Capítulo 25

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Mason

  Matthew estava ao meu lado bebendo a mais de uma hora, conversávamos e riamos como amigos, e realmente tinhamos nos tornado muito próximos.

- Então, a polícia já o encontrou? - Ele pergunta se referindo ao ex marido de Loren - Ainda não acredito que ele chegou perto dela, filho da puta.

- Não, da primeira vez o pai dele conseguia aliviar a barra, com dinheiro e poder, pelo que eu sei ele estava em liberdade condicional, mas não poderia chegar perto dela, eu não vou descansar enquanto ele não for preso de novo, dessa vez em definitivo.

- Você tem muita força de vontade por ter dado apenas uns socos.

- Loren estava agarrada a mim, tremendo e assustada, eu tinha que cuidar dela primeiro, o imbecil estava drogado e bêbado, caso contrário eu teria dado outra surra nele. - Tomo outro gole grande de cerveja.

- Isso me lembra que nos nunca falamos sobre aquela noite, eu e Aileen estávamos no começo da relação, não sei de muitos detalhes.

- Não tem muitos, deixei Loren no apartamento como você sabe, estudei com um detetive da polícia, o delegado é meu amigo e sempre convivi com os policiais, na mesma madrugada eu dei telefonemas e imediatamente fomos atrás do sujeito. - Tomei outro gole e mastiguei um pedaço de queijo - Aquela casa estava um inferno, tinha ambulância, outros policiais estavam lá, o ocorrido era que o pai de Marcus alegava que a esposa tinha caído da escada, mas Loren jurou que viu Marcus jogando a própria mãe escada abaixo por defendê-la.

- O cara deveria ter ido direto pro colo do diabo, eu mesmo quero dar uma surra nele. - Balanço a cabeça em um gesto afirmativo.

- Não consegui segurar, quando vi aquele filho da puta saindo da casa como se nada tivesse acontecido fui pra cima dele, ele tentou me acertar mas eu estava tão fora de mim que ele nem conseguia reagir, os policiais me deixaram fazer aquilo, eles sabiam o que ele tinha feito com Loren por isso me deixaram dar alguns socos naquele desgraçado antes de me tirarem de cima dele.

- Sorte a dele que tinham outros homens pra tirar você de cima dele, eu não me importaria de deixar você acabar com ele.

- Vontade ainda não me falta meu amigo, e naquela noite estado dele não ficou dos melhores já que nem conseguiu levantar ou abrir os olhos. - Matt sorri e levanta o copo em um brinde imaginário.

- Gosto de como você pensa meu amigo. - Bebo outro gole e olho para ele novamente - Espero que ele não cause problemas, esse cara tem sérios problemas.

- Infelizmente existem muitos homens como ele, não consigo se quer imaginar tudo o que Loren passou.

- Ela é uma mulher muito forte, é impressionante como ela se recupera bem, não acho que seja fácil de esquecer.

- E não é, as vezes ela tem crises de pânico, pesadelos, muitas vezes acordo com ela se remexendo e resmungando na cama antes de despertar assustada. - Olho o relógio, eu logo teria que ir embora, mesmo me divertindo. - Eu não posso fazer nada além de consolar, me fazer presente, infelizmente essa é uma batalha que ela tem que lutar contra ela mesma, a única coisa que podemos fazer é apoia-la.

- Ela tem sorte de ter você. - Ele coloca a mão no meu ombro e aperta de leve - E você tem sorte de tê-la.

Sorrio para ele, Matthew era mesmo um bom amigo, ficamos conversando por mais trinta ou quarenta minutos antes de sairmos, ele não gostava de ficar muito tempo longe de casa, o bebê tinha mudado toda a rotina dele e de Aileen, e mesmo parecendo muito cansados estavam absurdamente felizes.

Pegamos um táxi cada e seguimos para nosso destino, caminho devagar pela calçada do prédio, era uma rua tranquila e eu gostava muito dali, eu caminhava pensando em como me sentia feliz em chegar em casa, queria tomar um banho, de preferência com o corpo macio de Loren junto do meu.

Senti a presença repentina atrás de mim, olhei de relance percebendo dois homens se aproximando rapidamente, um deles puxou meu ombro e tentou me acertar derrepente, entendi que tinha que revidar.

Sei um soco na barriga do primeiro sujeito, mas não pude escapar dos braços do segundo que me segurou pelo pescoço, o primeiro veio pra cima de mim me acertando com um soco no rosto, forcei meu corpo mais uma vez tentando me soltar.

Ouvi o destrava do portão e o segurança correu em minha direção, provavelmente me reconhecendo como morador, ele acertou o primeiro sujeito me deixando com o segundo que em um segundo afroxou o braço que me enforcava.

Dei uma cotovelada em suas costelas e ele me soltou, tive apenas alguns segundos para tomar um fôlego sôfrego e acertar um soco em seu olho, dei um passo para frente, meu corpo não estava sob controle ainda.

O segurança derrubou um deles no chão e colocou sua mão direita para trás antes de colocar o joelho em seu braço o imobilizando no chão, o segundo foi mais resistente e novamente veio pra cima de mim.

Ouvi as sirenes da polícia muito perto, e sabia que o sujeito tentaria fugir, deixei que ele chegasse perto e seu punho me acertou no abdômen quando segurei sua camisa e dei uma cotovelada no seu nariz, o sujeito deu passos para trás tonto antes de cair no chão sentado, tendo a parede como apoio.

O carro de polícia parou ao nosso lado e dois policias desceram rapidamente, olhei para o prédio é quase chorei, tão perto de casa e não poderia entrar antes de ir na delegacia dar queixa e depoimento, eu conhecia os procedimentos.

Os policiais se ofereceram para chamar uma ambulância, mas neguei, não estava tão ruim assim, graças ao segurança ou eu teria levado uma bela surra dos dois homens.

Seu depoimento foi recolhido e eu segui junto dos policiais em um táxi para a delegacia, quanto mais cedo eu fosse, mais cedo tudo acabaria, eu também queria ouvir o que os homens tinham a dizer.

Aquilo não era um assalto, não tentaram pegar nada, não falaram ou usaram de alguma arma para me intimidar, apenas me seguiram e vieram para cima de mim sem motivo aparente, mas por quê?

O que droga estava acontecendo ali?

Loren - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora