Cap 68. Revelação!

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Eric Alves

Assim que saímos de casa, percebi que a ruiva estava meio tensa e parecia querer dizer alguma coisa.

Eu já estava ficando impaciente, pois a mão dela tinha começado a suar frio e então eu resolvi parar e perguntar o que estava acontecendo.

- Ei, o que está havendo? - Pergunto, e a mesma me olha sem entender.

- Não está acontecendo nada! - Diz, e me puxa para continuarmos andando.

Decido aceitar sua resposta, pois agora minha maior preocupação é o meu pai, que do nada resolveu vir para o Brasil com uma bela desculpa de ver os negócios.

Mas sei que tem algo a mais nisso tudo...

Assim que me aproximo da praça, resolvo que quero conversar com ele a sós.

- Quero que fique aqui! - Exclamo, e ela me olha de testa franzida. - Quero conversar com ele sozinho.

- Não, eu irei também. - Responde, tentando me convencer, mas algo me diz que preciso fazer isso sozinho.

- Por favor, amor.

Mesmo a contragosto, ela assente e então me despeço dela com um selinho e assim ela vai caminhando em direção a uma loja de cosméticos que fica em frente à praça.

Fico parado por alguns segundos antes de voltar a caminhar em direção onde ele disse que estaria, e assim que me aproximo, o vejo.

Ele está sentado num dos bancos, perto das arvores e pelo seu jeito, parece distraído.

- Pai! - Exclamo, chamando sua atenção. - O senhor parecia distraído.

Ela suspira, e pede para que eu me sente ao seu lado, faço como pede e permanecemos em silêncio, mas isso está muito estranho, não parece ser o seu jeito de agir.

- Pensei muitas vezes antes de fazer isso. - Inicia, e se vira para me olhar e eu franzo o cenho sem entender. - Mas você precisa saber.

- O que? - Digo, me virando para ele, querendo analisar suas expressões, essas que ele sabe fingir muito bem. - Não estou entendendo nada.

- Vai entender, e espero de verdade que compreenda.

Assinto, e ele passa a mão no meu ombro, como se estivesse tomando coragem para falar alguma coisa.

Eu já estava ficando assustado, o que será de tão louco que ele tem para me dizer que está fazendo esse mistério todo?

Pois se fosse algo sobre o meu relacionamento com a ruiva, tenho certeza que ele já teria falado alguma coisa.

Mas pelo seu jeito, deve ser algo bem mais sério...

Para tentar acabar logo com isso, resolvi dar o meu palpite:

- Você descobriu uma doença e por isso está assim? - Perguntei, e ele riu.

- Não, estou tentando procurar uma maneira de resumir essa história. - Diz, e eu suspiro. - Eu sei que você já está cansado de saber o porquê eu me separei da sua mãe.

Reviro os olhos, pois sei da história toda.

- Ok, e o que isso tem haver?

- Tem uma pequena parte dessa história que ninguém te contou. - Revela, e eu franzo o cenho. - E depois que souber, não sei como você vai reagir.

- Então diga o que é? - Peço, já impaciente, odeio rodeios.

- Como você sabe, eu e o Pedro eramos amigos na escola e depois fomos para a faculdade e lá conhecemos a sua mãe. - Conta, e eu assinto, pois já sei dessa história. - E na época, eu me apaixonei por ela e demorei uns meses para assumir.

A. F. D. M. M (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora