(Re) Escrevendo As Estrelas

Capítulo 33 - Probabilidades

Kael (atualmente)

Todos tinham que admitir que a organização da festa estava digna de algo grande o suficiente para chamar atenção. Os convidados passeavam lentamente, alguns perto do lago, outros olhando as crianças subirem a casinha, e outros ainda comendo nas mesas dispostas pelo jardim.

As crianças corriam em diversas direções, eles eram filhos dos meus antigos amigos e alguns deles eu nem sequer me lembrava. Aceno na direção de Jazmine e Kathy e elas vem na minha direção junto com uma mulher de cabelos claros ao lado, começo a me aproximar delas, mas paro quando sinto algo batendo bem forte na minha perna.

Olho para baixo e vejo uma bola de beisebol no chão ao meu lado, olho em volta e vejo uma menininha me observando antes de desviar o olhar para um homem ao seu lado.

- Declan! – escuto a reprimenda e me viro para a mulher de cabelos claros que está encarando os dois

- Não foi por querer – o que imagino ser Declan responde dando de ombros, a menininha sorri na direção dele e corre segurando sua mão, ele olha para baixo sorrindo e a pega no colo antes de vir em nossa direção – Foi mal, ela ainda está treinando a direção

- Tudo bem – eu falo sorrindo e a menina estende a mão, eu a pego apertando e ela fala com entonação na voz

- Meu nome é Lizzie Campbell, qual é seu? – dou risada e a mulher loira fica ao lado deles dois

- Meu nome é Kael, muito prazer – Lizzie sorri para mim e eu vejo o olhar do pai dela observando-a. A mulher ao seu lado estende a mão para mim e eu aperto

- Meu nome é Kalliope e esse é o meu marido Declan. A Kathy nos convidou, espero que não tenha problemas

- Claro que não – eu falo e olho para Lizzie – Na verdade eu acho que os gêmeos irão gostar muito de você – eu falo e Lizzie olha para mim – Porque não vai até eles? Estão perto da casinha

Lizzie olha para o pai e ele assente colocando-a no chão, ela corre na direção que eu falei e eu olho para os pais dela junto com Kathy e Jazmine ao meu lado.

- Onde está a Sophie? – Kalliope pergunta e eu me viro em sua direção – Quero conhece-la, a Kathy falou muito dela assim como Jazmine

- Ela estava se arrumando, ela passou o dia inteiro aqui arrumando tudo – eu respondo e ela acena compreendendo

- Sei como é, a gente bem que poderia ir ajuda-la, não é? – Kalliope pergunta olhando para Kathy e Jazmine e elas acenam animadas, Kallie se inclina beijando a bochecha do marido e logo em seguida começa a seguir elas até a casa

Olho na direção delas e faço uma pequena careta

- O que foi? – Declan fala e quem responde é Sky que chega com três copos do que parece ser refrigerante

- Nada demais – ele fala e levanta um ombro – É que pode ser que esse grupo de mulheres acabe destruindo a casa e a nós mesmos.

Dou risada e Declan olha para mim arqueando uma sobrancelha

- Sua Sophie também faz parte do grupo de destruidoras? – ele pergunta divertido e eu pigarreio

- Com certeza ela faz

- Sua Sophie – Sky fala irônico e eu estreito os olhos em sua direção – Kael deve estar comemorando internamente

- Cala a boca Sky

- Ah admite logo irmãozinho – ele fala e fica lado a lado com um Declan com expressão curiosa – Ela é sua Sophie, sempre foi

Fico em silêncio e os dois começam a rir, bebo um gole do refrigerante tentando me concentrar em algo e eles aproveitam. Desculpe, eles não, só o idiota do meu irmão

- Cara, o Kael é apaixonado na Sophie e não faz nada para mudar o relacionamento deles

- Sério? Porque? – Declan pergunta e se vira para mim

Abro a boca para responder sabe- se lá o que, mas quem responde é Sky

- Ele acha que ela não gosta dele, é um idiota mesmo. E ainda ficou com garota errada – ele diz e eu franzo a testa para ele, que responde levantando um ombro – Você sabe que eu falo a verdade, Layla ficou no meio dos dois e ainda fica

- A Layla...

- Te deu dois filhos – ele completa sorrindo – Eu sei, mas até ela sabia a verdade – engulo em seco e vejo o olhar cuidadoso de Declan enquanto Sky continua – Uma semana antes e tudo isso seria diferente, não é?

Olho para os gêmeos correndo e vejo eles acenando em minha direção animados, aceno de volta e respondo ainda olhando para os meus filhos.

- Talvez

Sim, talvez tudo fosse diferente

Mas eu não acho que faria diferente, e isso mudava tudo