No Alemão

Capítulo 162

Coringa

Parei o carro em frente de casa

Lucas: O que a gente tá fazendo aqui
Léo: A gente não vai ficar aqui, só quando a mãe voltar, cadê ela pai? Ela foi embora?
Lucas: Não- me olhou- Não né?
Coringa: Vocês tão doidos é? Eu vou buscar a mãe de vocês agora

Ouvi um barulho no portão e olhei, tia Sara apareceu

Coringa: Vão, tomem banho que daqui a pouco chego com ela
Lucas:Eba
Léo: Até que enfim

A tia ajudou eles a descerem e entraram, acelerei em direção ao hospital

Hoje é o dia que a Mari é liberada, demorou um pouco mas deu certo

Entrei no quarto e não vi ela

Coringa: Mari
Mari:Oi- falou do banheiro- Oi- encostou na porta
Coringa: Tá fazendo o que?
Mari:Eu fui no banheiro

Andou devagar até a cama, fui até ela, peguei e botei ela deitada

Mari: Obrigada- assenti
Coringa:Que horas que o médico vem pra da tua alta?
Mari:Me disseram assim, mais tarde

Puxei a cadeira, sentei e botei a cabeça na barriga dela, começou a fazer cafuné

Coringa: Peguei os pivetes no colégio e fui deixar em casa, falei que ia te buscar, ficaram felizão
Mari: sorriu- Vou dormir agarrada neles

Olhei pra ela com cara triste

Mari:E contigo
Coringa: Mariana somos em três, um na tua direita, outro na esquerda, o terceiro aonde?
Mari: Pensando bem, eles iam me apertar demais e ia doer
Coringa:Verdade
Mari: Tudo tranquilo no morro?
Coringa: Tá, sem invasão, sem b.o, tô até estranhando
Mari: Não vamo reclamar

Ouvi um barulho e olhei pra porta

Médico: Muito bem senhora Mariana, está liberada, só entregar esses papéis e está tudo certo- entregou uma papéis pra mim
Coringa: Obrigado
Médico:A senhora precisa de uma cadeira, moleta ou consegue ir?
Mari: Eu consigo obrigada
Médico: Tá certo, fique atenta aos remédios- assenti

Peguei a bolsa da Mari e ajudei ela a descer da cama

Coringa:Quer que eu te leve no braço?
Mari: Não precisa, eu consigo

Ela foi andando se apoiando, parecendo uma tartaruga, quase quinze minutos pra gente chegar no carro

Abrir a porta e botei ela no banco, botei as coisas atrás e entrei no lado da direção, fui em rumo ao morro

Mari:Esse gesso pesa muito
Coringa:Ou, não é porque tu tá em casa que é pra ficar fazendo as coisas, é pra ficar quieta viu
Mari:Sim senhor
Coringa:Tô falando sério
Mari: Tá ué
Coringa: Não quero tu subindo e descendo a escada não, me chama que eu te levo
Mari:E se você não tiver em casa?
Coringa:Fica deitada
Mari: Hospital parte 2- rir
Coringa: É sério, assim não corre o risco de tu cair ou se machucar

Deitou a cabeça no banco e ficou me olhando

Botei o carro na garagem, desci e peguei a Mari no colo, entrei em casa e ouvi um grito

Léo, Lucas: MÃE

Saíram correndo, botei a Mari sentada no sofá

Lucas: Mãe onde a senhora tava?
Léo: Porque demorou tanto?
Lucas:A senhora sofreu um acidente?
Léo:O que é isso na sua perna?
Mari: Calma, eu vou explicar, viajei a trabalho, acabei sofrendo um acidente de carro, e quebrei a perna, tenho que usar isso por um tempo
Lucas:Mas, pode abraçar?
Mari:Pode

Os dois abraçaram ela

Coringa:Tá doendo?- perguntei baixo
Mari: Tá tudo bem
Coringa:Ou afastem- peguei ela no colo
Léo:Ei
Coringa:Oh tia

Fui até a cozinha

Coringa:Oh quem chegou
Tia Sara:Vish, mas tá um bebê
Mari:Ele não quer deixar eu andar, acredita nisso
Coringa:Tô te ajudando otária
Tia Sara: Tá melhor mesmo?
Mari: Tô, tá tudo bem
Tia Sara: Cadê a lista com os remédios?
Coringa:Na bolsa, no carro
Tia Sara: Tá
Coringa:Vou subir com ela pra gente tomar banho
Tia Sara: Tá certo

Subi as escadas e entrei no quarto, botei a ela na cama

Mari:Ah, saudade quarto, saudade cama
Coringa:Pô amor, pq tu diz que sentiu falta de todo mundo menos de mim? Pô sacanagem isso aí- falei indo no closet

Separei uma roupa pra gente, botei na cama

Mari:Me ajuda- estendeu os braços

Botei o negócio no gesso pra não molhar, tirei nossas roupas, ela entrelaçou os braços no meu pescoço e segurei as pernas dela, entrei no box e liguei o chuveiro

Mari:Eu pedi pra você ir embora e você não foi- olhei pra ela
Coringa: Tu podia ter me batido e eu ia continuar lá
Mari:me olhou sorrindo- Senti sua falta- sorri, me beijou lento

Dei um banho nela, depois enrolei ela na toalha e botei enrolada sentada no vaso, voltei pro box e tomei meu banho

Ela foi se vestindo devagar, me vestir e desci com ela

Tia Sara: Pronto, são esses os remédios
Mari: Obrigada

Botei ela no sofá

Mari:segurou meu braço- Fica aqui

Me deitei e botei a cabeça no colo dela

Lucas:A gente vai jantar o que?
Léo:Eu tô com fome
Mari: Vocês escolhem
Lucas: Sério?- assentiu
Léo:Bolo com sorvete
Coringa: Isso não é janta
Lucas:Pizza
Mari: Então pronto

Pediram os negócios lá, a gente comeu e depois a Mari mandou todo mundo e se deitar

Mari: Caíque, o que aconteceu naquele dia?
Coringa:O que tu quer saber exatamente?
Mari:O que aconteceu com o
Coringa: Com aquele merda- assentiu- Consegui umas informações
Mari:Tipo?
Coringa:me sentei na cama- Ele tá com o pessoal de São Paulo
Mari: Entendi- ficou olhando pra tv
Coringa:me deitei e abracei ela- Tu tá com medo de acontecer alguma?
Mari: Não é medo, é um receio, não sei explicar
Coringa: Não se preocupa, tu nunca mais vai vê ele, tá bom?
Mari: Tá

Puxou minha perna e meu braço, botei a cabeça no pescoço dela

Mari:A gente tem que ir no shopping
Coringa:Pra?
Mari: Preciso de um celular

Na verdade, eu já comprei um pra ela, mas é surpresa

Coringa: Depois nós vê isso