Capítulo Dezenove

9 2 0
                                    


Oi gente, espero que estejam todos bem. Postei esse, em seguida vou postar mais um , porque fiquei devendo semana passada para vocês.


Beijos!


O relógio de cabeceira indicava que já passava das três e meia da manhã e eu simplesmente não conseguia dormir. Eu tinha repassado os últimos acontecimentos, na minha mente, mais vezes do que podia contar. Se alguém tivesse me contado, que eu terminaria a noite na cama com Enryque Dellanney, ou melhor, no sofá de um barco, ancorado em alto mar e sob a luz das estrelas, fazendo coisas que só de lembrar, ainda arrepiavam a minha pele, eu teria dito que ela não sabia nada a meu respeito.

Mas a vida tem um jeito engraçado de jogar na sua cara a velha e conhecida máxima: Nunca diga nunca. Essa era uma verdade absoluta, que estava tão clara como água quando se tratava dele, e eu era a única, que não queria enxergar.

Talvez "nunca", fosse um advérbio definitivo demais em se tratando da vida.

Se eu não tivesse ido até aquele barco.

Se eu não tivesse flutuado sobre a água.

Se ele não tivesse me tocado.

Uma sequência de ações alteradas, que pela lógica, teria levado a um resultado diferente, mas eu sei, no fundo da minha alma, que nada, absolutamente nada, teria impedido o reencontro que estava destinado a acontecer. Eu me perguntei, o que ele teria dito, se soubesse que sou aquela Alice que ele conheceu em um verão, anos atrás, e que parece que nunca deixou de esperar.

Eu me senti tão patética. Ingênua. Infantil. Como se a adolescência de repente tivesse retornado como uma Tsunami. Mas ao mesmo tempo, parecia que tinha sido preenchida com algo, que senti falta a minha vida inteira.

Ele.

Sua voz.

Seu cheiro.

Seu corpo.

O bip no meu celular indicou a entrada de uma mensagem. Quem mandaria uma mensagem em plena madrugada? Mas depois eu pensei que podia ter acontecido alguma coisa com meus pais ou meu irmão, ou com o bebê de Eva... E eu resolvi conferir.

Pela notificação, o remetente não era nenhuma das pessoas que imaginei: era Enryque.

Ele ainda estava acordado...

Um sorriso esticou meus lábios, mas depois fui tomada por puro pânico, quando o pior cenário passou pela minha cabeça: desde ele me pedindo para esquecer esta noite, até ele me informando, que não seria mais possível trabalharmos juntos.

Deixando as especulações de lado, desbloqueei a tela e abri a mensagem. E ao ler, me perguntei, a quantos episódios de taquicardia uma pessoa poderia sofrer em um único dia, e sobreviver.

Enryque: Não parar de pensar na mulher que estava comigo, há pouco mais de uma hora, faz de mim um otário?

Abracei o celular junto ao peito e suspirei. Assim como eu, ele estava tendo dificuldades em pegar no sono.

Alice: Não se ela estiver pensando em você também.

Enryque: Você acha que ela está?

Alice: Considerando a sua aparência, e se você deu a ela um sexo de outro mundo, eu tenho certeza que sim. Talvez ela esteja na cama, com pensamentos sobre você e a noite que tiveram.

Eu esperei a resposta, meu nível de ansiedade quase me matando.

Enryque: Sexo de outro mundo, hein? Mas não tenho tanta certeza assim, eu a convidei para vir para minha casa, e ela disse não.

Black & Scarlet para sempre (Completo na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora