Nunca é um adeus

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- Você atirou nela! - Jimin tentou fazer alguma coisa. - Vamos levar ela para o hospital, quem sabe ainda...




- Você sabe que não.. - Boyoung disse tocando o ombro dele, e ele sabia disso, os disparos foram em lugares fatais. Ela iria morrer antes de saírem da estrada.



Não notaram, mas Dongmin não se sentia bem em ver a Jisoo morrendo por causa dos disparos que ele mesmo disparou. Ela fez a miragem de Jin na frente dele para que atirasse e assim fez, mas quando notou quem era ficou estático sem crer no que tinha feito.
Pela primeira vez, não planejou fazer alguma coisa. Ela seria a última pessoa no mundo que Dongmin queria que aquelas balas acertassem, na verdade trocaria de lugar com ela se pudesse.
Jin encarou o irmão com misto de ódio e raiva de não conseguir salvar sua única amiga. A única pessoa que lhe lembrava como era ter uma família se foi, e novamente não conseguiu fazer nada. Ele se sentia impotente, triste.

Puxou o corpo da amiga fazendo pressão nos ferimentos e dando leves tapas no rosto. Não queria perdê-la.




- Ei, fala pra mim que isso tem jeito... por favor! Você não pode me deixar, é a minha única família. Eu... eu não disse para nunca mais se arriscar por mim?!




- Eu prometi à você, mas não aos outros. - Sorriu malandra, e retorceu o rosto sentindo dor. - Não me admira que esteja aqui, sabia disso tudo, não é ?




- Do quê está fal... - A fala de Jin foi interrompida com Seulgi surgindo do nada, ela sabia o que iria acontecer e explica porque tinha uma tristeza ao redor dela. Ele suspirou entendendo o que aconteceu. - Tem outra maneira ?




Seulgi balançou a cabeça negando, e se ajoelhou ao lado da antiga parceira de quase um século. Ambas rolaram os olhos sem acreditar que até nesse momento, teriam que estar juntas.





- Sempre juntas, não é, traste ? - Jisoo disse. - Não importa para onde vou e nem o que aconteça, estamos juntas.





- É, sempre juntas, princesinha sem reino. - Riu sem graça. - Vou te dar o tempo necessário e depois iremos. - Se afastou nos deixando a sós.




Jin encarou o irmão procurando a razão de ter se tornado assim, tão cruel.





- Eu não queria atirar nela, desta vez foi um acidente. Por mais que você não acredite em mim, não tinha nenhuma intenção...




- Ainda que seja verdade o que diz, não anula todas as coisas que fez antes. Matou nossos pais, me prendeu nessa mansão durante anos e me envenenou inventando uma doença que nunca tive. E agora iria fazer tudo de novo, se tivesse arrependido de alguma coisa teria se entregado a polícia ou ido embora! - Disse. - Agora, você atira na única pessoa que representa família para mim nesta vida. Me diga, irmão, quando se tornou um ser vil e cruel?





- Eu nem lembro quando. - A pergunta fez Dongmin refletir por tão longos segundos que se perdeu em seus próprios pensamentos. Ele não tinha resposta para essa pergunta, nem que quisesse saberia responder e só olhou para o irmão mais novo sem ter o que falar. - Eu sei das coisas que fiz e sei que não há justificativa, assim como fiz na outra vida e nesta. A única coisa que sei é que você, Kim Seokjin, possui algo que jamais poderei ter.





- E o que seria, irmão ? - Curioso com a pergunta dele, não tinham um diálogo há anos. De repente, conversar com seu irmão mais velho ainda que seja nesse momento tão fúnebre e triste, queria escutar.





- Você é doce, leal e tem amor dentro desse coração. Às vezes, vejo a nossa mãe através dos seus olhos e morro por dentro em saber que fiz o que fiz com ela e o papai.





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