargada e o olhar dela parece endurecer um pouco mais - Eu estou grávida, não pode dizer para uma mulher grávida parar de chorar, principalmente depois de tudo isso e de ela ganhar o primeiro presente do bebê!

I've Been Waiting For You - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora