“para o meu eu jovem – as fadas sempre existirão”
Todos nós já ouvimos essa história. A história de seres humanos pequenos. Com asas e roupas brilhantes. As fadas. Alguns acham que é fantasia, mas apenas aqueles que vivem entre eles. Sabem a verdade.
☆
Cinder estava cansanda pela noite de aniversário anterior, fizera 16 anos. Ela olhou em volta da casa de madeira e empurrou os algodões da cama. Andou até o espelho e deu um bocejo. Caminhou lentamente ao banheiro, limpou a boca e o rosto. A manhã estava ensolarada na floresta, conseguia ouvir os pássaros cantando. Ela foi ao guarda roupa e vestiu uma camiseta alaranjada, com shorts de tecido macio. Colocou as sapatilhas e bateu as asas para se certificar que estava disponível para vôo hoje.
Cinder era uma fada pequena para sua cidade, uma adolescente qualquer. O rosto redondo, macio e delicado. Com olhos azuis vibrantes. Ela não gostava de manter o capelo loiro solto então sempre o prendia num coque. Detestava os cabelos ao vento.Ela abriu a porta e sentiu o cheiro de terra molhada. Se choveu, ela não havia percebido.
— Bom dia, Cinder! — Fadas masculinas a cumprimentavam — Está linda hoje.
— Ah, obrigada — Ela forçou um sorriso e suas asas se tremeluziam para o ar.
Ela voou para o alto do salgueiro, a maior árvore da floresta. Lá dentro habitava as grandes casas de fadas mais poderosas. E era onde sua mãe estava.
Ela pousou no quinto andar, pela janela, e viu sua mãe conversando com mais quatro três fadas. Representadas do inverno, verão e outono.— Mãe — Cinder falou baixo.
— Só um minuto, Cinder — A mãe dela, loira e branca como a neve. Usava um vestido amarelado e suas asas eram maiores e mais vibrantes. Ela não falou mais nada e voltou-se aos outros.
— Mãe! — Cinder repetiu.
— Cinder, espere! — Ela pressionou os dentes e voltou a conversar.
Cinder bufou e se apoiou na janela. Ela notara como era os outros representantes. O do inverno era um homem pálido, com roupas azuladas e físico forte. Do outono era um homem baixo e gordinho, com um bigode pontudo. Do verão, era uma fada morena que usava roupas azuis e amareladas.
— Isso é tudo, obrigada — A mãe dela falou e bateu a palma. Vendo os demais saírem da sala. Então se voltou para a filha — Ah, bom, o quê você quer?
— Como assim "o que eu quero" ? — Cinder saiu do lado de fora da janela e pousou ao seu lado. Era uns dez centímetros menor do que a mãe — Quero o que me prometeu quando eu tinha 13 anos. Que eu poderia passar do muro de pedras!
— Achei que quando crescesse iria tirar essa idéia absurda da cabeça — A mãe falou calma guardando livros na estante.
— Absurda?! Você atravessa o muro todos os meses! Por que eu não posso?!
— Porque é muito perigoso. Tem muitas coisas além desse muro — A mãe se voltou a ela — Globins, duendes, bruxas, berques...
— Eu sei usar meus poderes muito bem, olha só! — Ela se virou para um vaso vazio e fez nascer uma flor — Viu?!
— Ah, uma flor, que adorável — A mãe atravessou a sala e colocou a mão no rosto da filha — Nossa cidade está protegida a muito tempo. Sei que está cansada de morar aqui, mas tem que aceitar o destino.
— Eu não acredito em destinos.
— Mas vai acreditar — Ela riu e foi até a porta — Aproveite o dia, tenho assuntos a tratar.
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Fairys - Pelo Amor e Pela Liberdade
Fantasi"Por amor, ela irá conquistar a liberdade" Em um mundo dividido por raças, as Fadas vivem isoladas em seu reino cercado por uma grande muralha. Atrás da grande muralha há um mundo desconhecido, aonde vivem bestas das trevas. Cansada de viver em um...