Capítulo 23 - Ordem negra

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Assim que o guarda diz aquilo, meu pai solta um risada que é interrompida por uma explosão. Me levanto num pulo, Erick também. Um sino começa a tocar, era bem alto.

– O alerta de invasões... – Odin diz em um susurro.

– Asgard foi invadida, corram e se escondam! – Digo alto o sufieciente para todos escutarem. As pessoas de levantam rápidos e agitados. No meio da correria nosso grupo se separa.

Corro observando ao redor, procurando por alguém. Esse lugar é tão grande que duvido acabar trombando com alguém.
Me lembro do caminho para os quartos,e vou até lá. Entro no quarto do Erick e do meu pai só pra conferir. Não estavam lá. Continuo seguindo pelo corredor e não dava para não notar o quanto esse lugar era lindo, mesmo com toda essa bagunça. Tinha um toque de realeza, com futuro e elegância. Volto a prestar a atenção no meu percurso, estava indo em direção ao jardim coberto de mais cedo.

Me sento no chão atrás de uma árvore grande e fico invisível.
A ordem negra conseguiu invadir Asgard, um reino de deuses, muito bem protegida. Pelo que o guarda disse, são meio que soldados de um Titã, Thanos. Nunca ouvi falar dele... A terra geralmente é a última a saber das coisas, e quando descobrem não contam para o povo.
Consigo observar alguns desses soldados, alguns carregavam armas, outros grandes espadas, e poucos não carregavam nada. A soldada que não carregava nada, tinha uma névoa preta em suas mãos. Acredito que todos que andam que nem ela tenham poderes também.
Ninguém trouxe armas para cá( pelo que eu sei), não imaginavamos...
Meus pensamentos são interrompidos por um grito estridente, um grito que eu reconhecia. Erick.

Me levanto começando a correr o mais rápido que posso, seguindo ainda o barulho de seus gritos. O procuro em minha cabeça.

" ERICK, ONDE VOCÊ TÁ?" 

" Kat... em um lugar perto de uma escada grande"  Sinto Erick em minha mente, ele parecia fraco.

Corro até um lugar semelhante ao que ele falou, perto do salão que jantavamos eu vi uma escada.
Chego na grande escada e consigo ver o loiro caindo no chão, um grande homem estava com uma espada nas mãos e um sorriso no rosto.
Subo rapidamente a escada fervendo de raiva, nada mais importava, já não estava mais racional.

– Morra. – Digo simples,fria e amarga. O homem com a espada arregala os olhos começando a cuspir sangue, logo ele está no chão. Estou entre Erick e o Homem, pego a espada dele que está mais distante no chão e enfio a mesma em sua garganta, consumida pela raiva.

Um outro soldado aparece e começa a subir as escadas indo até mim. Ele carregava uma espada também, só que era maior do que a do outro homem.
Puxo energia com as minhas mãos e descarrego tudo nele, que cai duro no chão.

Me viro e vou até o Erick.
Uma poça de sangue vermelho brilhante está envolta do loiro, que cuspia sangue com um pequeno sorriso.

– É bom te... ver. – Erick fala com os olhos marejados, mas ainda tinha um sorriso gentil. Me ajoelho ao seu lado segurando as lágrimas. Não sabia oque fazer, ele se curava certo?

– Seu idiota, falei pra se esconder! – Digo derramando algumas lágrimas, um nó se formava em minha garganta.

– Eu tentei, mas eu sempre perdia no pique esconde quando era pequeno. – O loiro fala brincando um pouco. Dou uma pequena risada com isso.

– Eu deveria ter te achado, me desculpa... Me escondi como uma covarde. Me desculpa Erick. – Falo já em prantos. Conseguia sentir o gosto salgado das lágrimas em meus lábios.

– Você... Não tem... culpa de nada. – Ele fala com dificuldade. Vejo seus olhos se fechando lentamente.

