Clara on
Sou a Clara Tavares, eu fico com a dona do morro sou a fiel dela. Vi meu cunhadinho vindo de skate até a boca então o parei pra falar com ele.
— Oi cunhadinho, como você tá amor? — eu apertei sua bochecha.
—Tô bem, para garota chata — ele limpou o beijo que eu dei em seu rosto.
Que garotinho insuportável...
— Logo, logo vou morar lá com vocês — eu falei calma pra não dá uns tapa naquele moleque.
— Hahahaha, isso eu duvido, você pensa que minha irmã gosta de você, você é só um lanchinho pra ela uma piriguete e outra ela tá gostando de outra é a Gi ela até tá morando lá em casa. — ele falou e saiu andando me deixando lá sozinha.
Que vontade de dar uns tabefes nesse garoto!! Mas deixa quieto quando eu for morar com a Laryssa eu coloco ele e aquela pirralha da Danielle no internato.
E sobre essa tal de "Gi" ela tá fudida na minha mão, quem entra no meu caminho nunca sai viva.
Clara off
Giana narrando: Entrei em um beco e sai em outra rua, uma rua estranha eu nunca tinha passado por ali antes... Vi umas duas meninas sentadas na calçada eram bonitas só mal vestidas, umas roupas vulgares demais uma delas me olhou com raiva e levantou.
— Gi né? — perguntou.
— Eu mesma mais pra você Giana Mello. — eu disse levantando uma das minhas sobrancelhas.
— Então é você que tá querendo roubar a minha mulher né garota? — ela falou me encarando eu sabia que a qualquer hora ela podia me bater.
— Se você tá falando da Laryssa, pode ficar despreocupada eu não tenho nada com ela e nunca quero ter Deus me livre ficar com uma favelada dessas. — Mexi nas minhas unhas.
— É bom mesmo, se não eu ia te comer na porrada aqui mesmo! — ela falou.
—Isso é coisa de gente sem classe, oh prostituta pobre. — eu falei na lata.
—Garota você vai se ver só — ela veio pra cima de mim.
Começamos a brigar, eu pareço fraquinha mais eu não sou! Bati nela com vontade e ela também me bateu eu puxei aquele cabelo dela que parece que tem anos que não ver uma hidratação. Quando vem um menino e separa.
— Por que separou Martin deixa elas brigar — uma menina gritou.
— Cala a boca. — O menino falou me segurando.
— Aí quebrei minha unha, culpa sua oh barraqueira — gritei com a Clara.
— Iiiiih além de piranha é patricinha — debochou.
— Clara, para acabou! Deixa a mina em paz. — o menino falou.
— Iih Mt tá de neurose a mina quer roubar minha mulher e ainda me chama de prostituta, você quer que eu fique parada? — A baranga falou cheia das gírias.
—Tá falando da Lc? Porra Clara tá de "saca" né? Sabe que a Lc não quer porra nenhuma com contigo e ela é a patroa da Lc se você não sabe ontem no baile as duas foi embora juntas. — o menino falou rindo da cara da baranga lá.
— Filha da puta, vou pegar essa piranha — gritou vindo pra cima de mim.
—Não, deixa ela, se você não quiser tomar esporro da chefe é melhor deixar ela na dela. — o menino falou me pondo atrás dele.
A baranga abaixou a cabeça e saiu batendo o pé pra dentro de uma casa lá.
O "Martin" me levou até a praia e ele foi conversando comigo até lá.
—Você tem que tomar cuidado em andar aqui dentro da favela, essas mina é tudo perigosa, gosta de fazer covardia são tudo falsa — ele falou.
—Deixa elas, eu não tenho medo se for pra mim se defender eu vou! — eu falei confiante ajeitando meu cabelo que tinha ficado todo bagunçado.
— Eu sei que você é a nova "namorada" da chefe ela é uma mina da hora, mas toma cuidado pra não se machucar tá bom? — ele falou.
— Eu não sou namorada dela Deus me livre— Fiz cara de nojo.
—Ah, foi mal então eu pensei que era. — ele riu fraco.
—Não. — respondi
—Sou o Martin, moro com meus pais em um condomínio perto da praia, e estou passando um tempo na minha vó na favela porque meus pais viajaram—ele falou.
—Eu sou a Giana e eu fui vendida pelos meus próprios pais pra uma bandida nojenta — falei mostrando ódio em meu olhar.
—Caralho, sinto muito. — ele falou sem graça.
