Malzahar, o Rei dos Berques

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Capítulo 8 – Malzahar, o rei dos Berques

— Alteza? — Celeste se virou.

O olhar de Stella foi para o teto oval. As sapatilhas estavam sujas. Era humilhante para ela ir a um lugar onde estava as fadas que havia expulsado.

— Pare de formalidade, onde está a Cinder? — Stella se aproximou devagar.

— A sua filhinha? Estava aqui ontem, até eu expulsar ela daqui — Celeste deu um sorriso debochado e olhou Stella de cima embaixo. Estava usando um vestido preto com uma capa verde escuro, estava manchado de sangue nas pontas. Na cintura tinha uma espada apontada para baixo.

— O quê você fez com ela? — Stella se aproximou rangendo entre os dentes.

— Eu não fiz nada — Celeste andou de um lado para o outro e desviou os olhos escuros — Mas ela estava acompanhada. Por três fadas, e _um_ duende.

Stella parecia ter ficado perplexa. As coisas estavam começando a dar errado.

— Um duende? Como ele era?

— Alto, pálido, olhos azuis, cabelos brancos. Usava vestes marrons e azuis marinhos. Ele chegou depois com as outras fadas e pelo o que eu ouvi — Celeste girou de volta — Eles estavam aqui para buscar ela. Eles descobriram de tudo, os Berques, Malzahar, inclusive. Uma de suas fadinhas, conseguiu entrar na mente dos Berques.

Celeste falava num tom de nojo, enquanto balançava uma faca de caça em suas mãos. Sua vontade era de arrancar o rosto perfeito de Stella.

— Para onde foram? — Stella olhava firme para o chão.

— Para o sul. Eu sugiro que controle logo essas fadas. E se for para expulsar elas, não vou acolher nenhuma — Celeste olhou pela janela. Não parecia ter ninguém além das renegadas, mas no fundo da floresta. Ela cosneguia ver diversas fadas, observando de longe — Deve ser muita importante. Para um exército de fadas saírem da cidade, atrás de uma?

— Você sabe muito bem do porquê, a Cinder não deveria ter saído da cidade. Eu vou achá-las e levar de volta — Stella apressou o passo para a porta.

— E o duende? — Celeste endireitou o rosto, para olhar ela.

— É um duende, se for necessário, eu mato ele também — Stella abriu a porta e olhou pela última vez a líder das renegadas — Quando eu levar ela de volta, vai voltar tudo ao normal.

— "Ao normal" ? Uma cidade inteira de elfos, 1400 habitantes, foram todos mortos. Por você e suas fadas — Celeste deu um passo para frente.

— Elfos tem vilas subterrâneas — Stella voltou-se a ela.

— Mas 1400 é um número muito alto, Stella! — Celeste aproximou de seu rosto — Você acha que eu não sei? Você acha que eu não sei do que aconteceu com o Malzahar, você acha que eu não sei que a Cinder é uma fada dos–

— Cale...a boca — Stella sibilou arregalando os olhos — Você não sabe de nada.

— Você me expulsou porque eu sei de tudo. Imagine quando a corte das bruxas descobrirem o que aconteceu — Stella agarrou o pulso de Celeste e ela parou de falar — Tudo vai desmoronar.

— Nada vai desmoronar. E sua boca vai continuar calada. Você ainda está com seus poderes porque eu permiti — Stella gritou — Não se fala mais nisso.

Então a fada saiu. Celeste passou a mão no pulso e viu que tinha um pouco de poeira, uma poeira escura. Soltou uma risada curta e depois saiu da pequena casa.

Os feixes do sol iluminava a floresta. As fadas haviam dormido cedo, dentro de uma pequena caverna, que elas mesmas abriram.
Rebecca foi a primeira a acordar, se espreguiçou e olhou os quatro do seu lado. Sem pensar muito, ela saiu da pequena caverna e resolveu olhar o amanhecer.
Madelyn foi a segunda a acordar. Sua cabeça estava doendo, tentou voar mas as asas ainda estavam doendo. Ela logo foi ao lado de Rebecca.

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