Segunda-feira, 13 de setembro de 1965

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oi lindes, nesse capítulo tem um hot e quem não se sentir bem em ler ou não quiser, pode pular não vai mudar em nada.

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Any's pov

O primeiro dia foi entediante. Tivemos que escolher quais atividades iríamos fazer ao longo da semana e organizar nossas coisas nos pequenos chalés para três pessoas.

Durante a viagem de ônibus no dia anterior, Krystian me contou sua história. Disse que sua mãe, seu pai e ele eram da China. Chegaram na Inglaterra no final de julho, mas quase ninguém na cidade falou sobre isso.

"Sou só um garoto perdido na vida..." ele suspirou no fim.

Contei minha vida sem entrar em detalhes. Comentei que havia terminado um relacionamento recente, mas não disse com quem e também não contei o que aconteceu no fundo do ônibus.

Apresentei ele aos meus amigos, ficamos o dia inteiro juntos. Estava divertido, a única pessoa que não foi muito receptiva com Krystian, foi Noah, como sempre. Nem me importei e Krys pareceu não ligar também.

No horário do almoço ficamos numa mesa grande, devíamos ser o maior grupo de lá.

Todos conversavam animadamente, mas eu estava muito ocupada encarando Savannah sozinha em uma mesa no fundo do restaurante.

— O que você está olhando? — Krys questionou baixinho ao meu lado.

— Por que não vai falar com aquela garota? Ela está sozinha. — apontei discretamente para a loira.

— Você a conheçe?

— Savannah Clarke, ela é legal.

Ele sorriu e levantou, dizendo que ia falar com alguém. Seguiu diretamente para a mesa onde ela estava, mas ninguém na nossa mesa reparou. Provavelmente pediu permissão para sentar e Savannah cedeu, sorrindo.

Voltei a minha atenção para a minha mesa e fingi estar entendendo sobre o que eles conversavam.

[...]

— E sobre o que vocês falaram? Se quiser contar, é claro.

— Nada demais, ela mencionou que está aqui porque os pais descobriram que ela tinha uma namorada. Horrível, não? Pais homofóbicos... — balançou a cabeça negativamente. — Quando perguntei se vocês eram amigas ela ficou nervosa.

— É complicado. — cocei a nuca.

— Se quiser conversar, fique à vontade. — deu aquele sorriso reconfortante.

Caminhei até o chalé masculino onde Krys estava e me despedi dele.

Enquanto eu voltava para o meu dormitório, senti pingos escorrendo pela minha testa, estava chovendo.

A chuva se intensificou conforme eu andava. Tinha alguém indo para o mesmo lado que eu, mas não consegui ver quem era devido as gotas grossas que caíam sem parar.

— Any? — a pessoa parou.

Só precisei disso para saber quem era.

— Savannah... Krystian me disse porque está aqui.

— Ele é seu amigo? — apertou os lábios.

— Sim, nos conhecemos ontem.

Ficamos em silêncio, em pé, na chuva. Esfreguei minhas mãos nos braços para me aquecer. Savannah sorriu fraco e se aproximou.

— Sav, aqui não. — tirei suas mãos de minha cintura.

— Tudo bem... — ela olhou para baixo. — O que vamos fazer?

take me to church;; SavanyOnde histórias criam vida. Descubra agora