Capítulo 43 - O "felizes para sempre" não existe

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15 anos depois...

Observava as ruas agitadas de Nova Iorque, de dentro do carro.
Tinha um novo motorista agora, faz alguns anos que trabalhamos juntos na verdade.

Happy começou a trabalhar diretamente com o meu pai, sendo uma espécie de secretário, segurança e administrador. Eles são amigos, então ambos confiam muito um no outro.

Meu priminho nasceu e vive na minha casa sempre que pode. As vezes minha tia tem que arrastá-lo daqui.

Ele e Kai brincam muito independente da diferença de idade. Os dois gostam de jogos e são bons nisso.
Apesar de ter somente quatro anos, tem uma inteligência de um adulto na casa dos vinte. Acho que ele até supera alguns.

Nikki está entrando no ensino médio esse ano, sendo um gênio na escola, mesmo não mostrando muito isso.

Ele foi muito mimado por mim, minha tia e meu pai. Happy não gostava muito disso, queria que ele tivesse uma infância normal. Não resistimos e agora ele já conheceu mais de dez países. Geralmente nas férias de verão, quando todos temos mais tempo.

Chegamos finalmente na sede das indústrias Stark de Nova Iorque.
Saio do carro após Josh abrir a porta.

Pedi que ele fizesse isso porque eu cairia no chão caso fizesse por conta própria. Meu vestido era justo até os joelhos, dificultando muitos movimentos. Mas só percebi isso quando entrei no carro, e como estou atrasada, não pude me dar o luxo de trocar de roupa.

Caminho pelo grande salão, indo até o elevador. Aperto o botão da sala de reuniões e as portas se fecham.

Esse prédio fica no mesmo terreno na antiga torre dos vingadores, que demolimos após a explosão.
Uma versão mais moderna e segura foi construída no lugar.

Abro as portas da sala, encontrando mais de dez homens engravatados com feições ranzinzas. Eu os odiava tanto.
Sempre me subestimaram desde o começo. Ouvia todos os seus sussuros, sendo chamada de "filhinha de papai", "mimada", "convencida", que só consegui o cargo pelo meu sobrenome.

Meu pai não me colocaria em uma posição importante dessas só por ser sua primogênita. Ele julgou eu ser talentosa e talvez até mais genial que o mesmo. Não que tenha admitido com as próprias palavras.

– Está atrasada. – Um dos acionistas reclama olhando para o relógio em seu pulso.

– Apenas dois minutos. – Me controlo para não revirar os olhos.

– Você é o rosto da empresa, não pode cometer erros como esse. – O homem continua.

Me sento na cadeira maior, na ponta da mesa.

– E o senhor é um dos acionistas, que se não me engano, se atrasou vinte minutos na penúltima reunião por estar importunando minha secretária, pedindo o número dela, a convidando para jantar. – Dou um curto sorriso sarcastico, enquanto abria minha pasta, que dizia os tópicos da reunião de hoje.

– I-isso não foi comprovado, somente acusações falsas e sem fundamento. Apenas peguei um engarrafamento no dia. – Ele afirma, parecendo estar nervoso.

– Jarvis, mostre as gravações de cinco dias atrás, no elevador principal, às 14:47. – Peço sem olhar para nada em específico, concentrada escrevendo algo em um papel qualquer.

O vídeo começa a passar, fazendo os homens prestarem atenção.

– Você não vai ter outra chance como essa. – Ravi, o Homem que adorava me importunar diz na gravação do elevador. – É o restaurante mais caro de Nova iorque, tem uma vista incrível, além de me ter por uma noite.

A filha perdida de Tony Stark - Spider Woman Onde histórias criam vida. Descubra agora