Cap 99. Condições

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Eric Alves

 Já eram quase 7h da manhã e eu me encontrava na cozinha, preparando o café da manhã quando meu celular vibrou em cima da mesa.

Era uma mensagem da minha mãe, avisando que passaria aqui para nos ajudar a encaixotar o resto das coisas.

Pois esses dias eu tenho trabalhado de casa e quando posso ajudo-a a arrumar algumas coisas.

O bom é que não iremos precisar mudar de prédio e sim de andar.

Eu iria aproveitar e conversar com a minha mãe sobre ela vir morar nesse apartamento, pois sei que iremos precisar de ajuda quando os gêmeos nascerem.

Pois somos pais de primeira viagem e mesmo que a médica tenha nos dado algumas dicas, ainda sentimos que precisamos ter alguém por perto para nos dizer o que fazer.

Nunca me imaginei sendo pai, mas quando a ruiva me revelou, fiquei eufórico, pois sempre imaginei como seria se ela engravidasse.

E ainda tinha aquele assunto de que fui o primeiro cara com quem transou de verdade, e a história de ter tirado a virgindade sozinha com um pênis de borracha.

Eu ainda não estava acreditando, mas pelas suas expressões eu podia ver que não estava mentindo.

Só achei um pouco bizarro, mas entendi o porquê que ela fez aquilo.

Ela estava com muita raiva e agiu sem pensar, e poderia ter se machucado e tudo mais.

Mas sei o quanto ela é impulsiva e não pensa nas consequências que isso pode causar.

— Filho, você está distraído. — Diz mamãe, observando que ainda continuo parado com a cesta de pão a caminho da mesa.

— É, eu estava pensando nas coisas. — Digo, voltando a preparar a mesa do café.

— Onde está a Mariana? — Perguntou, sentando-se na mesa.

— Dormindo, pois, as noites estão sendo difíceis. — Expliquei, pois, os gêmeos estavam animados essa noite.

— Ah, lembro-me quando você e a sua irmã não me deixavam dormir também. — Diz, sorrindo.

— Eu evito passar o meu braço para aconchega-la, pois parece que é pior. — Conto, lembrando da vez em que ela tirou o meu braço e disse que a culpa era minha.

— Os bebês costumam ficar felizes quando os pais estão perto. — Diz, e lembro-me que já tinha me dito isso.

— Eu mexia muito quando meu pai estava perto? — Pergunto, e vejo que ela fica desconfortável.

— Sim, e era pior quando ele acariciava a minha barriga. — Suspira, e entendo que preciso encerrar o assunto, pois agora eles vivem vidas diferentes e são felizes assim.

— Que bom, nós tivemos uma conversa na última vez que ele esteve aqui. — Digo, e ela assente. — Ele disse que eu não fui feito de qualquer jeito.

Minha mãe gargalha, como se lembrasse de algo engraçado.

— Filho, seu pai tem razão, você é fruto de um amor que durou até onde pode durar. — Diz, e eu assinto, pois já estava na hora de encerrar aquele papo que já estava ficando estranho.

Nisso a ruiva aparece na cozinha, cumprimenta a minha mãe e alisa meus cabelos.

Percebo que está com algum problema, pois sua expressão não das melhores.

— Bom, eu irei adiantar as coisas, pois já me alimentei antes de vir. — Minha mãe diz, indo em direção ao nosso quarto.

Sei que nós já montamos a maioria das malas, mas ainda faltam as roupas menores que precisam ser embaladas.

Nisso me levanto da mesa e abraço-a por trás, observando ela olhar para um ponto fixo na pia da cozinha.

— O que você tem? — Pergunto, a virando gentilmente para mim.

— Estou morta de sono, Eric. — Diz, e percebo suas olheiras que a mesma tentou esconder com algum corretivo.

Assinto, e aliso seu rosto.

— Está sentindo mais alguma coisa, fora isso? — Pergunto, e ela nega.

Nisso sentamos na mesa e iniciamos o nosso café da manhã, vejo o celular dela vibrando e mais uma vez é a Yara querendo fazer uma chamada de vídeo.

Ela atende e as duas passam a conversar animadamente, eu fico apenas observando-a.

Então termino o meu café e vou ajudar a minha mãe a embalar o resto das coisas.

Chego perto do pequeno closet e a vejo dobrando tudo para organizar na mala.

Me aproximo e puxo outra mala que estava em cima da prateleira.

— Eu já arrumei 3 malas pequenas. — Ela diz, e eu fico surpreso com a sua agilidade.

— Mãe, eu queria conversar sobre uma coisa. — Início, pois ainda não sei se ela vai aceitar.

— Diga, querido. — Ela ainda continua distraída, organizando a mala maior.

— Queria que a senhora viesse morar aqui quando eu me mudar.

Ela para o que está fazendo e me olha, cruzando os braços.

— Eu? Aqui nesse apartamento? — Pergunta, como se fosse um absurdo.

— Mãe, por favor.

— Eric, eu não tenho condições de sustentar esse lugar.

Ah, então é esse o problema!

— Esse apartamento é próprio. — Digo, e ela me olha outra vez. — E as contas eu posso pagar.

— Filho, eu não sei.

— Pode pensar pelo menos?

Ela assente, e nisso voltamos a organizar as malas que faltam.

E só espero que a resposta seja positiva.

Continua...

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Beijos e até o próximo capítulo

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A. F. D. M. M (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora