◇POV Tony Stark◇
As feridas do Peter já estavam se curando, imagino se isso acontecesse com a Kat. Eu não gosto muito dela se arriscar desse jeito lá fora, ela já se arrisca de mais sendo minha filha.
Peter vai ficar descansando no laboratório do Banner, para as feridas cicatrizarem mais rápido. Kat está vendo Erick agora, ele tá em uma espécie de coma, não sabemos quando vai acordar.
O cérebro dele morreu, ele morreu, mas voltou e talvez isso esteja sendo confuso para o corpo e o cérebro dele.
Só espero que ele acorde logo, não sei se consigo perde-lo novamente...Vou até Kat, que estava limpando o rosto do loiro com um pano úmido.
Toco em seu ombro, ela se vira para mim.– Podemos conversar um pouco? – Pergunto com as mãos nos bolsos. Ela assente e saímos do cômodo. A levo até o meu laboratório, me apoiando em uma mesa do lugar. – Kat, eu sei que pode ser difícil para você mas... Eu quero saber sobre as pessoas que você matou. – Vejo sua expressão ficar um pouco tensa. – Quero te ajudar, querida, não quero que você seja presa. Se me contar oque aconteceu posso te ajudar e...
– Você me acorbertaria? Eu matei pessoas,pai. Você deveria me repreender e me entregar a polícia. Você fala como se fosse algo simples... – A loira diz firme me interrompendo. Vejo ela segurar as lágrimas e engolir em seco.
– Não foi isso que eu quis dizer... Mas eu nunca entregaria você. Mesmo que você cometesse o pior dos crimes. – Digo me aproximando dela. – Eu te amo querida, você é mais importante que minha própria vida. Nada mais importa pra mim. – Kat deixa algumas lágrimas cairem e se aproxima me abraçando.
– Faz anos que os matei, pai. A morte foi dada como natural nos três, não precisa se preocupar com isso... Eu era pequena, eles me olhavam estranho por meses... – Ela fala com a voz meio rouca, ainda chorando e abraçada a mim.
Parecia difícil falar sobre isso pra ela. Me sinto mal por ter perguntado, mas eu só quero ajudá-la. Acredito que Kat não mataria qualquer um atoa, ela é uma pessoa boa, doce e gentil.
– Se não quiser falar mais sobre isso, tudo bem, querida e-
– Não, tudo bem. Eu nunca falei sobre isso com ninguém e acho que já tá na hora de não guardar isso só para mim. – Kat me interrompe. Ainda estamos abraçados, eu fazia carinho em suas costas, tentando acalma-la ou consolá-la. – Teve um dia, que eu estava voltando para casa, eles me seguiram. Eu corri mas não adiantou, me puxaram para um beco. Eles disseram que eu era bonita e um deles tentou me beijar. Eu desejei que eles morressem e morreram, os três, um ao lado do outro. Foi sem querer pai, eu não sabia que podia fazer aquilo... – Ela fala me apertando ainda mais forte. Um ódio invade meu corpo, me controlo para não demostrar ao máximo possível.
– Tudo bem querida, sei que você não sabia. Se eles estivessem vivos hoje eu mesmo os mataria, eles morreriam de qualquer jeito. Você não tem culpa.
– Se eu não tivesse ido tão arrumada-
– Ei, ei! Isso não é sua culpa! Me ouviu? – A interrompo me afastando e a olhando nos olhos. Kat assente e eu limpo uma de suas lágrimas. – Que tal sairmos um pouco? Acho que nunca fizemos um passeio de pai e filha.
Kat dá um pequeno sorriso e assente. Nos arrumamos e saímos da torre com Happy. Não gosto de ve-la assim, chorando. Meu coração se quebra com isso.
Fomos os três conversando o caminho todo, parece que o Happy tem bastante intimidade com a Kat. Ele contou pra ela sobre um "encontro" que ele teve com uma mulher desconhecida. Kat insistiu mas ele não falou nada.
Chegamos no parque de diversões. Saímos do carro já atraindo muitos olhares, mas tudo valia a pena só pelo sorriso que ela deu ao entrar no lugar.
Compramos tirinhas de plástico e fomos nos brinquedos.
O primeiro que ela quis ir foi na montanha russa. Não pegamos fila em nenhum momento, comprei o passaporte especial do parque.
