— Eduard~ Aprendi um feitiço pra cortar seu cabelo~ – Sophie quebrou o silêncio que estava naquele chalé
— Eu vou enfiar a minha varinha no olho do seu orifício anal sua centopéia manca pouca sombra. – Eduard respondeu emburrado
— Fofinho – Sophie disse rindo e beijou a bochecha de Eduard
— Não faça isso de novo... – Eduard corou violentamente
Wendy olhava os dois de canto enquanto lia um livro sobre criaturas fantasticas que pegara na biblioteca, enquanto soltava risadinhas nasais toda vez que eles discutiam. De vez enquanto Wendy olhava para a cama de baixo e checava se estava tudo bem com Maxinne, que ficou o tempo todo sem mexer um músculo sequer, era um pouco macabro. Castiel e Duck brincavam de adoleta, Lexi e Eddy jogavam xadrez. Na Cabana das Fuinhas também não acontecia nada demais, Mary e Bernard conversavam sobre as novas varinhas enquanto o resto da cabana jogava badminton do lado de fora.
Depois de um bom tempo de descanso e moleza, Alexia acabou com a farra.— Hey criançada, amanhã vocês tem aula de feitiçaria, é bom dormirem cedo para acordarem dispostos amanhã. E nada de faltar aula pra ir na biblioteca, viu? – Lexi riu um pouco ao dizer isso, estava se referindo aos que haviam sumido naquele mesmo dia mais cedo
— Ah sua estraga prazeres! Ainda está muito cedo para ir dormir, deixa os novatos aproveitarem esse tempinho livre vai! – Sophie reclamou
— Não se esqueça que tenho minha varinha de volta e posso muito bem usar aquele feitiço de congelar em você de novo~
— E voltar pra detenção por usá-lo fora de horário de aula e sem razão~
— Hm- Que seja... – Lexi resmungou – Mas do mesmo jeito, vai todo mundo pra cama.
Sophie começou a discutir com Lexi, ela dizia que eles não precisariam dormir tão cedo e Lexi dizia que eles precisariam sim. A discussão durou alguns minutos e logo todos concordaram em dormir cedo, o dia seguinte seria longo, muito mais do que eles imaginavam. Todos adormeceram e o tempo foi passando, os lobos uivando para a Lua, a terra girando como o comum e após a passagem da Lua, o Sol nasceu e o dia começou em Atenas.
Todos os estudantes da Escola de Magia Bruxaria e Pescaria Bolsonaro-San amanheceram muito animados e ansiosos, afinal, era o dia da primeira aula de feitiçaria do ano. Wendy se levantou e foi fazer suas higienes, arrumou seu cabelo e colocou seu uniforme, não muito diferente do que os outros estudantes fizeram, pegou sua varinha e se sentou em sua cama esperando ordens dos veteranos para poder sair do chalé.— Estão todos prontos? – Eduard perguntou contando as cabeças ali
— Sim, podemos ir já – Eddy respondeu
E assim fizeram, saíram do chalé e foram, todos com suas varinhas, para dentro do castelo andando pelos largos corredores, acompanhados pelas outras cabanas, logo chegando em uma sala enorme com várias mesas e bancos para os alunos, no meio tinha um professor de cabelos escuros como o carvão, pele pálida e branca como a neve e olhos vermelhos como o sangue, parecia até um vampiro. Ele estava atrás de uma mesa larga, que em cima haviam alguns livros, uma pena e tinta, uma varinha e um copo vazio.
— Podem se sentar. – O professor disse sem expressão alguma
E então os alunos todos se sentaram nas cadeiras, Wendy se sentou entre Eduard e Bernard, seria bom estar ao lado de um veterano nessas horas e de um amigo para apoiá-la. O professor foi mais para perto dos alunos e deu um leve sorriso.
— É um prazer conhecer os novatos desse ano, e reencontrar os veteranos mais uma vez, para os que não me conhecem eu sou Demétrio Abernathy e serei o professor de vocês nas matérias de Filosofia e Feitiçaria. E antes de começar nossa aula prática, gostaria de deixar algumas coisas claras para vocês...Os feitiços que aprenderemos aqui devem ser usados apenas em situações de necessidade e de maneira responsável, as consequências do uso irresponsável da magia podem ser muito altas e desagradáveis, por isso prestem atenção na aula para saber usar esses feitiços perfeitamente, não os usem distraídos ou desleixadamente, feitiçaria exige concentração. Quando forem usar um feitiço em alguma pessoa, reflitam se é realmente necessário e se esse seria o feitiço certo para a situação...
O senhor Abernathy passou a falar por um longo tempo sobre as consequências do uso da magia e da feitiçaria de forma irresponsável e outras regras para usar as varinhas, quando isso acabou ele começou a falar sobre o que realmente interessava os alunos.
— Bem, para começarmos nossa saga de feitiços, eu vou começar com um bem simples, mas que pode ser muito útil em várias situações. E é esse aqui...Ele lança jatos de água de longa precisão em duelos ou em situações de emergencia. Vejam só... Aquotermos!
Assim que Demétrio disse "Aquotermos" e apontou sua varinha para aquele copo vazio em sua mesa, o copo se encheu de água. Os alunos bateram palmas boquiabertos e animados para aprender a executar a tal magia.
— Para obterem esse mesmo resultado, precisam pegar suas varinhas e se concentrar muito, muito mesmo no feitiço e no alvo, no meu caso foi esse copo. Mentalizem inclusive a forma da água que querem que saia, vamos começar com a forma líquida, mas se necessário podem usar para a forma gasosa ou solida. Agora, peguem suas varinhas e façam como eu recomendei.
Os veteranos começaram e conseguiram fazer aquilo com facilidade, já os novatos tentaram muito se concentrar naquilo, alguns só conseguiram fazer pequenos jatos de água e outros erraram no estado da água que queriam.
— Aguatermos! – Wendy disse tentando fazer o feitiço
— Wendy, é Aquotermos, não aguatermos, veja e aprenda... Aquotermos!
Bernard conseguiu fazer o feitiço perfeitamente, mas o jato foi em direção ao rosto de Wendy, a molhando quase completamente.
— BERNARD SUA ANTA PERUANA!
Maxinne que estava atrás de Wendy apenas ria silenciosamente, um pouco diferente do resto dos alunos que riram até cair o cu da bunda. Bernard tirou seu casaco e o usou para secar um pouco o rosto de Wendy, logo depois o dando para ela usar, já que aquela água havia saído bem fria. Wendy riu junto dos outros sorrindo para o garoto, que logo começou a trocar olhares com ela, e depois deu um beijo em sua bochecha. Todos em volta começaram a fofocar sobre isso e a morena apenas corou em silêncio, Mary parecia irritada com aquilo, Maxinne e Eddy se olhavam confusos e Sophie já planejava todo um futuro para os dois.
Logo o sinal tocou e Mary saiu correndo daquela sala e se trancou no banheiro de seu chalé.
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"Escola de Pescaria Bolsonaro-San - A Garota do Piano"
Historical FictionDurante a Segunda Guerra Mundial no ano de 1940, jovens de várias partes do mundo foram despachados para tentar conseguir abrigo durante esse período de guerra. E a Escola de Pescaria Bolsonaro-San, na Grécia, ofereceu seu terreno e castelo para cri...