dia preguiçoso ➤ natasha romanoff

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Pedido de mirsblack. Espero que goste!

É óbvio que eu não vou perder a oportunidade de pôr um link do youtube no cap nem se for uma vídeo que só tem o barulhinho da chuva.

Ao mesmo tempo em que as primeira gotículas de chuva começaram a rolar pela parte externa do vidro da janela do quarto o domingo frio e preguiçoso estendia-se em velocidade reduzida, entregando uma típica tarde de descanso merecido. Na verdade, o descanso se dava em não levantar da cama desde o horário do almoço; S/N estava sentada na cama, suas costas apoiadas contra a cabeceira da mesma enquanto o seu tablet jazia em uma das suas mãos, demostrando que a mulher estava finalizando os relatórios das últimas missões na semana anterior. Bem próxima aos seus pés estava Natasha, deitada de costas para a outra mulher enquanto um livro de capa vermelho vinho pendia em uma de suas mãos, enquanto a outra servia de apoio para a sua cabeça. Ambas já estavam assim fazia um bom tempo, apenas intercalando entre idas ao banheiro e à cozinha para buscar água ou alguma guloseima qualquer para beliscar durante o dito "dia da preguiça".

S/N largou seu tablet sobre as cobertas e respirou fundo, esfregando os olhos com uma das mãos na esperança de mantê-los abertos apenas para conseguir finalizar pelo menos parte do último relatório concebido à mulher por Fury. Geralmente, era SN quem realizava esse trabalho para a equipe, embora não fosse lá tão emocionante como lutar em missões e derrotar vilões; embora ela participasse de algumas dessas missões, ainda sentia falta de uma "ação a mais". Mas seus dias de agente já estavam prometidos, afinal; depois de muita insistência, S/N tinha quase certeza de que Natasha cederia aos seus pedidos e acabaria por levá-la junto na próxima missão vindoura.

Mesmo estando de costas para si S/N sabia que Natasha estava completamente centrada no livro em suas mãos que, sem muito esforço, ela percebeu ser russo; os símbolos pareciam não significar nada para S/N mas com certeza tinham sentido para Romanoff, já que a ruiva dominava o russo muito bem. Apesar de já ter deixado o seu idioma de origem para trás, Natasha era extremamente fluente e fazia uso do mesmo em missões ou no dia a dia apenas para irritar S/N, que não entendia uma palavra do que a ruiva dizia. S/N nãos e surpreenderia se Natasha por acaso invocasse uma entidade maligna enquanto dialogava russo.

Subitamente, Romanoff remexeu-se sobre as cobertas e se deitou de costas na cama, segurando o livro acima da cabeça enquanto continuava a encará-lo com a maior concentração do mundo. Seus cabelos agora lisos estavam graciosamente espalhados pelas cobertas abaixo de si e, surpreendentemente, mal estavam bagunçados ou embaraçados. Cansada do seu trabalho S/N tomou o tablet em mãos mais uma vez, salvou as notas do relatório da missão e por fim desligou o aparelho, tornando a largá-lo nas cobertas ao seu lado.

A mulher analisou cautelosamente o perfil de Natasha do ângulo onde o via; a expressão da ruiva era concentrada e nitidamente pacífica, enquanto seus lábios rosados projetavam certas palavras sussurradas em alguns momentos da sua leitura. Talvez Natasha nem soubesse que S/N estava a analisando descaradamente - ou quem sabe, a ruiva tinha a plena certeza disso. Mas, tecnicamente, Romanoff não ligava muito para isso; ela particularmente gostava desses momentos em que o olhar centrado de S/N estava fixo em si, como em um misto de admiração e paixão. Não era todo dia que Natasha aceitava isso numa boa, até porque a ruiva tinha certas exigências perante atos simples no dia a dia; todos sabemos que o lado carinhoso de Natasha é algo meio duvidoso, quase nunca demonstrado e visto por poucos. Esse era o seu jeitinho, afinal. As demonstrações de afeto geralmente eram esquecidas pela ruiva.

S/N afastou as cobertas de cima das suas pernas e sentou-se nos calcanhares, esperando que Natasha pelo menos reagisse a essa movimentação repentina. Para sua felicidade Romanoff desviou o olhar centrado do livro em suas mãos para encarar S/N, lançando o olhar mais mortífero e intimidador olhar que ela conseguiu projetar naquele momento. S/N sorriu. Depois de muito tempo juntas, os olhares de "eu vou te matar enquanto dorme" típicos de Natasha não a intimidavam mais.

.ೃ࿐ whatever it takes .ೃ࿐  𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒𝑠 𝑀𝑎𝑟𝑣𝑒𝑙Onde histórias criam vida. Descubra agora