Aqui terão inúmeras histórias - tanto no universo original, quanto no alternativo - sobre os personagens de Naruto e seus shipps infinitos.
#1 em ShikaHina no dia 04/03/21
Essa fanfic foi criada para o @projeto_hatake (user da plataforma vizinha). Betado por: @variancia e revisada por UchihaAimii Capa por: @Diana_Hatake
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pai. O homem que — na maioria das vezes — é o mais importante na vida de qualquer pessoa. O homem que é capaz de transmitir ensinamentos e valores para um ser humano que é completamente puro e sem os vícios do mundo. O homem que possui tanta influência na vida de uma criança, que pode até mesmo moldar o seu caráter — tanto para o bem, quanto para o mau.
No meu caso, Sakumo Hatake era tudo isso e mais um pouco; era meu herói. Parece clichê falar algo do tipo sobre o próprio pai, já que é a resposta da maioria das pessoas quando são questionadas sobre o que a figura paterna representa; no entanto, para expressar um pouco sobre o que ele simbolizou na minha vida, não há outra palavra que o defina melhor.
Ele era a única pessoa na qual eu me espelhava, a única a qual me instigava a ser sempre melhor e a única a qual me incentivava a viver a vida cada dia mais. Ao mesmo tempo que era triste pensar que ele não estava mais nesse plano, também era quase cômico. Sakumo nunca teve medo de morrer e foi isso que o levou embora para longe de mim.
A notícia do câncer de pulmão em estágio avançado veio numa manhã de primavera qualquer e menos de três meses depois, após decidir que não enfrentaria a quimioterapia, a morte o visitou de bom grado e o levou enquanto ainda dormia na cama solitária do hospital. Receber aquela ligação foi como perder completamente o chão que eu pisava.
— Vamos, querido... está ficando tarde. — Hinata, minha esposa, me chamou. — Daqui a pouco escurece — completou ela de modo acalentador, enquanto acariciava meus cabelos platinados.
Estávamos visitando o túmulo do meu pai mais uma vez naquela semana. Virou quase rotina passar no cemitério após o trabalho — coisa que a preocupava vez ou outra. Era tão necessário ir que, caso eu não fosse, martirizava-me durante o resto do dia, imaginando que de certa forma estava decepcionando Sakumo. Não entendia muito bem essa necessidade, já que sempre fui um filho presente e estive ao lado dele até o último segundo, porém, não havia nada no mundo que me deixasse tranquilo quanto a isso.
— Eu acho que está na hora de viajarmos, fazermos algo para que você possa espairecer... — murmurou Hinata já no caminho para casa. Eu estava dirigindo e ela estava acomodada no banco do passageiro, com a mão esquerda levemente apoiada na minha coxa. — Imaginei que podíamos ir para Huntington Beach.
Pensei por alguns segundos no que ela havia acabado de dizer. Essa cidade me trazia inúmeras lembranças com o meu pai e a última vez que a visitei, ele ainda estava vivo.
— Pode ser uma boa ideia, Hime — respondi, apertando o volante entre meus dedos. No fundo, eu estava nervoso com a possibilidade.
— Ótimo! — Ela exclamou animada, dando leves palminhas em comemoração. Adorava quando ela reagia dessa forma.
