Capítulo 2 - Plumas Brancas

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Sophie (Atualmente)

- E então ele mergulhou na água e ela lhe deu forças que o tornaram invencíveis

- O que é invencível? – Michael pergunta do meu lado esquerdo e eu me viro para ele sorrindo

- É uma pessoa muito forte e que nada consegue derrotar

- Tipo o homem aranha? – Michael pergunta e eu aceno confirmando

- Ou.... o.... o Superman? – Ethan pergunta do outro lado e eu me viro sorrindo acenando para ele também

- Bons exemplos

- Queria ser forte assim – Ethan fala baixinho e eu acaricio seu cabelo escuro meio ondulado enquanto eu respondo.

- Mas você é querido, muito forte. Os dois são – eu falo para eles e vejo Michael se levantando, ficando em pé em cima da cama

- Eu sou forte, não sou Sophie?

- Ah você é sim – eu falo de forma séria e vejo ele gritar enquanto pula, olho de lado e vejo Ethan olhando para o irmão com a expressão melancólica, suspiro e o pego nos braços, puxando- o para cima – Vem, vamos mostrar o quanto somos fortes também

- Ma...., mas é só pular – Ethan diz confuso, mas eu pego um dos travesseiros e bato na cabeça de Michael de leve fazendo ele cair na cama rindo

- Viu? Acabei de derrotar o homem aranha

- Não derrotou não – Ethan diz rindo vendo o irmão se levantar e eu me preparo apontando o travesseiro para Michael que franze a testa fingindo estar pensando seu próximo movimento

- Se prepare Sophie

- Tome cuidado com suas palavras Homem Aranha Júnior – eu falo e Ethan cai na risada quando eu pulo da cama para o chão e começo a bater nos dois.

Várias plumas saem do travesseiro e eu olho rapidamente antes de me voltar para a briga.

Tudo bem, eu resolveria isso depois.

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- Será que eu pergunto o que aconteceu aqui? – ouço a voz de Kael e aproveito minha posição no chão me arrastando para debaixo da cama dos meninos

- Papai a gente estava brincando – Michael responde

- Com os travesseiros?

- Sim, guerra de travesseiros – ele afirma e eu posso ver claramente ele acenando com força

- E quem será que incentivou vocês dois a fazerem isso?

- A Sophie – eles dizem em uníssono e eu faço uma careta me enfiando ainda mais

- Sophie! – Kael diz e eu aperto meus lábios me encolhendo – Vamos logo, sai daí

- Papai ela não es....es.... está aqui – Ethan tenta e eu suspiro baixinho, mas começo a rir quando vejo Kael se abaixando e pegando minhas pernas

- Me solte – eu falo rindo e ele balança a cabeça tentando impedir um sorriso de aparecer. Me prendendo no chão ele tira uma pluma do meu cabelo e eu assopro minha franja para o lado – Não foi culpa minha

- E de quem foi? Do cachorro?

- A culpa foi toda dele

- Uhum – ele diz sério e eu dou um sorriso – Que pena que não temos um cachorro

- Culpa sua então

- Até parece – ele diz e eu levanto a mão desarrumando o seu cabelo, ele sorri e pega minha mão daquele jeito que ele sempre faz. Com o polegar em contato com minha pulsação, sentindo os batimentos – Eu acho que pedi claramente para que você terminasse de arrumar as malas dos meninos

- E eu arrumei – eu falo insultada e depois vejo a mala meio aberta no chão atrás da gente – Quer dizer, mais ou menos

- Hunf – Kael resmunga e me ajuda a levantar – Vamos partir daqui a seis horas.

- Eu sei, Vince meio que já me mandou várias mensagens avisando

- Papai pode levar jogo? – Michael pergunta tentando escalar a perna de Kael que o pega no colo e acena confirmando

- Claro que sim

- Sophie? – Ethan pergunta baixinho ao meu lado e eu o pego no colo, ele encosta o rosto em meu pescoço e pergunta sussurrando – Nós vamos morar com o vovô?

- Não – eu falo baixinho também – São dois meses de férias e depois a gente volta

- Você vai ficar comigo, não é?

- Não vou embora – eu respondo e vejo o olhar de Kael em nós dois, parecendo estar triste de novo, pigarreio e aperto Ethan – Que tal ajudar a mim e a seu pai a arrumar essa bagunça?

- Tá bom

Coloco ele no chão e Michael faz o mesmo, eles começam a catar as plumas e eu me aproximo de Kael que continua em silêncio.

- Tudo bem?

- Sim, eu só não acho que seja uma boa ideia passar tanto tempo longe de casa – ele diz e olha para mim

- Vai ser bom para os meninos e para você também. Além disso vamos poder ficar de olho na construção dessa filial lá em Nova York

- É, acho que você tem razão – ele diz e eu seguro sua mão, ele aperta posicionando o polegar no mesmo lugar

- Eu sempre tenho razão

- Não exagere

- Exagero sim – eu falo e solto sua mão indo até a mala dos meninos – Pode me ajudar aqui, já que você não está fazendo nada?

- Eu sabia – ele diz rindo baixinho e eu suspiro aliviada por ver a expressão de tristeza já longe – Você só estava me esperando

- Claro que sim, não sou burra

- Idiota – ele diz e eu lhe mostro a língua fazendo uma careta, ele revira os olhos, mas vem me ajudar a arrumar a mala.

(Re) Escrevendo As EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora