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Ja era 19h50 e eu ja estava pronta. Só coloquei um pouco mais de máscara de cílios e me sentei na cama esperando ouvir as batidas na porta, o que não demorou muito para acontecer.

Quando abri, meu coração palpitou por ver ele o em minha frente tão arrumado e exalando aquele perfume maravilhoso.

Fiquei extasiada por um instante encarando aqueles olhos verdes e parece que ele estava exatamente como eu, na mesma situação.

Eu limpei a garganta para sair daquela situação e fechei a porta colocando o cartão na bolsa.

- Qual será o restaurante? - perguntei.

- Você vera quando chegarmos - ele sorri.

Ele havia alugado um carro, então entramos no mesmo e ele deu partida. O restaurante era na praia, a praia nesse horário estava magnífica. Tinha luzes brancas iluminando a entrada com detalhes. Era um lugar simples com detalhes muito sofisticado.

- Gostou do lugar? - ele pergunta.

- Irei gostar mais se a comida por tão boa quanto ele.

Ele acabou rindo. Fizemos nossos pedidos que rapidamente chegaram e devo confessar, aquilo era uma delícia.

O macarrão ao molho branco daquele lugar era magnífico, eu nunca havia experimentado outro igual. Eu fiquei saboreando a comida em silêncio e ele parecia incomodado.

- Está tudo bem ? - pergunto.

- Sim claro.

- Essa é a hora em que você se levanta desesperado e vai embora me deixando o dinheiro da conta?

Ele revira os olhos.

- Esqueça aquele dia. Eu estava só atarefado demais.

- Não foi bem o que aparec...

- Para! Apenas esqueça.

Ele não me deixou terminar a frase e já respondeu por cima, aparentemente irritado.

Continuei em silêncio até terminamos de comer e pagar minha parte da conta, mesmo ele querendo pagar tudo e brigando comigo por isso.

Eu comprei um sorvete em seguida e ele também comprou. Ainda em silêncio tirei o sapato e fiquei andado na orla da praia e ele me seguiu. Eu sentia a brisa fria do vento bater em meu rosto bagunçado meus cabelos, e a água crua entrando em contato com os meus pés.

Me sentei já areia e paralisei, fiquei fitando fixamente o mar. Me fez lembrar do meu falecido pai. Quando ele morreu, eu tinha meus 15 anos. Ele sempre me levava à praia e catávamos conchas.

Eu sempre foi mais apegada a ele do que em minha mãe, quando ele morreu foi um choque e eu quase entrei em depressão.

Não tive mais minha companhia preferida para andar de moto por 1 hora apênas, para chegar na praia e catar conchas, ou até mesmo falar so re meu dia ruim e ouvir que dias ruins são nescessário, mas tudo sempre ficará bem.

Lembrei do cheiro doce que e exalava e deixava em mim após me abraçar forte. Eu sempre passei por tudo de cabe a erguida por que tinha ele, e nesse momento apenas tendo essas lembranças me sinto vulnerável. Qual a graça de conseguir tudo se ele nem ao menos está aqui para contemplar!?

Abracei meus joelhos e deixei cair algumas lágrimas. Noah certamente não estava entendendo mais não questionou, ele apenas sentou ao meu lado e ficou em silêncio encarando o mar também.

Depois de lentos minutos ele resolveu falar.

- Você nao precisa guardar apenas para você se não quiser - permaneci em silêncio - as vezes o melhor jeito de arrancar uma dor, é cuspir ela para fora.

- Não da para cuspir fora a imagem do meu pai morto, ou até mesmo a saudade dele.

Ele suspirou.

- Você não tem que ter lembranças dele morto, apenas lembranças boas.

- Queria que ele tivesse vendo meu crescimento

- Ele está, independente de onde ele estiver, ele está vendo ! A dor da perda é enorme, mas a morte prescia chegar para todos, a única certeza que temos na vida é a morte. Você não precisa ficar triste, ele não iria gostar aposto.

Dou um sorriso sem ânimo.

- E da para ficar feliz? - perguntei com sarcasmo.

- Ele iria gostar da sua felicidade. - deu de ombros - lembre dos momentos bons e pense nele como uma saudade boa, não com tristeza.

Eu vi que realmente quilo era o certo. Ele já se foi, chorar não vai traze-lo de volta. Preciso dar orgulho a ele.

O caminho de volta para o hotel foi em silêncio, quando chegamos lá, abri minha porta e virei para lhe dar boa noite.

Quando virei ele estava próximo, próximo de mais. Eu podia sentir sua respiração quente contra meu rosto. Mergulhei naquele mar verde que ele chamava de olhos e senti uma palpitação incontrolável dentro de mim.

- Boa noite, Sina.

- Boa noite.

Ele finalmente se afastou e eu entrei no meu quarto imadiatemente e deslizei pela porta sentando no chão massageando minhas têmporas suspirando pesado.

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𝐂𝐡𝐚𝐧𝐜𝐞 •Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora