-[♡]: Coelhinho - 2

5.3K 474 96
                                    


WASHINGTON

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

WASHINGTON

ForksReserva Quileute

Rose Swan

Depois que o tio Charlie foi embora, Paul não disse nada. Apenas segurou meu braço de forma delicada, apesar de suas grandes mãos, e me guiou até uma moto preta estacionada perto da cabana de Billy.

— Espero que não se incomode — disse ele, estendendo um capacete.

— Não me incomodo, mas nunca andei de moto antes — respondi, um pouco preocupada, enquanto tentava prender o capacete.

Enquanto eu lutava com a alça, vi que ele vestiu uma camisa e colocou uma jaqueta preta por cima. Quando terminou e olhou na minha direção, pude jurar que havia um traço de diversão em seu rosto.

Paul estendeu as mãos até o meu pescoço e prendeu a alça para mim, depois a puxou um pouco para garantir que não soltaria. Ele estava tão próximo que senti um arrepio percorrer minha espinha. Meu coração batia forte, e por um momento, achei que fosse saltar para fora.

— Não se preocupe, não vou correr muito — disse ele, sorrindo.

Foi o primeiro sorriso que recebi dele.

Quando subimos na moto, fiquei em dúvida se deveria segurá-lo pela cintura ou se ele acharia isso incômodo. Estava prestes a pedir permissão quando senti suas mãos pegarem as minhas, enlaçando-as ao redor de sua cintura.

— Segure firme e não solte até chegarmos, tudo bem?

Assenti rapidamente, nervosa com a proximidade. Mantive minhas mãos cruzadas ao redor de sua cintura. Não demorou muito para estarmos próximos de casa. O vento gelado de Forks fazia meus cabelos, que escaparam do capacete, balançarem.

Poucos minutos depois, Paul estacionou em frente à casa e eu desci da moto, apoiando-me levemente em seus ombros, sentindo um vazio com a ausência do toque.

— Acho que é aqui que nos despedimos — disse, sorrindo.

— Vou ligar para o Charlie avisando que deixei você em segurança, mas seria bom se você também mandasse uma mensagem — sugeriu ele.

— Obrigada pela carona — agradeci, sorrindo. — Por sorte, ele já me mostrou onde fica a chave reserva, então não terei problemas para entrar.

Paul riu, e foi o som mais bonito que eu já tinha ouvido. Tentei não demonstrar o quanto estava encantada por ele, mesmo com tão poucas palavras trocadas.

— Só estou preocupada com a Bella. Um acidente de moto? — balancei a cabeça. — O que ela estava pensando? Será que ficou tão dependente daquele namorado idiota?

Notei que a expressão de Paul se fechou quando mencionei o ex-namorado da minha prima. Pelo jeito, ele não era bem visto por ali.

— Ela devia estar louca para se envolver com alguém como ele — disse Paul, visivelmente irritado. Decidi mudar de assunto.

— Vamos esquecer isso. Ele já foi embora, e espero que não volte, certo? — falei gentilmente, tentando aliviar a tensão.

Ele riu novamente.

— Espero que não volte, pelo próprio bem dele — respondeu, levando a mão até o meu cabelo para tirar alguns flocos de neve.

Dei um espirro; a temperatura parecia ter caído ainda mais.

— Seu espirro é fofo, parece o de um coelhinho — disse ele, rindo. Eu também ri. — Agora entre, ou vai acabar pegando um resfriado.

Eu não queria que ele fosse embora, e percebi que ele também não queria ir, mas sabia que era o mais sensato.

— Boa noite, Paul. E obrigada. — Sorri ao me virar para entrar na casa.

— Boa noite, coelhinho.

Soltei uma gargalhada ao ouvir o apelido, enquanto fechava a porta. Olhei pela janela e vi Paul partir com a moto pela rua coberta de gelo.

°ʚ✩ɞ°

Paul Lahote

Eu só podia estar louco.

Não escolhi ter um imprinting pela garota Swan. Na verdade, eu nunca quis isso. Mas aconteceu, e foi maravilhoso.

A sensação de formigamento ainda percorria meu corpo ao lembrar o quão próximos estávamos, suas pequenas mãos segurando minha cintura. Pude jurar que iria uivar naquele momento. O cheiro de morango impregnado na minha jaqueta... nada poderia estragar isso.

Nunca percebi o quão sombria minha vida estava até ouvir sua gargalhada, olhar em seus olhos e sentir o alívio percorrer meu corpo. Me sentia um idiota por ter rejeitado tanto a ideia de encontrar meu imprinting.

Notei que Sam estava parado na porta de sua casa, me esperando. Levei menos de três minutos para descer da moto, e ele já começou a falar.

— Deixou a garota em segurança? — perguntou, cruzando os braços.

— Claro, ou eu não voltaria para cá — respondi, impaciente.

— Vai ter que tomar cuidado, Paul — suspirou Sam. — Jacob ligou, a garota já saiu do hospital. Está tudo bem com ela.

— Que se dane ela. Com o que eu tenho que tomar cuidado? — retruquei, sem entender aonde ele queria chegar com aquela conversa.

— Ela é prima do seu imprinting. E está envolvida com os frios. Você realmente acha que eles não vão voltar? — disse Sam, me encarando com seriedade. — E então Rose estará cercada por eles.

Rosnei, sentindo a raiva crescer. Eu jamais permitiria isso.

— E você não vai poder evitar — continuou Sam. — Não pode controlar seu imprinting, e não seria capaz de magoá-la.

— Então, quando o sanguessuga e sua família esquisita voltarem e fingirem ser amigos da minha garota, enquanto pensam em como cravar aquelas presas no pescoço dela, eu devo ficar quieto? — perguntei, exasperado, tremendo da cabeça aos pés, com o lobo querendo sair.

— Ela ainda não é sua, Paul. Vocês têm um longo caminho a percorrer. Ela nem sequer sabe sobre os lobos, ou que é alvo de um imprinting — as palavras de Sam faziam sentido, mas era difícil manter a cabeça no lugar.

— Ela se tornou minha no momento em que me olhou. Minha amiga, minha para proteger e cuidar. Ninguém vai impedir isso — falei com a voz trêmula, lutando para conter a transformação.

— Ninguém quer impedir, cabeça-dura. Só estou pedindo que tenha cuidado. Não assuste a garota, por favor. E mantenha o controle. O cheiro dos vampiros pode deixar o lobo à beira.

Rosnei antes de sair, esbarrando no ombro dele. A ideia de os sanguessugas cercarem minha menina ainda me atormentava. Balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos ao chegar na porta de casa. Resolveria isso depois.

Abri a porta, esperando encontrar a casa vazia, como de costume. O velho geralmente chegava depois das 22h. No entanto, para minha surpresa, ele estava jogado no sofá da sala, fedendo a álcool. Acelerei o passo para as escadas, evitando-o. Por sorte, ele não me incomodou.

Deitei na cama, pensando em como jamais gostaria de levar Rose para perto daquele homem, meu pai.

Lembrei das palavras de Sam, pedindo que eu me controlasse. Sabia que ele se referia às minhas explosões de raiva, mas não fazia ideia de como abordar o assunto, especialmente depois do que aconteceu com Emily.

Suspirei, desejando poder mostrar meu melhor lado para Rose. Eu precisaria controlar minha raiva perto dela para isso.

Hold On - Paul LahoteOnde histórias criam vida. Descubra agora