nós merecemos uma chance ➤ bucky barnes

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Pedido de Ruber_Rosis. Espero que goste!

Bucky nem surpreendeu-se quando S/N saiu do carro em um pulo e bateu fortemente a porta do mesmo, já que ela sempre fazia isso— sobretudo quando esquecia que portas de metal geralmente não aguentavam as suas pancadas tão fortes ou quando estava furiosa. Naquele dia, era porque estava furiosa. Mas quando a mulher de personalidade forte contornou a parte superior do carro e virou a cara para Barnes ele sabia que algo estava muito errado. Não era como se ela não estivesse agindo de modo estranho— mais estranho do que o normal— desde a última vez que saiu de uma das suas sessões de terapia semanais; Bucky sabia que algo havia acontecido. Mas obrigar uma super soldada sarcástica e atrevida a falar sobre seus sentimentos com alguém era uma missão quase que impossível; e olha que Bucky Barnes havia completado muitas missões perigosas durante seus anos de atuação.

— Ei!— Bucky buzinou, mas a mulher apenas o ignorou.— S/N S/S!

Ela virou-se na direção do carro, enquanto Bucky terminava de abaixar o vidro automático da janela para poder vê-la melhor.

— O que foi?— S/N gritou de modo exagerado, mesmo que a distância entre ela e o homem fosse apenas a largura da calçada estreita.

— O que foi?!— Bucky respondeu com grosseria, cansado por causa do modo que S/N vinha agindo nos últimos dias.— Eu quem pergunto isso para você.

S/N revirou os olhos e voltou a caminhar na direção do grande prédio, deixando Bucky falando sozinho novamente.

— S/N!— Barnes gritou, destravando seu cinto de segurança enquanto tentava inutilmente soltar-se dele quando o mesmo enrolou-se ao redor do seu corpo, enquanto S/N ia se aproximando cada vez mais do prédio.— Argh!

As sessões de terapia obrigatórias eram algo que S/N não suportava nem um pouco, aparentemente. Mas o dever de Bucky como o único amigo da mulher de temperamento notável era obrigá-la a comparecer à psicóloga insuportável e cínica— segundo a própria S/N—, esse sendo o único jeito encontrado pelo próprio governo para manter a mente da ex-super soldada em ação instável; em palavras mais grotescas, evitar que ela entrasse no modo assassino novamente.

Um braço apareceu na janela do carro e arrancou o cinto enrolado no peito de Bucky em uma só puxada, lançando-o contra o volante e deixando-o partido pela metade. Era a super-força e a raiva de S/N em ação.

— Obrigada?— Bucky ironizou, enquanto S/N revirava os olhos em reposta.

Barnes abriu a porta do carro e saiu, ficando frente à frente com a mulher; S/N era alguns centímetros mais baixa que ele, fato esse que Bucky tirava vantagem sempre quando podia e quando ela estava de bom humor. Um tiro era a última coisa que ele queria levar por causa de uma simples brincadeira.

— O que aconteceu?— Bucky perguntou de modo compreensível, tentando ao máximo não transparecer todo o seu cansaço perante ao temperamento impertinente de S/N. Ela conseguia ser bem ignorante quando queria.

— Nada aconteceu.— a mulher deu de ombros, colocando suas mãos dentro dos bolsos da sua jaqueta quando um vento gélido cortou o ar ao redor de ambos, fazendo-os estremecer por completo.

Bucky suspirou com pesar, esfregando suas têmporas com as pontas dos dedos enquanto negava lentamente com a cabeça.

E S/N sabia exatamente o que sempre acontecia quando Bucky fazia isso.

— Foi só... algo que a doutora falou.—ela desviou seu olhar do homem, querendo socar-se mentalmente por estar contando o que lhe afligia. Geralmente, esconder tudo o que sentia e esperar que esses sentimentos a consumissem por completo eram as melhores alternativas escolhidas por S/N.— Ela é só... uma idiota.

.ೃ࿐ whatever it takes .ೃ࿐  𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒𝑠 𝑀𝑎𝑟𝑣𝑒𝑙Onde histórias criam vida. Descubra agora