Capítulo 23 (Bônus)

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Noah

Caminho apressado pela lateral da mansão Immers, eu estava muito, muito atrasado pro almoço, é claro que eu poderia dizer não, mas quem dizia não a Cristina Immers?

Eu estava apenas visitando meu afilhado, Gael estava cada dia maior, e mais gordinho, então eu não podia perder a chance de vê-lo enquanto eu estava em Londres.

Aileen ainda estava na casa dos pais, mas logo voltaria para casa, segundo ela Cristina não queria ariscar deixar ela com um bebê recém nascido sozinhos, então eu vinha até aqui, e foi na última visita em que fui convidado, e não consegui dizer não.

Toquei a campainha e momentos depois uma empregada abriu a porta, me olhou de cima a baixo e ficou vermelha, sorri para ela.

- Olá, eu vim para o almoço.

- Ah, si-sim senhor, eu... vou avisar...

- Não precisa. - Corto a pobre moça, Deus, ela nem estava conseguindo falar. - Eu sou da família, conheço o caminho mas obrigada Ane.

Caminho pelo hall e depois vou em direção a sala apressado, mas quando viro o corredor meu corpo se choca contra outro corpo com força total.

Eu juro por Deus que tentei segurar a garota, mas ela escapou das minhas mãos e tombou para trás, bateu em um pedestal com um jarro de flores que se espatifou no chão espalhando água e flores pra todo lado.

A garota estava com um copo de suco na mão, que com o impacto caiu em cima dela, o mesmo não saiu das suas mãos, mas já não havia líquido nenhum nele, pois todo o suco estava jogado em sua blusa branca. Por quê diabos os acidentes com comida só acontecem quando estamos com roupa branca?

- Moça você está bem? Me deixe ajuda-la.

Me abaixe imediatamente para ajuda-la, e quase engasguei quando ela levantou o rosto. Ela não era uma garota, era a mulher mais linda que eu já tinha visto.

Seus olhos eram grandes e azuis, mas que tipo de azul era aquele, eu não sabia dizer mas era exótico e lindo, seu rosto era bem desenhado, seus lábios pareciam macios e chamativos.

Seu corpo mesmo ali no chão, em meio a flores, água e suco, era possível ver curvas muito bem feitas, a pele branca tinha um aspecto tão bonito que eu poderia facilmente passar a língua por ela toda, então uma luz se acendeu em minha mente, ela era a garota que eu tinha visto no casamento de Aileen e Matt, não me lembro o porque não fomos apresentados, mas lembro bem que achei que fosse a mulher mais bonita da festa.

- Seu idiota! - Senti seu tapa em minha mão mas não consegui me mover.

- O que? - A magia estava se dissipando rapidamente, a pequena megera me olhava com ódio nos olhos - Desculpe, o que você disse?

-Isso que você ouviu, seu idiota, você não olha por onde anda? Olha só o meu estado, a minha bunda está encharcada de água.

- Talvez devesse encharcar a língua. - Ela abriu a boca mas não dei chance de retaliação. - Eu só estou tentando ajudar, você deveria tentar ser menos mau educada.

- Claro que quer ajudar, já que é você o culpado de toda a situação.

- O que está havendo aqui? - Levanto o olhar me deparando com Matt, Aileen, Loren e Willian nos olhando - Noah, Cristal, vocês destruíram o jarro favorito da minha mãe?

- Ora Aile, eu não destruí nada, esse idiota que quase me jogou em cima do jarro, derrubei meu suco em cima de mim e a água do jarro está por toda minha bunda. - Olho para seus olhos azuis e sinto vontade de esgana-la. - A culpa é toda dele.

- Não é culpa minha coisa nenhuma! - Desisti de ajuda-la me levantando. - Ela não olha por onde anda, e joga toda a culpa nos outros, se estivesse prestando atenção não teríamos esbarrado um no outro, eu acharia a opção de não conhecer você muito mais atraente.

- Ora seu cretino!

- Cristal, venha, vamos te limpar. - Loren ajuda a mulher a levantar, mas ela nunca deixa de me olhar, ainda com ódio - Foi só um acidente, ninguém teve culpa, mamãe entenderá.

- Mas existe um culpado, e é esse homem, é minha blusa favorita... - Ela sussurra - E meu suco estava tão delicioso.

- Posso comprar uma loja de blusas pra você se esse é o problema senhorita. - Senti uma grande vontade de revirar os olhos.

- O meu único problema é você! - Ela olha para os outros no corredor e aponta para mim - Onde vocês acharam esse estúpido? Tinha que ser um egocêntrico riquinho que acha que pode comprar tudo.

- Haha, sua pequena megera, eu só queria ajudar, mas agora não faço esforço de comprar nem se quer um pirulito. - Agora sim Reviro os olhos - Talvez uma mordaça para colocar na sua boca.

- Mas você é mesmo um...

- O que aconteceu aqui? - Olhamos todos em direção a voz de Cristina que olhava para o tal jarro com olhos arregalados.

- Foi ele!

- Foi ela!

Falamos eu e a megera ao mesmo tempo, e se a situação não fosse tão tensa provavelmente teria sido muito engraçado, e depois foi de fato, eu ri muito sozinho em minha cama.

Cristina se irritou, respirou fundo e fechou os olhos, quando os abriu começou a ditar ordens, todos que estavam limpos foram direto pra mesa, Loren ajudou a prima a se limpar e duas empregadas limparam a bagunça do corredor.

Meia hora mais tarde todos estavam almoçando e rindo, mas é claro que eu não deixei de alfinetar a pequena megera algumas vezes, e ela sempre me respondendo à altura, Aileen nós apresentou formalmente, mas isso em nada adiantou visto que não paramos de discutir.

Era de fato uma mulher a qual eu não estava acostumado, ela nem se quer parecia afetada, e aquela língua afiada que ela tinha, era a mulher mais irritante que eu tive o desprazer de conhecer.

Não nego que era linda, muito, e tinha consciência da própria beleza, era confiante demais e esperta demais, como as demais Immers, mas diferente das outras eu tinha certeza absoluta de que essa morreria solteira.

Quem em sã consciência aguentaria Cristal Imeers como companheira?

- Por quê você está me olhando assim? - Acordo de meu devaneio com a mesma me encarando.

- Estava tentando entender como a natureza funciona. - Sorri para ela - Você por exemplo, como uma casca tão bonita esconde uma megera tão bem?

- Deus, como você é filho da...

- Já chega vocês dois!

Aileen nos repreende e eu acabo caindo na risada, sendo seguido por todos na mesa. Pareciamos duas crianças, aquilo não acontecia, não mesmo, eu não sabia bem o que, mas não conseguia parar de provoca-la.

Pequena megera.

Loren - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora