Eric, um adolescente de 19 anos, que só pensa em diversão. Nunca teve uma relação muito boa com o seu pai e ainda por cima não se interessa pelos negócios da família e nem está disposto a ser o engomadinho que seu pai tanto deseja. Mas quando se vê...
Esse era o meu sobrenome, pois eu não deveria estar nesse momento dentro de um Uber ao lado desse garoto irritante, que todo dia fazia questão de provar que tudo o que ele vem dizendo está se concretizando.
Tento me afastar, mas parece que há alguma força sobrenatural que me faz querer ficar perto e isso pode ser prejudicial para nós num futuro bem próximo, pois ainda não sabemos de nada sobre as nossas vidas, então tudo o que estamos fazendo e sentindo pode ser mudado.
Torcia para que sua estadia fosse algo apenas passageiro, mas pelo que ouvi da minha mãe, ele está aqui por tempo indeterminado e isso só me causa mais revolta, pois tudo o que eu queria agora era estar presa dentro de um quarto com ele em cima de mim.
Agi mais uma vez por impulso hoje quando resolvi lhe pagar um boquete, pois não havia aproveitado muito na primeira vez em que resolvi ceder e ficar com ele de uma vez, pois pensei que era apenas uma atração besta que se por acaso eu ficasse, iria passar.
Mas eu estava enganada...
Já estávamos passando perto da praça central, quando o Uber deu a volta, pois resolvi mudar o endereço e ir andar um pouco no shopping que ficava bem no centro de Nova Orleans, eu sabia que ele estava ansioso, pois queria conhecer a cidade e já havia comentado que na primeira vez que esteve aqui, não saio de casa e passou a maior parte trancado dentro do quarto.
E assim que o motorista estacionou avisando que já havíamos chegado, percebi que Eric olhava para tudo maravilhado, pois o lugar era lindo todo trabalhado no paisagismo e a arquitetura do shopping era impecável.
— É muito lindo aqui. — Diz, assim que descemos do carro e paramos em frente à entrada do edifício.
— Sim, eu venho muito aqui com o pessoal da escola. — Digo, caminhando pelo saguão, observando as lojas.
— Ok, e o que nós vamos fazer por aqui? — Perguntou, observando uma loja de roupas masculinas.
— Vamos passear, o que você quer fazer mais? — Indago, cruzando os braços e parando em sua frente.
— Podemos ir ao cinema, lanchar, o que acha? — Sugere, dando um sorrisinho presunçoso.
Reviro os olhos, pois sei muito bem que está tentando fazer desse passeio um encontro.
Dou de ombros, decidindo não prologar a conversa, pois não irei me render a um encontro com ele, pois se eu fizer isso, irei está assumindo minha paixão por ele.
Pois é, estou apaixonada, mas não irei deixar que perceba ou ele irá me infernizar até consegui me ter aos seus pés.
— Não vai mesmo responder, ruiva. — Insisti, alisando os meus cabelos, fazendo questão de me provocar quando me chama desse jeito.
— Você está querendo transformar tudo isso num encontro, coisa que não estou concordando.
Ele gargalha, me abraçando por trás, aproveitando que me distrai com as vitrines.
Fecho os olhos, sentindo meu coração bater mais forte assim que seus dedos afastam meus cabelos do meu pescoço e ele deixa um suave beijo em meu ombro nu, pois estou com uma blusa que deixa essa parte levemente exposta.
— Estou apenas tentando sugeri alguns programas legais que amigos fazem. — Diz, se afastando.
Viro nos calcanhares, olhando bem para aquela carinha falsa de anjo e solto uma gargalhada, pois achei sua definição bem engraçada.
Amigos...
Tudo o que não iremos conseguir ser, pois a tensão sexual que se instala quando estamos próximos é forte demais.
Preciso confessar que ele está muito bonito vestindo uma bermuda moletom e camiseta branca que deixa seus braços levemente fortes a mostra.
Quando me lembro da noite que tivemos, uma quentura sobe pelo meu corpo, pois há alguns fatos que ele não sabe e se depender de mim.
Nunca saberá...
— Então agora nós somos amigos? — Ironizo, me afastando e caminhando livremente pelo shopping.
Não demora muito e ele me alcança, balançando a cabeça negativamente, como se eu o tivesse deixado sem palavras.
***
Já se passava das 14h quando paramos na praça de alimentação e enquanto ele pedia os lanches, eu lembrei de dar uma pequena olhada no meu celular, vendo que tinha mensagens no grupo da escola, pois o pessoal gostava de passar cola das atividades para aqueles que não faziam.
Não gosto muito de ficar em grupos, mas é bom para sabermos informações sobre o colégio e quando estou me preparando para desligar os dados moveis, chega uma mensagem do Yuri.
"Passei na sua casa, mas você tinha saído, onde fostes minha gata? "
Reviro os olhos ao ler, pois queria muito que ele entendesse que não lhe devo satisfações e nem quero voltar para ele, mas parece que o mesmo não desisti de tentar me reconquistar.
Sei que as vezes cedo e rolas alguns beijos, mas confesso que aquilo era mais para provocar o Eric, pois sei que fica puto quando estou perto dele.
Minutos depois, ele chega com nossos lanches, sentando-se na mesa, então desligo a tela do celular e passo a abri o saquinho do hambúrguer, pois o cheiro estava ótimo e eu queria muito dá uma mordida.
— Gostou do passeio? — Ele perguntou, mordendo seu hambúrguer.
— Sim, outro dia pretendo vir fazer compras.
Ele assente, se concentrando no lanche e assim ficamos conversando mais um pouco até dá a hora de ir embora, pois quando dá esse horário, minha mãe implica, pois segundo ela, não me quer fora de casa depois das 18h.
E assim que chegamos no ponto de táxi, nos sentamos no banco e retiro meu celular do bolso para chamar um Uber, mas Eric é rápido e diz já ter chamado quando estávamos saindo do shopping.
Sorri, pois agora ele estava agindo como um perfeito cavalheiro porque na vinda eu chamei e paguei a corrida, então ele se prontificou de que a volta é por sua conta, fora os lanches que ele mesmo fez questão de pagar, ou seja, ele estava tratando mesmo isso com um encontro.
E sem pensar, alisei sua nuca e lhe puxei para um beijo, ele demorou um pouco para assimilar e quando retribuiu, foi como se fogos de artifícios estivessem sendo soltados no céu, pois agora eu estava lhe provando que nada mais importava a não ser nós dois...
Continua...
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