Capítulo 9

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  Na manhã do dia seguinte, um sábado ensolarado, Josh se dirigiu até o escritório a fim de usar o computador para falar com a irmã. O rapaz estava com saudades daquele ser petulante. Com um meio sorriso e as mãos dentro dos bolsos da calça, ele entrou na casa amarela.  

    Antes que pudesse abrir a porta do escritório, o paramédico ouviu que alguém conversava lá dentro, por isso resolveu esperar. Contudo, Joshua não se surpreendeu com o fato de ficar ainda mais perplexo com a conversa que Cecília estava tendo.
     
— Sim, eu entendo os pormenores — a loira dizia. — Contudo, vocês têm que entender que a situação está extremamente delicada. — Ela fez uma pausa. — Não me venha com essa, isso não vem ao caso, a situação não pode mais ficar assim, está fugindo do controle. — Cecilia seguia argumentando, e pelo barulho andava de um lado para o outro dentro do cômodo. — Entenda de uma vez, eu não tenho mais tempo! Precisa ser feito! — a moça elevou a voz de forma autoritária. — Agora estamos falando a mesma língua — a loira debochou. — Eu quero isso feito até amanhã pela manhã! Sim, vai ter uma reunião no grande refeitório. Isso por volta das nove da manhã. Perfeito! Ótimo! Não me decepcione — e assim ela encerrou a ligação.

Josh piscava parado próximo a porta. O rapaz se encontrava desnorteado. Aquela loira estava se atolando em confusão, e mesmo que ele insistisse que não devia se meter com alguém como ela, Josh se sentia responsável. Afinal, Cecília havia chegado em Costa Sul em sua companhia, ele era o único homem naquela viagem. O pastor Marshall com certeza estava contando com ele para proteger sua filha. Assim como Eva contava. Entretanto, tudo que o rapaz queria era manter distância da moça de cabelos dourados. Tudo nela gritava e exalava problema.

O futuro pediatra ainda estava em uma ferrenha discussão em seu interior quando a porta da casa amarela se abriu, fazendo com que o susto o tirasse do transe.

— Oh, Josh! — Joe entrou sorrindo. Ele parecia bem mais tranquilo do que na noite anterior. — Bom dia!

— Bom dia, Joe! — o paramédico cumprimentou.

— Não imaginava encontrá-lo por aqui, já tomou seu café da manhã? — o moreno seguiu simpático.

— Já sim, fique tranquilo. Vim ver se seria possível utilizar o computador, queria ligar para minha família — Josh explicou um pouco sem jeito.

— Mas, é claro que é possível! — Joe seguiu caloroso como sempre, isso reconfortava o rapaz de cabelos bagunçados. — Pelo que sei a Ceci só faria uma chamada e já iria tomar o desjejum comigo. Ela provavelmente já deve ter terminado. — o moreno foi se aproximando da porta.

— Tranquilo, se ela não tiver terminado eu espero — Josh declarou e Joe assentiu com um sorriso, entrando na sala logo em seguida.       

O paramédico se encostou ao lado da porta, deixou a cabeça pender para trás e soltou um profundo suspiro. Ele não gostava daquilo. Pessoas mesquinhas e voláteis sempre o tiravam do sério. Por que tinha que sobrar para ele? Por que ele tinha que lidar com as duas caras da loira?

 Por que tinha que sobrar para ele? Por que ele tinha que lidar com as duas caras da loira?

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