Admito que me diverti bastante, menos em um brinquedo, Kamikaze.
Tem duas "caixas" de grades com várias cadeiras, você senta lá e bota os cintos de segurança. Mas o negócio fica de cabeça para baixo, tive que me segurar pelos pés na barra, senti que poderia cair. Kat parece ter sentido a mesma coisa, ela também se segurava pelos pés. No caso dela é ainda pior, os ombros curtos, ela podia passar facilmente pelo cinto. Apesar disso tudo ela ainda quis ir mais uma vez e me arrastou com ela. Quem diria, o grande Homem de Ferro com medo de um brinquedinho qualquer.
Antes de irmos embora, paramos em uma barraca de conseguir pelúcias. Era tiro ao alvo com balas de borracha. O homem da barraca a olhou indiferente, parecia não esperar muito dela. Todas as 5 balas foram atiradas no alvo exato, ganhando a maior pelúcia, um panda enorme. Os olhos do homem da barraca quase saltaram do corpo ao ver que ela acertou. Falamos o caminho todo sobre isso.– Hoje tive um Déjà vu no parque. – Kat diz descendo do carro. – A primeira vez que fui a Spider Woman. Não sei se foi um déjà vu ou só nostalgia.
– Imagina se você tivesse aceitado ser uma vingadora como Spider Woman e como Katarina. – Digo pensando em como isso iria funcionar. – E aquele seu dispositivo de átomos, pretende fazer oque com ele?
– Ele quebrou e acho que não vou concertar, pode ser muito perigoso. – Ela fala entrando na sala.
– É incrível, você com 15 anos criou uma coisa capaz de fazer qualquer coisa. – Digo com orgulho, ela dá um sorriso tímido. – Eu acho que você é mais que qualificada para ser estagiária das indústrias Stark. Oque acha? – Pergunto e ela parece surpresa com isso.
– Só tem estagiários que já terminaram a faculdade, ou estão quase terminando lá. Não seria meio injusto?
– Você criou uma coisa com 15 anos que talvez eles não consigam fazer a vida toda. Acho você mais que perfeita para o cargo. Eu botaria você como uma engenheira, mas tem que ter o diploma do ensino médio pelo menos. – Falo rindo e ela ri também.
– Eu vou ser a única da minha idade então... Acho que tudo bem, eu topo. – Kat diz. Dou um abraço de lado nela enquanto bagunço seu cabelo.
Bruce entra correndo na sala assustando nós dois.– O Erick acordou! – Assim que ouvimos fomos correndo para o laboratório. Chegamos e lá estava ele sentado na cama bebendo um copo d'água.
– Você acordou... está vivo! – Kat diz correndo até ele. – Você está bem? – Erick assente. Peter que está na maca do lado, fica observando tudo sem entender.
– Fiquei preocupado com você... – O loiro diz rouco. – Que bom que está bem.
– Você me deu um susto, você morreu...
– Eu imaginei isso, foi muito doido morrer. Eu apareci em um lugar escuro e vazio. – Erick fala cômico.
– Senti sua falta. – Kat diz e o abraça. – Ah, Peter, eu não te falei né? Erick é meu irmão gêmeo.
– Sério? Nossa... Até que vocês são parecidos, mas acho que o Erick é mais parecido com o Senhor Stark. – Peter fala os olhando bem.
– Garoto, já tenho o certificado do seu estágio, pode mostrar para a sua tia. – Digo pegando o certificado, que já estava emoldurado. Entrego a ele, que estava com um sorriso enorme no rosto, com os olhos brilhando.
◇POV Katarina Stark◇
" Que bom que você está bem, de verdade. Não pense nunca mais em morrer hein!" Entro na cabeça dele.
" Tá bom, agora eu sou imortal madame."
" Não consigo ficar longe de você novamente. " Foi sorte eu ter conseguido o trazer de novo, não sei se a mesma sorte vai acontecer novamente.
"Também não..."
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A filha perdida de Tony Stark - Spider Woman
FanficMeu nome é Katarina Taylor e quando eu tinha 5 meses fui adotada pela minha família. Eles me contaram isso com apenas 12 anos. Na época foi difícil pra mim, fiquei com medo de não ser o que eles esperavam e se arrependerem dessa decisão, mas era tud...