– Erick? Não ouse me deixar! Abra os olhos! – Digo o sacudindo. Boto minha cabeça em seu peito, não consigo ouvir seu coração mais. – Não, não, não, não, não... Você não pode me deixar, você só pode morrer depois de todos os seus fios de cabelo estarem brancos! VOCÊ NÃO VAI MORRER! – Falo me levantando, eu parecia puxar a gravidade comigo. O chão me puxava para baixo, mas me levantei levando comigo uma força sobrenatural.
Assim que já estou de pé ao lado do corpo de Erick, vejo ele saindo do próprio corpo, ele estava transparente.
Levanto meus braços com dificuldade e com toda a força possível, consigo "empurrar" a alma de Erick de volta ao corpo. Me ajoelho ao seu lado meio ofegante, apoio minha cabeça em seu peito, o coração batia, mas estava fraco.

Pego em sua mão com força. Nossas mãos logo começam a brilhar, brilhos laranja e roxo. A minha luz parecia acompanhar minhas veias indo em direção a mão de Erick. Logo tem luz roxa passando pelas veias do loiro. Vejo a ferida dele na barriga se fechar rapidamente, se regenerando.
Dou um suspiro de alívio.
Ele ainda está desacordado então o pego cuidadosamente e começo a caminhar pelos magníficos corredores do castelo.
O levo até o jardim coberto que estava antes, o colocando sentado na grande árvore do jardim. Faço uma ilusão para que ele não seja visto. Dou um beijo em sua testa e saio do Jardim.

Eu tinha que encontrar os outros.
Corro até o salão que antes jantavamos, e procuro os corpos dos soldados que matei. Sinto uma pontada no peito, eu matei mais pessoas... Isso não pode se tornar natural pra mim!
Vou até o corpo do homem que estava nos degraus da escada, oque eu matei eletrocutado, e pego sua espada.
Até que era leve pelo tamanho.
Sigo em um corredor que vi várias pessoas seguindo, acredito que meu pai e os outros tenham ido por ali.
Durante o percurso pelo corredor, vejo várias manchas de sangue no chão e nas paredes, mas para frente vejo alguns corpos. Dou uma olhada rápida e não era ninguém que eu conhecia, então sigo em frente.
Dou de cara com um homem que não parecia de Asgard, ele tinha faíscas saírem de suas mãos. O soldado me olha e sorri de lado antes de me acertar com suas faíscas. Para a surpresa dele, não dou um passo para trás, continuo no mesmo lugar e viva. Agora eu que dou um sorriso de lado antes de o acertar com energia. Ele cai no chão mas continuava vivo, então dou um soco na cara dele para desacorda-lo, e deu certo. Com o soldado apagado no chão, corro até o fim do corredor que dava em um grande salão.
Assim que vejo todos no salão fico invisível. Não só os vingadores estavam no salão, como vários dos soldados.
Entro ainda invisível e começo a atacar os soldados da ordem negra com a espada em minhas mãos.
Atravessando o abdômen da maioria deles. Acho que estava fazendo isso mais por vingança pelo que fizeram com o Erick.
Eu tinha bastante vantagem na luta por não estarem me vendo.
A mulher que tinha névoa escura nas mãos vem até mim com uma expressão nada boa. Ela atira em minha direção o seu bolas de força de energia sombria, que eu desvio. A soldada corre com uma velocidade sobre-humana até mim, e começamos uma luta corpo a corpo.
Tento dar vários socos que são desviados rapidamente, isso não ia funcionar... aparentemente essa era uma das habilidades dela.
Finjo dar um chute que é desviado na direção que eu queria. Boto minhas mãos em seu tórax, onde deveria ser seu coração, e descarrego muita energia, fazendo ela paralisar.
Um outro soldado, bem grande percebe e rapidamente pega uma espécie de "concha" ou uma trombeta de seu bolso e a toca.  Os soldados da ordem negra param de lutar derrepente e recuam, saindo do castelo com uma nave.
Assim que eles saem, corro até o meu pai, pulando em seus braços lhe dando um forte abraço.

– Que bom que você está bem,querida. Fiquei tão preocupado... – Ele diz fazendo carinho nos meus cabelos. – Você viu o Erick? Eu escutei um grito e por um momento pensei que fosse ele.

A filha perdida de Tony Stark - Spider Woman Onde histórias criam vida. Descubra agora