Capítulo 151

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Coringa

Desci as escadas e logo vi a Mari deitada no sofá

Coringa:Tava te procurando
Mari:O que é?- se revirou
Coringa: Tá com cólica?
Mari:Eu não sei, só sei que tá doendo
Coringa:Quer que eu fassa alguma coisa?
Mari:Me ajuda- esticou os braços
Coringa: É melhor tu ficar deitada
Mari:Eu quero ir pro banheiro

Ajudei ela se levantar e levei ela até o banheiro, fechou a porta e fui pra cozinha

Peguei a jarra de suco, e o bolo, botei em cima da bancada, só ouvi a Mari me chamando e fui pro banheiro

Coringa:Que foi?
Mari:A bolsa estourou
Coringa:Mas
Mari:Anda, vai pegar a bolsa dos meninos

Subi as escadas correndo, entrei no quarto dos pivetes, peguei a bolsa deles e a da Mari, entrei no meu quarto, peguei uma blusa, a carteira e a chave do carro

Desci as escadas correndo, fui pra garagem, a Mari entrando no carro, abri a porta de trás e botei as bolsas, botei a blusa e entrei no carro, tirei da garagem e acelerei descendo o morro

Mari: Caíque- voz de choro, olhei pra ela- Eles vão nascer
Coringa: É pó, daqui a pouco a gente vai tá segurando eles- assentiu sorrindo

Acelerei o carro, pulei um três sinais, chegamo no hospital, fiz a ficha rápido, a gente foi pra uma sala

A Mari com carinha de choro e passando as mãos na barriga

Mari:Me faz um favor- assenti- Avisa pro Rafa

Peguei o celular e mandei mensagem pro Rf, falando que tava no hospital com a Mari pra ter os pivetes e que ele resolva os bagulho

Mari: Tá doendo muito Caíque
Coringa: Tenta relaxar
Mari: Não dá

Tentei pensar em alguma coisa pra distrair ela

Coringa:Tu lembra de quando tu chegou aqui?
Mari:Como assim?
Coringa: Tu subiu o morro na velocidade, nem acreditei que era tu dirigindo aquele carro
Mari:Eu lembro da sua cara
Coringa: Desceu do carro, olhou pro pessoal e falou com os vapos dando tchauzinho
Mari: riu- Só gatinho
Coringa: segurei a mão dela- Lembra que eu te levei em uma lanchonete e disse que era o melhor hambúrguer da cidade?
Mari: Lembro, a garçonete deu em cima de você
Coringa:E naquele dia disse que gostava de tu
Mari: É
Coringa:Te levei pra treinar, nem acreditei que tu atirava daquele jeito
Mari: sorriu- Ficou surpreso- assenti
Coringa:A gente tem uma história amor

Os olhos dela ficaram marejados

Coringa:A gente tem que falar sobre aquele assunto
Mari: Agora Caíque?
Coringa: Só me escuta- assentiu devagar- Eu sei que tem um milhão de coisas na tua cabeça, que tu pensa que eu te trai e a porra toda, mas acredita quando eu falo que eu posso tá caindo de bêbedo, mas eu nunca, ia fazer aquilo contigo

Olhou no meu olhou, olhou pro teto, e pra mim

Mari:E o que você acha que aconteceu?
Coringa: Aquilo foi armado, alguém me drogou

Olhou pra mim por um tempo e depois se remexeu gemendo de dor

Mari: Conversa com os meninos pra vê se melhora

Puxei a cadeira me aproximando mais da cama

Coringa:Fala onde cada um tá
Mari:botou minha mão na lateral- Léo- botou a outra mão mais em cima- Lucas
Coringa: Então né, eu sei que vocês não tão ligados mas eu não gosto muito de hospital não, da pra vocês virem logo pra eu poder ir pra casa

Só senti um tapa no meu braço

Coringa:Que isso Mariana?
Mari: É só ir embora
Coringa:Ta doida? Quero vê eles nascendo
Mari:Hum
Coringa:Mas tu tá ligada que eu não gosto de hospital
Mari:Por causa da sua mãe né- assenti

Tá me dando um medo da porra de acontecer alguma coisa com ela ou com os pivetes

.....

Passou umas seis horas já, a Mari já tá planejando a festa de aniversário, mandou eu fazer uma lista no celular, escolheu o bolo, salgados, decoração, não sei pra que isso

Só que depois de um tempo, ela ficou quetinha, se encolheu e ficou quieta

Mari:Chama o médico- voz fraca
Coringa:Que foi?
Mari:Eu não aguento mais

Chamei o médico que foi fazer o exame nela

Médico:Vai ser agora, enfermeira pode preparar

.....

Levaram a gente pro quarto, pedi pro da Mari ser só ela, caro essa porra, mas vai ter privacidade

Entreguei o Lucas pra Mari e peguei o Léo no colo

Mari:me puxou devagar pela blusa- Eles são a sua cara
Coringa:Nem parece que eles tem mãe- riu
Mari:Bota ele no berço pra mim

Botei os moleques no berço e sentei do lado da Mari

Mari:Eu vou dormir um pouco, qualquer você me chama
Coringa: assenti- Dorme que tu tá precisando

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