Assassina à bordo

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    Mais uma noite se findava e a Luthor se sentia exausta, ao chegar em seu quarto a primeira coisa que fez foi tirar os sapatos que ela já usava a algumas horas e seus pés já pediam por arrego. Ambas as mãos foram usadas para abrir o zíper traseiro do vestido florido de cor preta, na porta do banheiro o tecido escorregou pelo corpo pálido caindo aos pés da morena. Os pés descalços entraram para dentro do banheiro enquanto a doutora se observava no reflexo do banheiro, o par de lingerie ainda se encontrava em seu corpo. O dedo dedilhou sob a pequena corrente em seu pescoço fazendo-a sorrir involuntariamente, era um pequeno pingente com uma plumeria. Sua flor favorita. Após remover a lingerie o corpo foi alongado antes de abrir a água quente.

      As mãos permaneceram espalmadas sob a parede fria de azulejos brancos, o vapor logo formou uma suave névoa pelo cômodo enquanto os cabelos escuros recebiam o cuidado necessário. Os dedos da Luthor caçula ao massagear o couro cabeludo ajudava a espalhar o shampoo, enquanto o banho se seguia a morena se pegou cantarolando uma música que grudou em sua cabeça, na curta viagem de táxi para a universidade naquela tarde.

And I see you tryna holla

E eu vejo você tentando holla

But that ain't how I was brought up

Mas não foi assim que fui criado

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Working for my money

Trabalhando pelo meu dinheiro

'Cause that's what my momma taught me

Porque é isso que minha mãe me ensinou

So yo ass betta show me some respect

Então, seu burro, me mostre algum respeito

      Um estrondo tirou a doutora de seu momento de silêncio, vinha do quarto ao lado. As mãos ainda repletas de espuma fecharam o registro da água enquanto ela se concentrava a fim de ter certeza que havia mesmo escutado algo. Nada além de uma música era ouvida, estava um pouco alta e por isso o som conseguia chegar ao seu quarto. Ainda cismada com o barulho mas precisava terminar o banho, já que o shampoo estava escorrendo para os olhos.

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      O homem que segurava uma pistola na mão direita apontava para a russa que permanecia sentada. Sua boca sangrava e seu polegar foi guiado até onde o líquido escorria podendo assim limpar, enquanto um sorriso maldoso nascia em seus lábios. Seu corpo deslizou sobre a cadeira podendo se sentar de maneira mais relaxada, mantendo as pernas ligeiramente abertas servindo de apoio aos seus braços antes de finalmente encarar o assassino a sua frente.

— Onde está a cientista? — o homem disse sério ao engatilhar a pistola —

— Já pensou em olhar no meu bolso? — provocou recebendo um golpe com a coronha da arma na lateral do rosto fazendo-a cuspir sangue —

— Eu não irei perguntar novamente, Red. Onde ela está? — deu de ombros ao gargalhar e receber outro golpe como o anterior — Se eu te matar aqui, irei encontrá-la de qualquer forma. Mas porque está a defendendo? Ficou coração mole agora? — gargalhou provocativo —

— Você não é capaz de me matar Max, mas te convido a tentar. — sorriu com os dentes repletos de sangue — Você é só mais um filho da puta que só ladra mas não morde.

Russian RedOnde histórias criam vida. Descubra agora