Capítulo Vinte e Três

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Notas Iniciais

Alguém aí com saudades?

Eu estava, e muito. Infelizmente a inspiração estava uma droga e por isso me demorei tanto para postar, e ainda teve o fato de que eu machuquei o pulso e fiquei uma semana sem escrever, aí, só demorou mais em vir atualizar.

Espero que não tenham desistido da história.

Mas eu não quero ficar enrolando.

Preparados para mais choro?

Peguem seus lencinhos e vamos ao capítulo!








Oi, meu amor. Faz dias que gostaria de pelo menos lhe escrever uma carta, mas...

Me faltavam duas coisas: primeiro, a coragem, porque eu nunca fiz isso antes, e a segunda, a audácia, porque eu tinha medo de que de alguma forma caísse em mãos erradas. Mas tive uma oportunidade. A de entregar nas mãos de alguém que eu sabia, a entregaria a você não importa o que acontecesse.

Bom, provavelmente ainda não sabe, mais já estou sabendo sobre ter contado a Mia sobre mim. O seu pai. E queria que soubesse que não estou chateado. Só gostaria de estar aí, ao seu lado, e de poder abraçar as minhas garotas. Quem sabe um dia? Ainda não sei como, mas confio nas palavras de nossos amigos e de minha irmã de que algum dia eles conseguirão fazer isso acontecer, por mais que esse acreditar seja muito menor do que o não acreditar dentro do meu peito.

Minha única alegria é saber que pelo menos Mia é feliz. E eu espero que ela ainda tenha o lindo sorriso que ela herdou da mãe dela, agora que sabe sobre mim e que não me verá nem tão cedo. E essas palavras são de um pai preocupado e entristecido por não a ver crescer, por não ser eu a protegê-la, por não ser eu a colocá-la para dormir, lhe dar um beijo de boa noite e velar o seu sono, por não ser eu a estar ao lado dela para receber o abraço carinhoso no qual eu sei que ela dá em seu padrinho.

Ok. Isso pareceu um pouquinho de inveja, mas não conte a ninguém.

Eu confesso. Eu tenho inveja de cada dos que estão ao seu lado e ao lado da nossa princesa neste momento. Eles podem acompanhar cada passo dela, e podem te abraçar e dar o apoio que eu sei que precisa por estarmos afastados. Nos momentos mais importantes como o seu aniversário, o meu, o de Mia, as comemorações festivas do ano, e o mais especial depois do aniversário de nossa filha, o dia do nosso aniversário de casamento, eu me sinto perdido e cheio saudades, com aquela vontade quase incontrolável de aparecer em Central City para passar alguns minutinhos com minha família, e sabendo que não posso fazer isso, me perco em cada um dos nossos momentos juntos, sozinho, naquela casa grande e vazia – bom, agora nem tanto já que Thea faz questão de morar comigo junto ao namorado. E sei que é para não me deixar de alguma forma me adentrar no meu mundo obscuro novamente. E ainda assim, em todo momento, eu penso em você, e em como você se sente, e me sinto ainda pior, porque sei o quanto sofre por essa separação.

E eu sinto muito por isso.

Me sinto um pouco culpado por ser quem eu sou. Por estar escolhendo estar longe dos que eu mais amo, por conta da minha outra identidade. Por ser o arqueiro verde. Se eu pudesse saber de alguma forma, a muito tempo atrás, que eu teria a família que tenho hoje, eu faria o impossível para que eu fosse apenas o Oliver Queen, o seu Oliver Queen. E eu sei que não concorda, que mesmo com tudo isso sente orgulho de quem sou, mas tudo que eu gostaria era de estar com vocês, e infelizmente, não posso.

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