Capítulo Um

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Oi, Oi!!

E aqui está o capítulo um, espero que gostem

Beijos!!


Capítulo Um

Querido diário,

Nem acredito que dei o meu primeiro beijo. No início, tive muito medo, mas quando os lábios dele encostaram nos meus e sua língua tocou a minha, achei que sabia beijar a minha vida inteira. Nos beijamos até perder o fôlego, e desejei que ele me beijasse para sempre.

Só agora me dei conta, de que a primeira vez que meu coração bateu forte por um garoto, Enryque Black estava olhando para mim. Ele fez de uma forma tão intensa, que foi como se pudesse sentir através de mim, como se conseguisse me enxergar verdadeiramente.

Isso aconteceu há exatamente uma semana, quando tivemos o nosso primeiro encontro na pedra.

Não sei ao certo porque ele se aproximou de mim, mas o fato é que tem me visitado todos os dias, desde então. Na primeira noite, ficou no pé da escada externa que dá acesso ao meu quarto e chamou pelo meu nome, baixinho... E só caminhou pelos degraus depois que o convidei a subir, mas, nos dias seguintes, ele esperava que as luzes da minha casa se apagassem e então vinha e se juntava a mim. Nós fomos desenvolvendo um tipo de conexão como se fôssemos velhos amigos.

Quando ele vem, nós conversamos sobre muitas coisas, nunca imaginei que interagir com alguém que não fosse o meu irmão, pudesse ser tão agradável.

Agora estou sentada na minha varanda e tudo o que posso pensar é sobre ele. E por mais que eu ame o que vejo à minha frente, nada pode ser mais bonito do que o garoto de olhos penetrantes e cabelos castanhos.

De repente, o quarto de paredes brancas, localizado em frente ao meu, passou a ser mais interessante do que os meus livros. Como eu não tinha reparado nele antes?

Neste momento, ele está deitado na cama com os braços cruzados embaixo da cabeça, sem camisa e olhando para o teto, estou completamente hipnotizada com a visão. Ele tem 16 anos, mas com altura e corpo que podem muito bem nos fazer pensar que ele tem dezoito ou mais.

Nunca olhei para um garoto e pensei o quanto o abdômen dele era definido, ou como os músculos do braço o deixavam ainda mais atraente. Obviamente, não deveria pensar nisso quando olho para o meu vizinho, mas, era impossível afastar o pensamento quando ele estava tão próximo.

Se eu tivesse um gênio da lâmpada, bem aqui na minha frente, e ganhasse o direito de fazer apenas um desejo, pediria que aqui fosse a nossa casa, e assim seríamos vizinhos para sempre.

Era manhã de sábado, resolvi acordar mais cedo do que costumava fazer, decidida a visitar um dos lugares mais especiais, da praia. Meu pai tinha me apresentado uns dias antes e tinha prometido a mim mesma voltar lá sozinha. O sol ainda não tinha surgido no horizonte completamente e eu sabia que teria paz, já que a esta hora, tudo costumava ficar vazio.

Desci as escadas com passos apressados, e senti meu coração acelerar assim que cruzei a porta que dava de cara para a praia.

Enryque estava parado na areia, observando o mar, parecia prestes a entrar nele, já que vestia um macacão em Neoprene e segurava uma prancha embaixo do braço. Ele sentiu minha presença, antes mesmo que eu estivesse ao lado dele.

- Onde você está indo? - ele indagou andando até mim.

- Só indo dar um mergulho. Onde estão os seus amigos surfistas? - perguntei de volta.

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