(pra quem já viu Agente Carter, imaginem a lanchonete como aquela onde a Angie trabalha. Me inspirei na série para escrever algumas cenas, também.)
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↳ colagem feita por mim
Ⓐ
Nova York, década de 1940.
S/N alisou com as mãos as suas típicas roupas de um dia trabalho normal: o avental branco e impecável que fazia conjunto com com um vestido azul claro com detalhes em dourado, um traje característico das garçonetes daquele época. Ela ajustou os cabelos em um rabo de cavalo no topo da cabeça e saiu da cozinha enquanto secava suas mãos úmidas na toalha que sempre carregava para lá e para cá- esse simples ato havia virado um hábito viciante após passar muito tempo trabalhando na lanchonete. Da porta da cozinha a mulher deu uma breve analisada nos únicos dois clientes que estavam dentro da pequena lanchonete: um homem de cara rechonchuda que exibia um bigode castanho impecável acima do seu lábio inferior, o qual estava franzido perante a sua concentração ao ler o jornal em preto e branco nas suas mãos. O outro cliente era, ninguém mais, ninguém menos, que seu melhor amigo Steve Rogers.
S/N abriu um sorriso animado e assobiou para o homem, obrigando-o a erguer seu olhar perdido da mesa na frente de si. Steve retribuiu ao sorriso receptivo da mulher e acenou na direção da sua amiga, gesticulando para que ela fosse ao seu encontro.
- O que vai querer, soldado Rogers?
O lance do soldado era uma brincadeira entre S/N e Steve- assim como entre o outro melhor amigo de ambos, o simpático Bucky Barnes. Rogers nutria um intenso desejo em ingressar no exército e honrar o seu país lutando na Segunda Guerra Mundial que estava assolando sobretudo os países da Europa, mas S/N sabia- assim como Steve também sabia, porém ignorava- que o homem não tinha, por assim se dizer, o físico ideal para fazer uma coisa dessas. E outra: S/N e Bucky se preocupavam muito com o seu melhor amigo atrevido e arrumador de encrencas; Steve poderia ser inferior fisicamente à maioria dos outros caras, mas quando o assunto era fazer justiça pelo certo e defender as pessoas indefesas - embora Steve fosse tecnicamente uma dessas pessoas indefesas-, ele simplesmente não pensava duas vezes ao fazer o que ele julgava ser a coisa certa.
Nem se Steve acordasse da noite para o dia com um corpo musculoso, extremamente forte e com alguns consideráveis centímetros a mais no quesito altura S/N não queria que ele fosse lutar na guerra. Apenas o pensamento de perder um dos seus melhores e mais confiável e amoroso amigo a deixava nauseada; ela não conseguia nem imaginar como sua vida ficaria sem a companhia daquele homem.
