Hello, my alien

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Taehyung

Meia hora. É o tempo exato que Jimin se deitou no meu colo e chorava tanto que soluçava, como quis impedir que se sentisse assim com medo e confuso.
Ele mal conseguiu dizer uma palavra quando Jin e os outros nos deixaram sozinhos para conversar, simplesmente desabou em meus braços. E como não se sentir assim após reviver a doença, ter repressões dolorosas e ficar na mira de uma arma por longos minutos ?

Foi uma explosão de sentimentos e acontecimentos que nos atingiram como um raio que cai sem que ninguém espere. A verdade, por mais doída, é que ele precisava passar por isso para aprender a ser mais forte do que já é.





- Você sabe que pode chorar à vontade, mas saiba de uma coisa, vai passar porque nenhuma dor dura para sempre. Nem a física e nem a emocional, apenas aguente firme. - Acaricio sua cabeça e lhe puxo para um profundo abraço que é reconfortante para mim e ele, fazia tempo que não sentia o calor do meu melhor amigo. Abraçá-lo é uma das melhores sensações do mundo e sou privilegiado por tê-lo como o meu melhor amigo. - O que você faz quando um capítulo termina? Você fecha o livro e nunca mais o lê novamente? Para onde você vai quando a sua história acaba? Você pode ser quem era ou quem você vai se tornar.





- É disso que tenho medo. - Finalmente diz algo, respirando fundo e parando de soluçar aos poucos. - Tenho medo de algo acontecer assim que sair daqui, e se a Seulgi errou em nos juntar ou se a Jisoo fez a regressão errada ? Eu estou com a minha cabeça numa montanha russa emocional que os pensamentos positivos e negativos estão misturados, não sei mais o que pensar, o que sentir ou o que esperar no dia de amanhã e sabe o pior disso tudo ? - Me olha por fim. - Que eu não estou me importando se algo de ruim me acontecer tendo em vista tudo que vi e ouvi. Me diz como posso esperar pelo arco íris se estou com o meu céu completamente cinza?





- Eu... - Tento achar palavras, mas sua pergunta tinha um peso enorme na verdade, também estou me sentindo assim por dentro. Só que preciso me manter forte por Jin, e claro, por ele.







Jimin levanta do meu colo enxugando seu rosto levemente inchado e respira fundo algumas vezes. Se senta ao meu lado afundando completamente no sofá daquele quarto, e encara o teto.
Acabo por fazer o mesmo já que minha cabeça também estava pegando fogo, ou gelando por ter passado muito tempo debaixo de chuvas. Havia coisas que queria ter perguntado a Seulgi sobre o Outro Lado porque não me lembro de nada, e nem sei se poderia já que poderia interferir no que faz.

Também havia perguntas para Jisoo sobre a dor que sentiu, quando e como ela começou a também amar Jin, tinha tantas coisas para serem ditas em tão pouco tempo que tudo aconteceu que somente em outra vida irá ter tempo, mas não iremos lembrar desta. Então, não adianta ficar remoendo isso.







- Você se lembra da noite de 21 de setembro?




- Claro que lembro. Você me levou ao lugar mais alto de Seoul após ter um pesadelo no meio da noite. - Digo.





- Você se balançava tanto e seu corpo soava que precisou de um banho gelado. Depois disso, eu te coloquei no carro emprestado de um amigo do estúdio e te levei para melhorar da sensação de...




- De morte. - Completo, são algumas das doces lembranças que guardo dos meus momentos com Jimin durante esses anos de amizade desde que nos conhecemos. Antes de ter Jin como agora, posso afirmar que Park Jimin foi a melhor coisa que me aconteceu nessa vida porque em todos os momentos que precisei dele, esteve ao meu lado. - Ah, se lembra da nossa briga pelos bolinhos ?






- Yah, Kim Taehyungie! Não me lembre disso porque ficamos tanto tempo sem nos falar, foi algo estupidamente infantil.





- Mas foi um incidente bem engraçado.





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