Eric Alves
Já eram quase 7h da manhã e eu me encontrava na cozinha, preparando o café da manhã quando meu celular vibrou em cima da mesa.
Era uma mensagem da minha mãe, avisando que passaria aqui para nos ajudar a encaixotar o resto das coisas.
Pois esses dias eu tenho trabalhado de casa e quando posso ajudo-a a arrumar algumas coisas.
O bom é que não iremos precisar mudar de prédio e sim de andar.
Eu iria aproveitar e conversar com a minha mãe sobre ela vir morar nesse apartamento, pois sei que iremos precisar de ajuda quando os gêmeos nascerem.
Pois somos pais de primeira viagem e mesmo que a médica tenha nos dado algumas dicas, ainda sentimos que precisamos ter alguém por perto para nos dizer o que fazer.
Nunca me imaginei sendo pai, mas quando a ruiva me revelou, fiquei eufórico, pois sempre imaginei como seria se ela engravidasse.
E ainda tinha aquele assunto de que fui o primeiro cara com quem transou de verdade, e a história de ter tirado a virgindade sozinha com um pênis de borracha.
Eu ainda não estava acreditando, mas pelas suas expressões eu podia ver que não estava mentindo.
Só achei um pouco bizarro, mas entendi o porquê que ela fez aquilo.
Ela estava com muita raiva e agiu sem pensar, e poderia ter se machucado e tudo mais.
Mas sei o quanto ela é impulsiva e não pensa nas consequências que isso pode causar.
— Filho, você está distraído. — Diz mamãe, observando que ainda continuo parado com a cesta de pão a caminho da mesa.
— É, eu estava pensando nas coisas. — Digo, voltando a preparar a mesa do café.
— Onde está a Mariana? — Perguntou, sentando-se na mesa.
— Dormindo, pois, as noites estão sendo difíceis. — Expliquei, pois, os gêmeos estavam animados essa noite.
— Ah, lembro-me quando você e a sua irmã não me deixavam dormir também. — Diz, sorrindo.
— Eu evito passar o meu braço para aconchega-la, pois parece que é pior. — Conto, lembrando da vez em que ela tirou o meu braço e disse que a culpa era minha.
— Os bebês costumam ficar felizes quando os pais estão perto. — Diz, e lembro-me que já tinha me dito isso.
— Eu mexia muito quando meu pai estava perto? — Pergunto, e vejo que ela fica desconfortável.
— Sim, e era pior quando ele acariciava a minha barriga. — Suspira, e entendo que preciso encerrar o assunto, pois agora eles vivem vidas diferentes e são felizes assim.
— Que bom, nós tivemos uma conversa na última vez que ele esteve aqui. — Digo, e ela assente. — Ele disse que eu não fui feito de qualquer jeito.
Minha mãe gargalha, como se lembrasse de algo engraçado.
— Filho, seu pai tem razão, você é fruto de um amor que durou até onde pode durar. — Diz, e eu assinto, pois já estava na hora de encerrar aquele papo que já estava ficando estranho.
Nisso a ruiva aparece na cozinha, cumprimenta a minha mãe e alisa meus cabelos.
Percebo que está com algum problema, pois sua expressão não das melhores.
— Bom, eu irei adiantar as coisas, pois já me alimentei antes de vir. — Minha mãe diz, indo em direção ao nosso quarto.
Sei que nós já montamos a maioria das malas, mas ainda faltam as roupas menores que precisam ser embaladas.
Nisso me levanto da mesa e abraço-a por trás, observando ela olhar para um ponto fixo na pia da cozinha.
— O que você tem? — Pergunto, a virando gentilmente para mim.
— Estou morta de sono, Eric. — Diz, e percebo suas olheiras que a mesma tentou esconder com algum corretivo.
Assinto, e aliso seu rosto.
— Está sentindo mais alguma coisa, fora isso? — Pergunto, e ela nega.
Nisso sentamos na mesa e iniciamos o nosso café da manhã, vejo o celular dela vibrando e mais uma vez é a Yara querendo fazer uma chamada de vídeo.
Ela atende e as duas passam a conversar animadamente, eu fico apenas observando-a.
Então termino o meu café e vou ajudar a minha mãe a embalar o resto das coisas.
Chego perto do pequeno closet e a vejo dobrando tudo para organizar na mala.
Me aproximo e puxo outra mala que estava em cima da prateleira.
— Eu já arrumei 3 malas pequenas. — Ela diz, e eu fico surpreso com a sua agilidade.
— Mãe, eu queria conversar sobre uma coisa. — Início, pois ainda não sei se ela vai aceitar.
— Diga, querido. — Ela ainda continua distraída, organizando a mala maior.
— Queria que a senhora viesse morar aqui quando eu me mudar.
Ela para o que está fazendo e me olha, cruzando os braços.
— Eu? Aqui nesse apartamento? — Pergunta, como se fosse um absurdo.
— Mãe, por favor.
— Eric, eu não tenho condições de sustentar esse lugar.
Ah, então é esse o problema!
— Esse apartamento é próprio. — Digo, e ela me olha outra vez. — E as contas eu posso pagar.
— Filho, eu não sei.
— Pode pensar pelo menos?
Ela assente, e nisso voltamos a organizar as malas que faltam.
E só espero que a resposta seja positiva.
Continua...
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Beijos e até o próximo capítulo...
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A. F. D. M. M (Reescrevendo)
RomanceEric, um adolescente de 19 anos, que só pensa em diversão. Nunca teve uma relação muito boa com o seu pai e ainda por cima não se interessa pelos negócios da família e nem está disposto a ser o engomadinho que seu pai tanto deseja. Mas quando se vê...