Cap. 2 Dia Ruim

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  • Dedicado a Priscila Andrade
                                    

     O celular toca, estava abaixo de meu travesseiro, eu nem tinha dormido direito, passei a noite inteira terminando uns projetos, estava bem sonolenta. Coloquei a mão e puxei, a luz doeu em meus olhos, meio abertos. Nem deu para ver quem era, o sol nao haveria entrado em meu quarto, por causa das cortinas, pensei que poderia ser madrugada.

-Alô?! -Falei dormindo ainda, com voz sonolenta

-Oi querida...

-Quem é por favor? - virei de barriga pra cima

-Não conheçe minha voz? sou eu Elisa! sua vó! - ela riu

-vó!!! - falei mais alto, sentando na cama e abrindo os olhos feliz- comprou um celular foi? está evoluindo em?! - ironizei

- Fiz o  seu pai comprar! para falar com voce todos os dias! 

- Isso mesmo mostra quem manda!... como a senhora está?! 

- Estou melhor do que nunca, conheci um rapaz pela internet e ele me acha "gatinha" - eu ri alto , muito mesmo

- Ah , então quer dizer que tem alguem apaixonada ai né!

- mais do que apaixonada! Uma mulher de 65 anos como eu não se pode perder! e voce querida como vai? já tem um rapaz para que possa me apresentar?- ela sempre me pergunta isso, dá vontade de dizer que sou a pessoa mais estranha do mundo, e ninguem gosta de  mim.  Aliais, meu pedaço da laranja, já devem ter feito um suco. 

- Quem me dera, vó não tem ninguem que goste de uma pessoa como eu! Mas estou bem!

- Não se preocupe amor! sei que para cada tenis há um par! 

- Então, sou o tenis perdido - ironizei brincando com meu cabelo

-Voce está nova demais pra isso, ainda tem muita vida pela frente! - sorri com esse comentário, quem me dera.

-queria ser madura como voce! - falei cabisbaixa

- voce já é, é a garota mais inteligente que eu conheço! 

- não vó! nao sou, sou mais idota do que pensa, não sei fazer nada direito, são uma derrotada.

- Querida, isso é apenas a batalha, voce vai ganhar a guerra, calma! Não se sinta tão mal, nao se odeie tanto assim! já ouviu falar em auto-amor? - ela sempre faz isso sabe?! me coloca pra cima, me alegra, me faz feliz.

- Desconheço esse tipo de amor- sorri- vó voce sabe que...- assim que olhei para o relogio que fica na parede em frente a minha cama, já era umas 7:20 eu estava mais do que atrazada! - Estou bem... E MUITO , MUITO ATRAZADA! vó me desculpe, mas tenho que ir, te amo! - enquanto falava coloquei o celular sobre os ombros , proucurei minhas calças, sai colocando tudo de uma vez. 

-Tambem te amo minha querida, toma cuidado e... - desliguei , pobre vó! mas o que posso fazer se o assunto for chegar atrazada eu não faço isso, odeio mesmo.  Pentiei os cabelos, fiz um rabo de cavalo rapido coloquei meus oculos inseparaveis, e meu All star. -merda, merda!!! odeio chegar atrazada, sou a aluna mais concentrada - resmunguei pra mim mesma amarrando o cadaço.

-AI, a Maddie - falei comigo mesma - Maddie! MADDIE! levanta! estamos atrazadas! - Explicando: Maddie é minha colega de quarto, ela se resume em sofrer, ela dorme todas as noites chorando por algum rapaz , ou um namoro que não e que nunca acaba bem. Eu a adoro, mas ela quase sempre está cabisbaixa, pior do que eu, sinto pontadas em meu coração por isso, tento ajuda-la o maxino possivel, mas nunca adianta.

-Oi, oi! - ela virou pra mim e abriu um olho , bem S-O-N-O-L-E-N-T-A! - O que é Marie!!

-Olha a hora, vai levanta! - puxei o cobertor - Estamos em cima da hora vem levanta!! - puxei seus braços

Apenas, VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora