Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
↳ all the credits to the creator
Ⓐ
Conforme a chuva ia aumentando o seu volume na parte exterior da casa a sensação térmica ia diminuindo gradativamente, fazendo com que a retirada de moletons e cobertores fofinhos de dentro do guarda-roupa fosse necessária para a sobrevivência. Trancados dentro de casa há mais de duas horas por conta do alerta de temporal em Nova York naquela tarde cinzenta e sombria, Sam Wilson e S/N estavam começando a agir como se estivessem a deriva em um apocalipse zumbi, ao passo que o tédio ia evoluindo cada vez mais.
— A internet caiu. — S/N anunciou ao adentrar a sala após perceber que seu celular estava fora de área, não sendo mais possível enviar mensagens sarcásticas de SOS para seus amigos ou assistir os episódios restantes da última temporada da sua série favorita do momento.
— É. Eu percebi. — Sam resmungou deitado sobre o sofá em uma posição que não favorecia em nada a sua postura, largando o seu celular desligado ao seu lado por sobre o estofado enquanto agarrava a coberta felpuda que cobria o seu corpo. — Não consegui mandar para Bucky aquela sua foto dormindo enquanto babava no travesseiro.
— Eu vou te matar. — S/N avançou furiosamente na direção de Sam no sofá, enquanto o mesmo escondia-se embaixo das cobertas. — Samuel Wilson!
O homem gargalhou abafado por baixo da coberta fofinha enquanto S/N agarrava o celular do mesmo que estava largado no sofá, desbloqueando-o logo em seguida. Porém, antes que ela pudesse sequer entrar na galeria do aparelho, Sam desvencilhou as cobertas do seu rosto ao perceber que não iria apanhar de S/N como pensara e a agarrou pela cintura, fazendo-a gritar de modo indignado. Com o puxão a mulher caiu por cima de Wilson, que a segurou firmemente na esperança de imobiliza-la.
— Eu te odeio. — S/N resmungou contra o peito de Sam, indignada demais para tentar resistir a sua queda. — E eu não acredito que terei que te aguentar o restante da tarde.
Lá fora, a chuva densa ia embaçando os vidros da casa e interferindo o fluxo de carros na rua por conta do seu volume assustador. Vez ou outra raios acompanhados de trovões cortavam o céu na velocidade da luz — literalmente —, denotando que a tempestade não acabaria tão cedo. E agora, estando sem internet, S/N e Sam realmente não sabiam o que fazer além de tentar não matar um ao outro enquanto trancados dentro de casa. Sam conseguia ser bem insuportável quando queria.
— Podemos fazer alguma coisa. — Wilson sugeriu, entrelaçando ambas as suas mãos por trás das costas relaxadas de S/N enquanto ela permanecia imóvel deitada sobre o seu peito. — Tipo uma guerra de travesseiros.
