Situada paralelamente a história dos nossos queridos Mugiwara (Chapéu de Palha), Kalinda Hime é a filha de Netuno e Otohime os reis do Reino Ryugu. Após a morte de sua mãe e prisão de sua irmã Shirahoshi em uma torre, ela vive forçosamente uma vida...
As cortinas do salão estavam fechadas, tudo estava escuro, nem um feixe de luz das janelas que outrora foram quebradas invadiam aquele lugar. Aquela atmosfera um tanto abandonada deixava Kalinda confusa, quanto tempo havia se passado desde que Doflamingo a prendera? Suas últimas lembranças eram de sua sinistra música junto com seus olhares indiscretos.
Será que ela ficaria ali para sempre?
"Que humilhação..." pensava Kalinda "De filha do grandioso Barba Branca à um simples peixe de aquário..." o que ela tinha feito de errado? E quem eram esses tais de Revolucionários? Por que ela era a chave para se chegar até eles? A cada pergunta feita seu coração pesava mais... Queria sair dali... Queria novamente sua liberdade... Queria ser resgatada...
Enquanto se encontrava deitada no fundo do aquário pensando em milhões de coisas, uma luz irrompe pelo salão, as cortinas eram abertas por ninguém mais que seu próprio aprisionador...
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- Oi meu peixinho - dizia ele com sua cara de cafajeste - Que carinha triste é essa?
- Cara de quem tá presa contra sua vontade? - Kalinda não movera um dedo para lhe dar atenção.
- Ah não fica de mal comigo, trouxe um presentinho... - balançava uma cesta na direção do rosto de Kalinda.
- Não quero.
- Sabe o que é?
- Não, nem quero saber.
- Eu trouxe umas coisinhas pra você comer - Doflamingo continuava a falar enquanto subia as escadas da plataforma - Não posso deixar meu peixinho morrer de fome não é mesmo?
Kalinda se esforçava ao máximo para não demonstrar seu contentamento ao ouvir sobre comida. Estava começando a ficar com muita fome e logo não conseguiria disfarçar seu estômago roncando.
- Vem cá, vem - chamava ele enquanto retirava, com bastante facilidade, a pesada rolha que tampava a saída do aquário.
Agora Kalinda podia reparar bem nos detalhes de sua prisão: não era exatamente uma rolha que a prendia e sim um tampo pesado de metal, com pequenos furos para que o ar circulasse dentro do recipiente. Aquilo a fazia pensar em uma coisa naquele momento:
- Isso aqui foi criado pra peixes mesmo?
- Teu aquário? Ele foi feito para prender jovens sereias desamparadas iguais a você. Veio de uma casa de leilão humano - ele ria baixinho enquanto se sentava na beirada da abertura da plataforma.
- N-não sou desamparada! Eu tenho família! - Kalinda fazia seu típico beicinho de menina brava.
- Tem nada, ninguém vai vir atrás de você. Já faz semanas que teus resgatadores não mandaram um sinal de vida mais.
- SEMANAS???? I-I-I-IMPOSSÍVEL!!!!!
- Pois é... te deixaram pra trás feio hein? Vai ficar pra mim no fim das contas fufufufu
