Capítulo 71

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Coringa

Coringa:Oi morena- abracei ela por trás
Mari:Meu deus Caíque
Coringa:rir e virei ela pra mim- Eai
Mari: Você não viu minha mensagem? Eu falei pra você não vim
Coringa:Eu vi, só não entendi
Mari:Eu vou no shopping ainda
Coringa:Eu vou contigo
Mari: Não é perigoso?
Coringa:Relaxa pô- dei um selinho- Vamo- assentiu

Peguei a moto e fui com ela

Mari: Vamo comer
Coringa:O que ?
Mari: Sei lá, só tô com fome, como foi o dia?
Coringa: Ah tranquilo, não teve muita coisa, e o seu?
Mari: Puxado

Da pra vê que ela não tá bem, é sempre alegre, animada, e tá como se alguém tivesse morrido

Mari:Pede alguma coisa pra gente enquanto eu vou no banheiro?
Coringa:Beleza, quer pizza?
Mari:Pode ser, toma- me entregou a bolsa e foi no banheiro

Fui pra fila, e senti algo vibrando dentro da bolsa, abrir e peguei o celular dela, uma mensagem de um número desconhecido

Um texto, basicamente dizendo que enquanto ela trabalha eu vou pra casa de outra

Várias e várias mensagens dizendo que eu traio ela, uma de hoje de tarde, com foto como se eu tivesse agarrado com outra em um beco

Coçei a cabeça e guardei o celular, fiz o pedido e sentei em uma mesa

Mari:Eai?- sentou do meu lado
Coringa:Uns 15 mins
Mari: Tá bom
Coringa:Vi o negócio do Neto
Mari: Achou alguém?
Coringa:Um tio que mora em São Paulo, falei pro Np ir atrás
Mari: Tendi

Pegou o celular e abriu o whatsapp, respondeu o Felipe, chegou outra mensagem, do mesmo número das fotos, arquivou e bloqueou o celular

Vi que o nosso já tava pronto, peguei e voltei pra mesa

Coringa: Porque seu dia foi ruim?- comecei a comer
Mari:Tem um professor que tá pegando no meu pé, eu fui entregar o trabalho, e ele jogou na minha cara que tava todo errado, tinha tudo que ele pediu
Coringa: Então por que ele falou isso?
Mari: Não sei, ele tinha dado uma semana pra ser feito, e só me deu três dias, filho da mãe
Coringa:Eu sei o que é isso
Mari:O que é então?
Coringa:Ele gosta de tu
Mari:riu- Não amor, ele é um velho chato, todo mundo fala dele, já se casou seis vezes
Coringa:Parece um tio meu- riu
Mari: Terminei
Coringa: Então bora, vai comprar o que?- seu rosto foi perdendo o sorriso

Desde que eu fui buscar ela, não tinha dado um sorriso, nem me chamado de amor como sempre faz, tinha dado uma relaxada, mas agora não sei

Mari:É...faz um favor pra mim?
Coringa:Fala
Mari:Paga uma conta pra mim enquanto eu resolvo uma coisa
Coringa: Não posso ir contigo e depois ir pagar a conta?
Mari:Por favor Caíque- encarei ela por um tempo e assenti
Coringa: Cadê o papel?
Mari: Aqui e o dinheiro- me deu selinho e se levantou- Até já

Deixei ela ir um pouco, comecei a seguir ela, foi até a Boticário e falou com uma atendente, ficou olhando uns cremes

Cheguei por trás e agarrei ela

Mari:Me larga porra- se virou pra mim- Que merda Caíque
Coringa:Por que eu não podia vim contigo?
Mari: Porque não era pra vim
Atendente:Aqui está senhora
Mari: Obrigada- pegou uma sacola e saiu me puxando- Porra Caíque
Coringa:Que foi Mariana?
Mari: Não era pra você vê
Coringa:Mas eu não vi, o que você comprou?
Mari: Era pra eu te dar em casa
Coringa: É pra mim?- entramos no elevador
Mari: Não é pro Peixe
Coringa:Ih, vai comprar coisa pra ele por que? Teu marido sou eu
Mari: Marido?
Coringa: É pó

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