A Marca Que Nos Une - SasuHina

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Texto sem betagem.

One desenvolvida para o #sasuhinamonth2021, com a temática: A Birthmark That Binds Us

Sinopse para vocês entenderem: Em um mundo onde as pessoas nascem com marcas idênticas às de suas almas gêmeas pelo corpo, Hinata encontrava-se em um impasse: no fundo, não acreditava naquela baboseira, mas todos à sua volta pareciam ter encontrado o parceiro ideal. Seria possível um acontecimento fazer essa estudante de arquitetura mudar de ideia?

 Seria possível um acontecimento fazer essa estudante de arquitetura mudar de ideia?

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— Você ainda não encontrou? — Era a décima vez que ouvia aquela pergunta.

Hinata não estava tendo uma semana fácil. Todas as colegas da faculdade já haviam encontrado suas respectivas almas gêmeas — incluindo Sakura, a amiga mais cética quanto às marcas de nascença — e agora planejavam animadas seus futuros brilhantes ao lado de seus amados. Uma tremenda baboseira, como a Hyuuga pensava.

— Não, você sabe que não — respondeu um pouco mais seca que o usual. — Você será a primeira a saber, Sah — garantiu para a rosada, que insistia em encará-la com os olhos verdes semicerrados.

— Hinata, não tente me enganar. Eu sei que você não está procurando — reclamou, recebendo em resposta uma revirada de olho digna da Hyuuga.

— Se você sabe, não sei porque fica me perguntando a mesma coisa. — Petulante, retrucou, arrancando um suspiro audível da Haruno.

Ambas caminhavam lado a lado em direção à saída do campus da UCLA, universidade onde cursavam arquitetura há alguns semestres. Nas aulas que frequentavam, apenas Hinata e mais dois outros alunos ainda estavam à procura de seus "amores". A grande maioria já havia encontrado o par ideal, reforçando para a perolada um estereótipo que lutava desde a adolescência contra.

Simplesmente não conseguia crer que uma marca de nascença pudesse ditar com quem passaria o resto de sua vida. Para ela, amor à primeira vista não existia; muito menos almas gêmeas.

— Deixe-me ver seu pulso novamente — pediu Sakura, parando-a abruptamente quando alcançaram as grades do enorme portão da faculdade.

Hinata bufou, estendendo-o na direção da Haruno.

— Amiga, tô te falando já faz um tempo, mas... — murmurou, analisando de perto a manchinha de formato singular no braço esquerdo da garota. Pelo olhar de Sakura, lembrava muito o contorno de um mapa da América do Sul. — O melhor amigo antissocial do Naruto tem uma marca praticamente igual no braço direito. Já até falei de você para ele, mas Sasuke não acredita nesse lance de almas gêmeas... Diz ele que é "invenção do patriarcado". — Engrossou a voz na tentativa de imitar um timbre masculino.

Hinata riu, divertindo-se com a preocupação da amiga quanto à sua — conturbada — vida amorosa. Para ela, nada daquilo realmente importava justamente por ter presenciado o casamento de seus pais findar de forma trágica, mesmo ambos ostentando marcas iguais sobre os indicadores da mão esquerda. Era uma lembrança amarga, que simbolizava o fim de sua inocência perante os desejos de encontrar o "amor da sua vida".

Simplesmente não queria mais saber daquela bobagem.

— Ele não está totalmente errado. — Foi obrigada a concordar. — Esquece isso, amiga. Foca no Naruto, deixa a sua amiga encalhada pra' lá. — Com um abraço rápido, despediu-se de Sakura. — Nos vemos amanhã.

— Argh! Tá bom! — Suspirou derrotada, desvincilhando-se do contato para deixá-la ir embora. — Se cuida! — Sakura acenou, assistindo Hinata se distanciar gradualmente.

A Hyuuga colocou seus habituais fones de ouvido, entretendo-se por um instante com as inúmeras notificações em seu celular. Caminhava despretensiosamente pela rua pouco movimentada, compenetrada em responder uma mensagem ou outra. Tenten, que encontrou no primo descabeçado de Hinata, Neji, a alma gêmea que tanto almejava, mandava sequências de fotos da viagem que o casal realizava pela costa leste do estado.

"Quero uma lembrancinha, ein! Não se esqueça que fui eu quem te apresentou sua cara-metade KKKKK'." Digitou rapidamente no teclado, divertindo-se com os stickers que a amiga mandava para ela. Estava tão distraída, que mal viu o momento em que pisou na faixa de pedestres com o sinal ainda aberto.

A música tocava de forma ensurdecedora contra seus tímpanos, sendo o suficiente para impedi-la de ouvir qualquer barulho à sua volta. The Reasons, da banda Hoobastank já estava no refrão quando a luz forte de um farol incomodou suas vistas, trazendo-a para a realidade; Hinata travou, assistindo um carro em alta velocidade quase atropelá-la.

Quase, porque um puxão forte a empurrou contra a calçada novamente.

A mão da pessoa que a salvou ainda estava em torno do seu braço esquerdo quando se deu conta do que acontecera. Os fones de ouvido já haviam se desplugado de sua orelha, situando-a novamente com o mundo exterior; buzinas ecoaram pela avenida, acompanhadas de xingamentos por tentar atravessar a rua sem tomar o devido cuidado. Poderia dizer que quase morreu? Provavelmente.

Prestes a levantar os olhos perolados para agradecer quem quer que fosse seu salvador, a Hyuuga focou em uma característica singular do estranho; uma marca idêntica à sua no pulso direito.

Não demorou para chegar a uma conclusão óbvia:

— Você é o Sasuke?

— Você é a Hinata? — Ambos indagaram ao mesmo tempo, conectando as irises simultaneamente ao ouvirem as vozes um do outro.

Ela entreabriu os lábios ao fitar o rosto dele e, para declarar de vez o seu infortúnio, se encantou de maneira singular pelos traços do rapaz. Os cabelos negros bagunçados, a jaqueta de couro e os ônix que carregava a enlaçaram com apenas uma troca de olhar.

Talvez suas ideias deturpadas sobre amor à primeira vista e almas gêmeas tivessem caído por terra.

Coletânea de Contos sobre Naruto - AllHina e AllSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora