Vida solitária

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Jin.

O cheiro das flores do jardim da minha casa enfeitaram um pouco mais a minha manhã naquela mansão, não sei a razão ainda de acordar todos os dias sendo que não vejo mais os meus pais e aqui é tão solitário. Lavei o rosto com água fria e corrente para despertar logo de uma vez, e faço minhas higienes matinais.
Saio do quarto indo em direção ao corredor e passo direto pelo quarto da mamãe e do papai, sentia tanto a falta deles que ainda parecia impossível que eles tenham morrido há mais de 3 anos, ainda não conseguia entender e aceitar.

Eu morava naquela mansão enorme somente com o meu irmão mais velho, o Dongmin. Durante o dia saía para algum lugar que nunca me dizia e só voltava à noite, na realidade nenhum de dois trabalhava porque não precisávamos, a herança que nossos pais nos deixaram eram o suficiente para ficarmos sem fazer nada para o resto de nossas vidas.
Todos os dias de manhã eu tomava meu café da manhã na varanda e olhava o jardim com uma enorme sensação de nostalgia. Sinto saudades de algo em especial, mas não sei dizer o que é.

Depois eu passeava pelo bosque que tinha ali perto e assim, eu repetia as mesmas coisas até que chegasse à noite e dormia no mais sono profundo de forma amarga. A verdade é que desde que os meus pais morreram não consigo ter uma noite de sono tranquila, sempre tenho sonhos estranhos de alguém me chamando e quando chegava perto, essa pessoa desaparecia e eu acordava suando frio a ponto de sentir falta de ar.
Eu me sentia solitário na maior parte do tempo, vivia praticamente isolado do mundo todo que tinha lá fora e meu irmão concordava em me manter assim porque dizia que não tinha capacidade mental para enfrentar o mundo. Todos os dias de manhã ele deixava o meu remédio em cima da pequena mesa, era um frasco bem à moda antiga com uma espécie de cheiro diferente. Ele me contou que ia me ajudar nas dores de estômago que estava tendo nos últimos dias, e estavam piorando cada vez mais. E assim começava e terminava os meus dias, sinto falta de uma companhia para conversar.

Às vezes, tenho vontade de sair de manhã cedo e andar por ai até que os meus pés doam, me sinto assim todos os dias. Mas isto não posso fazer.
Coloco 7 gotas diluídas na água do tal remédio e bebo, o gosto não era um dos melhores. Porém, era suportável.



- Minhas flores estão morrendo aos poucos sem um cuidado melhor, uma pena não saber cuidar delas. Só a mamãe tinha o verdadeiro jeito com mãos de fadas. - Digo para mim mesmo enquanto olhava as flores despatalando e morrendo aos poucos, eu não sabia como cuidar desse lindo jardim.


Começo a tomar meu café da manhã pensando nos meus pais, ainda não consigo entender como foi aquela morte deles. Eles estavam tão bem na noite anterior e no dia seguinte, a polícia bateu na nossa porta para informar o acidente. Ainda me pergunto como aquilo foi acontecer em nossas vidas de uma forma tão repentina e logo com eles.






Notas da autora.

Eu postei esse capítulo curtinho só para ter uma nova atualização, esperem para mais capítulos que irão fazer o coração de vocês pularem de tanta ansiedade. ❤

Xoxo. ❤
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Foto da mansão de Jin.

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