A hospedagem no hotel foi tranquila, estavam usando suas identidades falsas, feitas pelo agente Dox. Já no quarto, Alex começou a traçar o plano de entrada. Queria entrar sem serem notadas, a fim de terem mais tempo para procurar seus pais e sua renascida irmã, precisaria ser um plano impecável, levando em consideração a gravidez de Samantha Arias, que inevitavelmente decidiu que era o certo contar pra Capitã que ela estava esperando gêmeos e que já estava com 6 meses de gestação. Se soubesse desde o início, teria impedido aquela loucura. Se importava demasiado com a colega de trabalho, e até mais do que isso, acreditava que durante os meses trabalhando juntas, acabou se apegando mais do que deveria à jovem mãe, só não se culpava mais, porque não havia percebido que os sentimentos eram tão intensos. Porém, não era hora de discutir assuntos como aquele, muito pelo contrário, precisava manter os três em segurança e iria se esforçar para tal.
Pensou finalmente em deixar Samantha no hotel, junto com a Luthor, mas lembrou-se do que Arias disse, sobre ela não conseguir enfrentar uma organização de assassinos sozinha. Só restava uma opção: invadirem o sistema para destravar as entradas e desativar as câmeras.
— Lena, você vai pela frente usando sempre o ponto cego das câmeras e com ajuda desse dispositivo aqui, vai decodificar a porta de entrada, para eu e Sam podermos entrar. — entregou o dispositivo — Após entrarmos, você vai subir até a sala de controle e olhar em todas as salas para nos dizer onde estão meus pais. E claro, a Kara também. Não iremos deixar ninguém para trás.
— Alex, mas e se tiver alguém na sala de controle?
— Eu dou um jeito nele, Andrea. — comentou sorrindo — O que? Meus pais eram rígidos, tive que aprender algumas coisas. — deu de ombros.
— Após encontrarmos o que procuramos, iremos sair de lá. Sem heroísmo e sem outras intenções, ok? — entre olhou as duas à sua frente.
— Sim, de acordo. — Sam balançou a cabeça positivamente.
— Luthor? — arqueou a sobrancelha.
— Sim, também estou de acordo. — sorriu de canto ao descruzar os dedos.
— Muito bem, coloquem seus comunicadores e peguem suas armas. — pegou o pequeno cantil e bebeu um gole — O que foi? Posso morrer hoje e não quero me privar de um bom whisky. — piscou pra Sam.
— Ficaremos bem, Capitã. — acariciou o ventre — Tenho certeza, agora é melhor irmos, seus pais podem estar em perigo.
[...]
A cabeça estava girando e sua visão turva, tudo em si estava doendo no momento, enquanto o homem em sua frente limpava os punhos com um lenço que outrora branco, agora coberto por sangue. Um sorriso se abriu nos lábios sangrentos da loira ao observar a ruga entre as sobrancelhas do homem, ele estava apreensivo. E aquele mísero minuto de vitória já era suficiente para amenizar minimamente a dor que estava sentindo.
— Grande, John Jonzz. Está preocupado? — inclinou a cabeça para o lado.
— Cale a boca. — respirou fundo.
— Qual é? Nos conhecemos há anos, não quer mesmo abrir esse seu coraçãozinho aí? — sorriu debochando.
A porta foi aberta e o homem finalmente saiu da sala sem dizer uma única palavra.
De início a atitude foi inesperada, mas a russa agradeceu, afinal, era a hora de aproveitar a oportunidade que recebeu de sua mentora. Precisava conseguir se soltar da cadeira em que estava presa e sair daquela maldita sala escura. Finalmente desatou os nós da corda e deixou os pulsos livres. Ergueu parte da blusa e com uma das mãos tateou o abdômen à procura da chave que Romanoff deixou com ela. Após encontrar deixou a mesma entre os lábios cerrados e dobrou o corpo para baixo a fim de desamarrar as pernas, antes de se levantar esguia teve de respirar fundo para se manter firme. Já havia horas que estava ali sem comer e provavelmente desidratada, não podia se esforçar demais logo de cara.
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Russian Red
FanfictionUma biotécnica e uma assassina de aluguel tem seus destinos unidos. Após a doutora Lena Luthor descobrir com maestria, a possível cura para o câncer. Diante da ameaça econômica do país, os governadores e chefes de estado decidem sobre a vida da jove...