Sexta-feira, 19 de março de 1965

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Savannah's pov

— Mas Savannah vai dormir na sua casa? Não há nem quarto de hóspedes! — Noah reclamou revirando os olhos. — Onde ela dormirá?

— No meu quarto, oras! — Any rebateu.

— Na sua cama? — ele fez uma careta.

— Qual o problema? — me meti no assunto.

— Isso é estranho.

— Noah nós vamos embora, te vejo segunda-feira! — Any puxou meu braço revirando os olhos e bufando.

— Eu vou com vocês, quero visitar sua mãe. — ele se postou ao lado de Any.

Andamos ouvindo Noah falar sem parar sobre coisas desinteressantes. A garota ao meu lado pedia desculpas com o olhar pelo "amigo".

Eu sabia que a culpa não era dela. Claro que a volta da escola era um momento nosso, o único que podíamos ser nós mesmas e fazer o que queríamos. Mas eu continuava feliz, mesmo perdendo algumas horas, eu estaria com ela à noite.

— ... Estão prestando atenção?

— O que? Sim... — falei encarando Any, sorríamos.

— Não gosto do jeito que vocês se olham, parecem estar apaixonadas.

Rimos do comentário do menino que continuava com uma feição mal humorada, mas não respondemos.

[...]

— Noah! Faz muito tempo que não nos visita querido. — Priscila abraçou o garoto e o levou para a cozinha.

— Vamos para o meu quarto? — Any sussurrou no meu ouvido.

Fechei os olhos e assento devagar, sentindo arrepios na espinha. Saímos da sala e entramos no quarto quente por conta da janela aberta. Nos jogamos na cama larga, mesmo sendo de solteiro e encaramos o teto.

— Me desculpe por ele, mas hoje temos o dia todo juntas. — ela sorriu.

— E a noite também... — falei maliciosamente.

— Savannah! — repreendeu corando.

Suas bochechas coradas a deixavam ainda mais linda. Não resisti e roubei um beijo rápido, que a fez corar mais. Olhei para a porta para ter certeza de que não havia ninguém e a puxei para o meu colo.

Any prendeu suas pernas ao lado do meu quadril e se abaixou para continuar me beijando. Suas mãos passavam pelas laterais do meu corpo apertando algumas partes. Nossas línguas batalhavam por controle enquanto eu mexia levemente meu quadril a fazendo gemer baixinho e dar uma rebolada.

— M-me desculpe. — ela se afastou envergonhada.

— Não se desculpe amor.

Me deu um último selinho e se deitou ao meu lado novamente.

Noah's pov

Nojo.

Tudo que eu conseguia sentir presenciando aquela cena era nojo.

Any estava em cima de Savannah, elas se beijavam.

Imagina se Priscila e Silvio soubessem o que aquela "nova amiga" havia feito com sua filha.

Voltei para cozinha e me apoiei no balcão ao lado de Priscila que cortava tomate para a salada.

— Pode chamar as meninas para mim por favor? O almoço está quase pronto.

Assenti e segui para o quarto de Any. Elas estavam rindo deitadas na cama.

— Any, Savannah, Priscila está chamando para o almoço. — falei entredentes.

Ambas levantaram da cama parando de rir e me seguiram até a sala de jantar.

Any's pov

O almoço foi tenso. Noah ficava nos encarando como se soubesse de alguma coisa. Será que tinha visto eu e Savannah nos beijando ou era só ciúmes por eu gostar dela?

Quando ele foi embora voltei a respirar normalmente. Savannah pareceu ficar mais calma também.

— Meninas, vamos visitar sua tia, tomem banho bem rápido, se não se importarem de tomar banho juntas... Mas lembrem-se de apagar a luz. — minha mãe arqueou a sombrancelha e cruzou os braços.

— Você se importa, Savannah? — perguntei já prevendo a resposta.

— Se tiver tudo bem pra você...

[...]

Tranquei a porta e olhei para Savannah. Ela já tirava suas roupas e jogava no chão atrás da porta. Antes de tirar sua calcinha me encarou corada.

Me despi, ficando na mesma situação que ela. Mantive o olhar fixo no chão, até a luz se apagar e uma mão levantar meu queixo. Seus lábios pressionaram os meus levemente.

Liguei o chuveiro e peguei sua mão para guiá-la até onde estava.

Meu banheiro não era muito grande, mas o suficiente para ficarmos afastadas. Obviamente isso não aconteceu, a parte traseira do corpo de Savannah estava encostada contra a minha. Aquilo era indevidamente excitante.

Senti seu corpo virar e suas mãos apertarem minha cintura. Deixou um singelo beijo em meu ombro e subiu pelo meu pescoço até o lóbulo da minha orelha, onde deu uma leve chupada antes de apoiar minhas costas na parede e colar seu corpo ao meu.

Seus lábios atacaram os meus com desespero, suas mãos percorriam meu corpo apertando alguns pontos. Estávamos muito grudadas, era um pouco constrangedor que ela soubesse o que fazia comigo, mas me consolava saber que eu causava o mesmo efeito nela.

— S-Sav... — ofeguei cortando o beijo. — N-nós não d-devíamos...

— Você tem razão. — me deu um selinho.

Terminamos o banho rindo baixo e conversando para a situação não ficar mais estranha do que já estava.

Fomos até o quarto em silêncio e nos arrumamos. Sentei na cama e observei Savannah se secar e colocar uma roupa um pouco apertada, muito bonita.

— Meus primos vão se apaixonar por você desse jeito. — comentei.

— Com todo o respeito, mas eles não vão conseguir nada, visto que só tenho olhos para uma pessoa.

— E quem seria o garoto de sorte?

— Ah... ele tem olhos castanhos perfeitos, cabelo cacheado e sedosos... É muito bonito, tem um corpo maravilhoso...

— Acho que conheço esse menino... — sorri e lhe dei um selinho.

— MENINAS! Vamos nos atrasar, venham logo. — minha mãe bateu na porta.

[...]

Ela estava fazendo de propósito. Sei que estava. Sempre que eu encarava Savannah ela estava fazendo alguma coisa sensual que me deixava atorduada.

Nos sentamos à mesa para jantar, Savannah do meu lado. Em algum momento sua mão foi parar na minha coxa, apertando com força. Tentei reprimir um gemido e levei minha mão até a sua intimidade, apertando ali e massageando.

— Savannah querida, você está bem? — minha tia perguntou.

— E-estou, Any pisou no meu pé sem querer. — sorriu amarelo.

— Oh sim, me desculpe Sav.

Tirei sua mão de minha coxa e voltei a comer, sorrindo vitoriosa.

[...]

— Onde fica o banheiro? — Savannah perguntou baixinho.

— Vou levá-la ao banheiro. — avisei alto para todos escutaram e a guiei até o fim do corredor.

Empurrei ela para dentro e tranquei a porta.

— Na mesa do jantar, Savannah? Eu sei que estava fazendo tudo de propósito.

— O que? Eu não fiz nada! — piscou inocentemente.

— Espere só até chegar em casa senhora Clarke! — destranquei a porta e saí.

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take me to church;; SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora