O Mais Perto de Uma Vida Normal

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— Como ela está? — se levantou apressada até uma enfermeira.

— Ela ainda está em cirúrgia. A Dra. Zambrano tenta manter os bebês instáveis enquanto o Dr. Deleo retira o projétil. — disse em russo impecável e sorriu carinhosamente — Eu volto em breve com mais informações.

— Eles vão ficar bem, certo? — tocou o antebraço da mulher que apoiou a própria mão sob a da ruiva.

— A situação é delicada, a senhorita Arias perdeu muito sangue e permanece em coma induzido. Não posso garantir que eles vão ficar bem. — respirou fundo ao ver a reação da outra — Olha, temos os melhores médicos cuidando da sua amiga lá dentro, e por serem do governo que não irei chamar a polícia e nem perguntar o que aconteceu para ela ter sido baleada, ainda mais nas condições em que estava. — acariciou brevemente a mão da ruiva antes de tirá-la de seu braço — Eu volto depois. Tentem comer alguma coisa. — insistiu aos demais.

[...]

      Na sala 03 os médicos e enfermeiros estavam apreensivos, queriam salvar os três, mas estava sendo demasiado difícil. A paciente já havia tido três paradas cardíacas e a pressão não parava de subir, foi necessário que os médicos perguntassem a cada dez minutos ao anestesista como estava a pressão, pois, poderia ser fatal aos três.

— Eu não consigo encontrar de onde está vindo a hemorragia. — comentou se apressando em tatear os tecidos em busca do local de onde fluía em quantidade exagerada de sangue.

— Dra. Zambrano a pressão voltou a subir. — alertou o anestesista frente ao monitor.

— Eu vou precisar tirar esses bebês agora, ou morrerão os três. — respirou fundo — Bisturí! — estendeu a mão para a enfermeira ao lado.

— V, você tem certeza? São só seis meses de gestação, eles podem não sobreviver. — questionou Dr. Deleo.

— Eu sei, porém, com a pressão da mãe subindo, eles podem entrar em choque e morrerem de qualquer forma, então porque não tentar salvá-los? — Fez a incisão — Afastadores! — inspirou tentando se manter tranquila — Gase! — secou todo o sangue que conseguiu e removeu as gases em seguida — Preparem duas incubadoras e material para limpeza, eles são frágeis e precisam de cuidados imediatos.

[...]

— Está demorando tanto. — disse impaciente.

— Alguém já trouxe alguma informação? — a morena perguntou.

— Uma enfermeira veio avisar que Samantha estava em cirurgia mas que o caso era delicado… — suspirou — Eu sinto muito, Lena. Mas talvez nenhum dos três sobreviva.

— Eles vão sobreviver, mamãe. Você não conhece a Sam, ela é forte e seus bebês também vão ser. — sorriu sem graça — Eles vão conseguir, Lena. Eu sei que vão. Eles precisam. — fungou ao encarar a porta por onde Samantha entrou.

        Já fazia horas que Samantha havia entrado para ala cirúrgica, horas sem nenhuma notícia e todos estavam aflitos, esperando qualquer mísera informação. 

        O coração de Alex quase saiu pela boca quando viu que a enfermeira caminhava em direção à sala de espera, ela traria informações e a ruiva torcia para serem notícias boas.

— E então, como ela está? E os bebês? — perguntou aflita.

— Samantha ainda está em cirurgia, pois seu quadro se agravou devido à uma hemorragia. — olhou todos e ameaçou um sorriso de canto — Os bebês estão bem. A Dra. Zambrano precisou fazer uma cesárea de emergência. Com tudo, eles estão sendo cuidados, e sendo liberados para UTI neonatal. Em breve poderão vê-los pelo corredor. 

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2021 ⏰

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