Cap. 12 POV JOHN 2

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               Não estava com mínima vontade de ir à festinha do meu 'mano', mas fazer o que? Ele insistiu a semana toda, parecia que iria morrer se minha pessoa não comparecesse. Vesti uma roupa nem muito casual nem muito arrumada, quer saber sou homem! Isso mesmo visto qualquer coisa e fico legal, não como uma mulher que passa horas na frente do espelho fazendo maquiagens, e depois tenta destruir carreiras de palhaços de circo.

                Meu maior medo era ficar doido com as drogas que outros amigos dele trazem, é um tipo fabricado em casa mesmo, que já é proibida mesmo assim eles levam pra lá. Eu já o avisei, mas nunca me escuta, eu fumo sim, mas há apenas um ano, e é apenas cigarro. É meu pulmão não tolera, mas o que posso fazer é um vicio louco que tenho. Estou tentando fazer o Maximo de coisas boas e que futuramente me traga maravilhas, estou melhorando aos poucos, sozinho. Mas não sei, não sei se posso. Não vou conseguir me livrar dessa vida! Faço de tudo, mas mesmo assim, continuo caindo das mais altas montanhas, sinto uma queda forte a cada vez, mas por quê? Tem algo em mim que não posso mudar nunca? Vou ser assim para sempre? Nunca vou ter uma família ou me casar? São tantas perguntas, quem me dera ter alguém para respondê-las. Infelizmente terei que suportar mais um ano aqui, bem aqui, de festas, de preguiça, má vontade, e muita coisa errada, onde estão meus anjos? Abandonaram-me? Ou eu que os despachei... Nem sei meu nome, nem minha historia, quer saber, não sei nada de mim, não tenho futuro, a qualquer momento morrerei, em qualquer esquina ou em qualquer lugar. Meio dia, ou às sete da noite, como saberei, mas quando partir, não farei conta de quem sentirá minha falta, minha mãe? Meu pai, e minha irmã? Apenas.

                -Cara, você tá legal? – perguntei segurando Usher pra não cair no chão, de tanta bebida e drogas.

                -Melhor impossível! – ele gritou e caiu na risada, sabia que não estava nas melhores – Quer? – ele me ofereceu aquela droga maldita! –Vai pega!

                -Não , não vou pegar! Você não está bem Usher, vem comigo senta aqui – puxei-o e o encomendei sentar-se na cadeira. – senta!

                -Assim não vou aproveitar a festa!- ele falava entrelaçadamente, gesticulando as mãos, deixando bebida cair.

                -MEU DEUS USHER! – Gritei em sua cara, normalmente as outras pessoas não ligariam, estavam dançando, bebendo como meu amigo, conhecendo outras pessoas. Não teria problema que nos avistassem ali ‘discutindo’. – VOCE ESTÁ HORRIVEL! – Tomei o copo de suas mãos , e o vi negar com a cabeça.

                -Cara! Você está louco – ele falou, ai que filho... que ódio subiu até o cérebro – Bebe ai vai!   

                -Não...

                -ENTÃO, ME DEIXA EM PAZ OUVIU! – É ele estava muito mal, não podia ajuda-lo ou poderíamos acabar nos enchendo de socos ou pontapés. Melhor conversar com Usher depois, agora não irá servir de nada, ele não vai entender mesmo.

                Fui procurar um lugar pra ficar, não sei dançar, e não suporto essas garotas se jogando pra cima de mim, todas bêbadas e loucas, eu em!  Na verdade nunca fiquei dessa forma, nunca bebi assim, se não for sozinho, mas não chego a ficar trocando os passos, e ver arco-íris.

                Avistei um lugar ao canto, pensei que seria ótimo, ficava um pouco longe da ‘pista de dança’ improvisada no meio da sala. E ficaria em paz, além de poder dizer ao Usher que compareci a festinha sem graça dele. Não ele não irá ficar chateado, afinal eu sempre reclamo pela sua impulsividade, e totalidade geral de loucura por festas. Em um ano ele fazia mais de 200 festas, quase todas as sexta - feiras.  Ele é muito popular pela região, todos adoram suas festas, e vão só pra beber mesmo, entre coisas que não são necessárias dizer nesse momento.

Apenas, VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora