Capítulo Um

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Mia corria por todo o medlab; atrás dela, Barry e Caitlin. Aquela era a hora preferida da pequena, a hora em que os padrinhos brincavam com ela. Era melhor ainda quando sua mãe e o tio Cisco brincavam também. Apesar de ter apenas três anos, Mia entendia que algumas horas por dia, sua mãe tinha que trabalhar, mesmo que isso a deixasse tristinha, ela compreendia. Apesar de as vezes a filha reclamar, Felicity sabia como fazer com que a pequena entendesse a situação, e se animasse; era só deixá-la com os padrinhos.

Aquele era um daqueles momentos em que Felicity trabalhava e deixava Mia com seus amigos. Ela quase sempre trabalhava em casa, mas naquele dia, ela tinha que terminar um programa importante e por isso estava na empresa que havia construído quando a filha completou um ano. Sempre que precisava, ela deixava a pequena no Star Labs aos cuidados dos melhores padrinhos do mundo, e corria para a Mia Technologies. A garotinha dava gritinhos alegres e animados, corria de um lado por outro, e mesmo que Barry pudesse correr mais rápido que a pequena, ele não usava seus poderes, a não ser quando queria fazê-la rir ou fazê-la mostrar aquele biquinho tão idêntico ao da mãe, como era o caso naquele momento.

— Ah, tio Barry, não é justo. – Ela cruzou os braços e fez o biquinho, fazendo tanto Barry quanto Caitlin, sorrir.

— Eu acho que ele merece um castigo, Mia. O que você acha?

— Mas de que lado você está, doutora?

— Do lado da minha afilhada, Sr. Allen. Você trapaceou.

— É, tio Barry, você tapaçou. Os tios riram ao ouvi-la falar errado. – Não ri não. – Diz séria, e de braços cruzados.

— Nossa, tão parecida com Oliver. – A garotinha inclinou a cabeça.

— Quem é esse? – Os amigos se olharam.

Felicity nunca tinha dito nada sobre Oliver para o bem da filha. Sua intenção era contar quando Mia fosse grande e pudesse entender a situação. Pudesse se proteger. Por isso até o momento, ela nunca tinha ouvido falar nesse nome antes. Barry não concordava de todo, mas compreendia a amiga, ela só queria deixar a filha protegida. Mesmo assim, ele achava que Mia merecia saber pelo menos alguma coisa sobre o pai, saber pelo menos seu nome, e que ele a ama muito, e que só não está com ela e sua mãe, para protegê-las. Ele queria dizer, Cait também queria muito dizer, mas os dois não fariam isso; primeiro porque Felicity era sua melhor amiga, e confiava nos dois, e segundo porque eles compreendiam o medo que a loira tinha de colocar a filha em perigo.

— Esse..., é um amigo nosso, pequena. – Cait responde, cautelosa.

— E por que o tio disse que pareço com ele? – Tão inteligente como a mãe, pensaram.

— Ei, Mia, o tio Barry não tinha prometido sorvete? – Caitlin mudou de assunto, na esperança de distrair a afilhada.

— Sim, sim, sim. – Deu alguns pulinhos. – Promessa é dívida, tio Barry. – Os adultos se aliviaram, e Barry deixou um sorriso sair de seus lábios.

— Então vamos tomar sorvete.

— Quero muitão.

— Pode tomar quanto quiser.

— Felicity vai te matar. – Diz rindo.

— Vai valer a pena. – Responde rindo junto da amiga.

— Ei. Quem falou em sorvete? – Eles olharam para a porta.

— Tio Cisco. – Ela correu para ele, que a pegou no colo. – Tio Barry vai pagar o sorvete.

— Mesmo? Então prepare o bolso, eu vou também.

— Eu não disse nada sobre pagar pra você. – Cisco fez uma cara triste, chamando a atenção de Mia, como imaginou que aconteceria.

— Viu, Mia? Ele me rejeitou sorvete. – Fingiu que ia chorar.

— Tio Barry, coitadinho do tio Cisco. Você deixou ele triste.

— Chantagista. – Só Caitlin ouviu, e por isso ele a ouviu rir.

— Não pode ser assim, tio Barry. Isso é feio. – Barry fuzilou o amigo, que percebendo que Mia não o olhava, sorriu.

— Tudo bem, vou pagar pra todo mundo.

— Eeeeeeeee. – A pequena comemorou, alto, com as mãos para cima.

— Vamos lá, minha estrelinha.

— Eu vou matar ele. – Rosna assim que o amigo some de seu campo de visão.

— E eu vou falar com ele, isso não faz bem a Mia.

— Eu acho que ele nem mesmo percebeu isso.

— Eu tenho certeza.

Ela passou por ele, mas não viu a bolinha que Mia estava brincando há algumas horas, e tropeçou. Barry a puxou antes de ela cair, mas a pequena poça de água que Mia havia deixado cair segundos antes de a brincadeira acabar, fez com que ele escorregasse, o que consequentemente fez a Snow cair sobre ele. Os olhos se encontraram em meio a respiração ofegante. Eles não esperavam por aquela queda, claro. E muito menos que caíssem daquela forma, tão íntima. O coração apaixonado de Caitlin palpitou. Ela não conseguiu se mexer pelos próximos minutos. Barry muito menos. Ele estava vidrado demais naqueles olhos claros. Vidrado demais no cheiro dela. O perfume era novo, ele constatou. As mãos dele estavam na cintura fina dela e as mãos dela sobre o peito dele. Os olhos não deixavam um ao outro, pelo menos até ouvirem aquela voz conhecida.

— Será que eu posso saber o que está acontecendo aqui? 

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