O Vendedor De Almas | Yoongi • Concluída✓

|XXIII|- Doce néctar

POV YOONGI

—GUARDAS!! Cerquem todo o palácio e região, nenhum forasteiro entra sem a minha permissão.—Ordeno para meus homens que saem em disparada a saída

Com a volta de s/n eu não poderia abaixar a guarda nem por um segundo, qualquer um que entrasse aqui no submundo sem minha permissão teria sua cabeça decepada. Mais tarde ordenei para meu braço direito anunciar o novo decreto para os habitantes e deixá-los cientes que nenhuma criatura viva ou morta deverá sair da cidade dos esquecidos.

—Yoon, não acha que está exagerando um pouco,com guardas e decreto?? —Suas bochechas rosadas enaltecem o seu rosto delicado—

—S/n, se previnir nunca é demais, além do mais, um bom soltado sempre está a frente do seu inimigo! —caminho até a gaveta da minha escrivaninha e pego uma caneta—

—O senhor governador é mesmo muito inteligente, mas tenho medo que isso provoque revolta na população...eles não irão concordar com o fato de não poderem sair da vila. —Suas mãos se cruzam em sinal de preocupação—

Sento-me em minha mesa e começo a assinar alguns papéis sem deixar de escutar as palavras de s/n, que pareciam ter algum sentido.

—Eles entendem que o seu governador está fazendo o melhor por eles, sabem que não é seguro aceitar que o desconhecido entre neste reino! Isso está ficando perigoso e não posso deixar fugir do meu controle. —Explico-lhe sem tirar a atenção dos papéis—

—Entendo....mas nem todos forasteiros tem intenções ruins, eu por exemplo sou uma forasteira aqui no reino e nem por isso desejo algum mal á eles. —seus passos se aproximam—

Deixo de prestar atenção nos papéis que assinava para olhá-la, as vezes as coisas que s/n tentava me dizer eram um misterio, embora me esforçasse para compreender me sentia incapaz de desvendar, ainda mais se tratando de palavras com sentimentos.

—Acho que você não entendeu, eu quis dizer  outros tipos de forasteiros e não a você! Muito pelo contrário.... você não representa perigo nenhum, é a escolhida para ficar aqui, ao meu lado.—falo tudo lentamente para que ela entenda mas as últimas palavras me fazem engasgar

O olhar de s/n cai sobre mim analisando as minhas expressões, logo em seguida ela não consegue segurar o riso e solta uma gargalhada me fazendo levantar uma sumbramcelha.

—Disse algo errado? —Falo sem entender—

—na-não, é que...você fica muito fofo tentando falar que me ama! —Fala com a mão na boca segurando as risadas—

—Mas o que?? E-eu não disse isso, na verdade apenas disse que...você é uma humana estranha! —Minhas pupilas dilatam e começo a ficar nervoso—

—Ok, não vou te pressionar a nada, quando se sentir preparado você pode vim até mim! —Se abaixa ficando na minha altura sentado e deposita um beijo em minhas bochechas, indo embora rapidamente—

Fico pasmo em saber que deixei uma dama tomar iniciativa, aquela não era a maneira certa de se fazer, tinha todo um processo mas pouco importava agora pois ao olhar para a porta vejo dona Amélia caindo em gargalhadas de mim, pelo jeito s/n tinha conseguido o que queria.

Olho para mim mesmo e fico surpreso com quem havia me tornado e tudo isso depois que conheci s/n...senti que estava diferente mas nada de ser bonzinho, apenas menos rabugento como ela mesmo cotumava dizer.

Após assinar os papéis checo se todo o palácio estava seguro como tinha ordenado e pela minha surpresa sim!

A população estava quieta e aguardando mais explicações da minha parte, eu não poderia deixar passar em branco então assim que possível lhes diria a grave situação mas sem deixá-los saber sobre s/n...

Certamente aquele verme estaria planejando vir até aqui e como bem sabe ele tem noção do tamanho da minha força mas também como é um completo idiota se arriscaria a morrer facilmente.

Por isso peço a dona Amélia que fique o tempo todo com s/n, que seja sua companhia todos os dias para que nada aconteça, eu também não deixarei ficar sozinha, ainda mais a noite quando poucos se vê na cidade... Faria de tudo para protegê-lo desse cretino desalmado e ficando ao seu lado era o melhor jeito de evitar um contra golpe.