Capítulo 10

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Mason

   Gael, era sem dúvidas um nome lindo, tinha vindo ao mundo a um pouco mais de um dia mas já encantava a todos. O bebê que eu segurava em meus braços não tinha me dado o prazer de abrir os olhos e me olhar, mas pelas palavras de Aileen, nas poucas vezes em que ele se deu o trabalho de abri-los, foi possível ver os olhos mais azuis que ela já tinha visto.

  E vendo seus poucos fios loiros era fácil deduzir que o pequeno era uma cópia do pai, que parecia extremamente orgulhoso e protetor, não dava para julgar, eu provavelmente ficaria igual.

- Você não acha injusto Mason? Como ele pode parecer tanto com o pai? Onde está minha porcentagem? - Sorri diante da cara de injustiçada de Aileen - Eu carreguei e formei por nove meses, isso é tão injusto, ele deveria parecer comigo, não foi nada fácil coloca-lo no mundo.

- Não se sinta assim meu amor, ele com certeza vai ter a sua astúcia e inteligência. - Aileen sorri para Matt e estende os braços quando faço menção de devolver o bebê, eu não me sentia de fato confortável segurando algo tão pequeno e delicado.

- Não posso discordar do Matt, tenho certeza de que será uma criança muito inteligente, é um bebê lindo, você fez um ótimo trabalho. - Digo sorrindo.

- Ora, não venha me bajular. - Ela faz uma careta e logo sorri. - Fiz mesmo não foi?

- Sinto muito não poder ficar mais. - Falo olhando no relógio. - Prometo visitar vocês logo.

- Ah sim, obrigada pelo presente Mason. - Aileen diz antes que eu saia.

- Não há de que, prometo mimar muito esse pequeno. - Sorri e sai pela porta a trancando em seguida e esbarrando em alguém. - Me desculpe.

- Não foi nada. - Ah Loren, senti meu coração dar um salto, eu não tinha um sinal seu desde que a mesma saiu do meu apartamento, sem nenhuma palavra sobre o que eu disse, fazendo com que eu me sentisse um idiota. É óbvio que ela não estava pronta para ouvir tal coisa.

Passei o dia inteiro me recriminando e me achando um idiota inútil, eu talvez não tivesse outra chance nunca mais, eu não fui nenhum pouco sutil.

- Está tudo bem. - Suas bochechas ficam vermelhas e seu lábio inferior treme levemente, estava nervosa. - Mason eu... Eu só... Queria me desculpar.

- Pelo que está se desculpando? - Pergunto rapidamente.

- Bom, por ter saído sem te dizer nada depois de tudo o que você disse. - Respiro fundo.

- Você não tem que me pedir desculpas por isso Loren, eu não devia ter jogado meus sentimentos em cima de você, principalmente por saber que você não está pronta pra esse tipo de relacionamento, eu não espero uma retribuição e muito menos um pedido de desculpas.

- Você não se importa se será retribuído ou não? - Sorrio levemente e seguro sua mão.

- É claro que me importo Loren, e seria uma das maiores felicidades da minha vida ser retribuido, mas eu nunca te forçaria a isso, você não deve se sentir obrigada a retribuir ou fazer nada que não queira, sua felicidade e bem estar é o que eu mais aprecio sendo comigo ou com outro só me importa te ver feliz.

   Dou um beijo carinhoso em sua mão e caminho em direção a saída. Seu cheiro floral e delicado toma conta dos meus sentidos, é tão bom e viciante, sinto que poderia senti-lo por horas. Mas não por agora, Loren precisa estar segura de sua própria vida.

   Passei a noite inteira pensando e revirando minha cabeça e coração até chegar a uma conclusão, se Loren me aceitar em sua vida me jogarei de cabeça, a amarei de um jeito tão intenso e único que nem mesmo eu pensarei em me afastar.

   Esperei demais por ela, sempre por ela, Loren foi meu primeiro amor, foi a mulher que partiu meu coração, e agora que sou maduro o suficiente pra entender toda a magnitude do amor, continua sendo ela a dona do meu coração. Por quem meu sangue pulsa desenfreado e quem eu quero do meu lado.

   Só me resta agora sem bom o suficiente para merece-la, Deus, se eu pudesse mataria Marcus Malcross por ter plantado qualquer semente de medo naquela mulher, por ter tirado-a de mim, se eu soubesse que ela também me amava...

- Mason? - Me viro ao ouvir sua voz e seguro à porta do elevador, ela passa por ela entrando e permitindo que a mesma se feche. - Eu não quero te atrapalhar.

- Não está atrapalhando. - A não ser meu raciocínio já que estamos dentro de uma caixa juntos.

- Eu só quero dizer que... - Ela respira fundo e aperta o botão de emergência fazendo o elevador parar. - Eu não me sinto pronta para um relacionamento mas o seu sentimento, ele é recíproco. Eu também te amo Mason.

Sinto minha boca ficando seca derrepente, aperto meus dentes para me controlar, essa mulher não pode ser inocente a ponto de me dizer isso enquanto estamos sozinhos. Ela não sabe que posso joga-la nessa parede e foder com ela aqui mesmo até que ela grite meu nome?

- Você entende? - Tento controlar as vontades do meu corpo e engulo em seco balançando a cabeça devagar. - Que bom, eu sei que pareço uma idiota, afinal que mulher não quer ser correspondida, mas é que...

- Posso te dar um beijo? - Eu realmente poderia morrer se ela dissece não, ela me olha, olhos bem abertos e pisca.

- Sim.

Graças a Deus, repeti na minha cabeça umas quatro ou cinco vezes, eu teria aceitado se ela dissece não, mas eu tinha que perguntar, eu a queria tanto que doia, mais do que nunca eu precisava daquele beijo.

   Suas sobrancelhas estavam juntas como se ela não entendesse bem o que estava acontecendo ali, segurei seu pescoço com delicadeza e puxei sua cabeça ao encontro da minha. Quando senti a maciez dos seus lábios quase não pude me segurar, melhor do que imaginei. Muito melhor.

   Virei sua cabeça para um ângulo em que eu pudesse ajustar minha boca, um encaixe perfeito foi formado, queria explorar sua doce boca, e que surpresa maravilhosa sentir sua boca de encontro a minha. Timidamente seus braços rodearam meu pescoço me trazendo para mais perto.

   Se ela soubesse o que estava fazendo com meu corpo provavelmente sairia correndo daquele lugar. Encostei seu corpo frágil na parede fria de metal e a muito custo soltei seus lábios, mas não consegui me afastar, desci minha boca por seu pescoço quente me embriagado, nossos corpos juntos e minha boca em sua pele, passei os dentes em seu pulso e ela gemeu.

Caralho.

Loren - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora