Capítulo 5 - Voy a intentar que sea el peor

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Roberta deu um sorriso malicioso para Josy, que, por sua vez, ficou apreensiva imaginando que tipo de ideia para animar a noite se passava na cabeça da amiga

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Roberta deu um sorriso malicioso para Josy, que, por sua vez, ficou apreensiva imaginando que tipo de ideia para animar a noite se passava na cabeça da amiga. A morena ainda estava por conhecer a aptidão nata que Roberta tinha para criar o caos onde quer que fosse. Bastavam apenas segundos para que a mente de Pardo inventasse as ideias mais ousadas e mirabolantes, capazes tanto de metê-la quanto de livrá-la de encrencas.

A apresentação de dança do grupo de Mía havia acabado de começar e todas as atenções estavam voltadas ao tablado centralizado no saguão. Mesmo para a modéstia do evento, era uma apresentação e tanto: as luzes no hall estavam baixas e havia uma iluminação especial, providenciada pelo próprio grupo, focalizando o palco; as meninas usavam glitter por todo o corpo e roupas provocativas que combinavam com a rotina que haviam montado. Sob o comando de Mía Colucci, as performances do grupo de dança eram sempre milimetricamente calculadas para serem glamurosas e bem executadas. A líder nunca aceitava menos que a perfeição, afinal, quando se apresentava, era sua paixão pelo palco e sua imagem que estavam em jogo. E perceber isso só aumentava a tentação de Roberta a aprontar algo com aquela garota de aparência e caráter tão enigmáticos.

Roberta, sorrateiramente, abriu caminho entre os alunos até chegar em Celina, que assistia à apresentação em pé, a alguns passos da mesa com a caixa de som. Fingindo estar se encaminhando para a mesa de trás, onde estavam dispostos os lanches para os alunos, Roberta esbarrou com força em Celina, forjando ter sido empurrada por alguém em cima da ruiva.

-Olha por onde anda, garota! -Celina retrucou com raiva.

-Presta atenção você que tá aí parada feito um cone. Isso aqui é caminho, não tá vendo? -Roberta provocou por diversão, se afastando de Celina enquanto a mesma revirava os olhos, sem ímpeto para armar um barraco durante a apresentação de suas amigas.

Ao sair de perto de Celina, Roberta sorriu vitoriosa para si mesma, pois havia conseguido exatamente o que queria: ao fingir o "esbarrão", pegou o celular do bolso de trás da garota que estava conectado à caixa de som usada pelo grupo de dança. Discretamente, Roberta botou seu plano em ação e abriu uma página suspeita no celular da garota.

De cima do tablado, Mía tinha seus olhos em Roberta. Sempre que tinha oportunidade durante a execução da rotina, ela deixava seu olhar repousar sobre Pardo. Admirava a garota ao mesmo tempo em que a olhava curiosa por suas ações, já que a ruiva, ao contrário da grande maioria dos colegas, parecia não prestar nem um pouco de atenção na sua apresentação. Mía sentiu seu ego levemente insultado por isso e empenhou-se cada vez mais na coreografia com o intuito de chamar a atenção da garota, sempre conferindo se seus esforços surtiam efeito ou não.


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