Capítulo 193

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Coringa

Depois de um tempo eu fui pra casa, falei com os pivetes e fui na Mari, ela já foi cortando o papo, disse que a gente conversava depois

Depois de umas horas, botei os moleques pra dormir e fui pro quarto, sentei na frente dela

Coringa:O que tu queria falar?
Mari:Tu lembra de ontem?
Coringa:Mais ou menos, mas acho que fiz merda
Mari: Caíque, a gente tá junto, a mais de sete anos- assenti- A gente briga? Sim, passamos do ponto legal as vezes, mas em todo esse tempo, você nunca levantou a mão pra mim
Coringa: Hum

Mari:E ontem- o olho dela ficou marejado- Eu realmente, chamei o Americano, pq eu queria entender que história era aquela- assenti- Aí você chegou, começou a me chamar de vagabunda, e segurou no meu pescoço

Coringa: Tá zuando né?

Pegou o algodão e molhou, começou a passar no pescoço dela, de pouquinho em pouquinho, umas manchas roxas foram aparecendo

Mari: São as marcas dos seus dedos
Coringa:Tu ficou sem ar?
Mari: Não, mas você apertou

Olhei o pescoço dela, e realmente ficou a marca da minha mão

Coringa:Me perdoa amor, eu sei que passei o limite, tava com um monte de coisa na cabeça, aí pra completar, eu chego em casa e tu tá aqui com ele Mariana
Mari:Eu errei nisso, eu deveria ter te avisado, mas não justifica
Coringa:Eu sei
Mari: Caíque não tá dando, sério mesmo
Coringa:Como assim?

Mari:Desde quando a gente se encontrou, você tá diferente, você não suporta a ideia de eu tá perto do meu primo, um pessoa que eu nunca tive nada, tu surta com tudo, o Americano foi te contar essa história, tu chegou aqui gritando, dizendo que eu tinha te traído, tu podia ter sentado e conversado comigo

Coringa:Eu sei que eu errei Mariana, mas tenta me entender
Mari: Entender o que? Que tu ficou puto da vida por causa de algo que eu nem sabia que tinha acontecido
Coringa: respirei fundo- O que rolou na conversa com o Americano?
Mari:Eu chamei o Americano, ele disse que tinha umas coisas pra fazer eu disse que esperava, ele falou que a gente ficou, só que como no outro dia eu falei que tinha sonhado contigo, ele achou melhor não contar- assenti- Aí tu chegou me chamando de vagabunda, me puxando pelo pescoço

Achei melhor ficar quieto, só escutar ela

Mari:Eu nunca, jamais pensei que você podesse me machucar, logo você, segurou no meu pescoço e me puxou, tu tem noção que eu fiquei com medo de ti

Escorreu uma lágrima pelo rosto dela

Mari: Sabe o que tá aparecendo? O Coringa de antes, o que resolvia tudo na bala, fazia baile e usava um monte de drogas
Coringa:Mas eu mudei, por tu
Mari: negou- Não dar, assim não dar
Coringa:Tu quer terminar?

Perguntei com medo da resposta dela

Mari: Não- respirei aliviado- Mas eu não quero ficar com uma pessoa que me assusta, me dar medo, hoje de manhã, eu sair cedo pq eu queria ficar longe de você, talvez seja melhor a gente....dar um tempo ou- não deixei ela terminar

Coringa: Não- segurei o rosto dela- Nem pensa nisso, eu fasso o que tu quiser, mas não fica longe de mim, não se afasta de mim, por favor morena, eu juro que nunca mais levanto um dedo pra ti

Mari:E se você me bater?
Coringa:olhei no olho dela- Eu não vou, juro pra tu, tá bom?- assentiu

Passei a mão enxugando o rosto dela, olhei o pescoço dela, bem marcado

Coringa:Eu volto já- dei um selinho

Desci e fui na cozinha, peguei umas pedras de gelo e botei em uma saco, subi e entrei no quarto, peguei um pano e botei em volta do saco, sentei atrás da Mari e fui passando o saco com gelo no pescoço dela

Coringa:Tá dolorido?
Mari:Mais ou menos
Coringa:abracei ela por trás- Tu me perdoa?
Mari: Caíque eu sei que você é ciumento- olhou pra mim- Só que tu tá demais
Coringa:Eu não gosto de vê os caras perto de tu
Mari:E quantas vezes eu já te disse que eu só quero ficar contigo? Que eu não quero outro- assenti- Desculpa pelo que rolou com o Americano, eu não fazia a menor ideia
Coringa: Tá, não vou ficar brigando contigo por causa disso não

Fiquei passando o gelo no pescoço dela, depois botei na cabeceira e fiquei agarrado nela

Não vou mais ficar tocando nesse assunto não, a gente vai brigar e só vai fazer mal pra gente

Mas isso de eu ter apertado o pescoço dela, doeu em mim, pq quando ela me contou o que rolou com ela na infância, eu prometi que pra mim que nunca ia bater nela

Tô me sentindo mal pra caraí por causa dessa merda

Coringa:Vamo fazer o que amanhã?
Mari: Não sei, acho que vou ficar em casa com os meninos
Coringa: Fazendo?
Mari: Não sei, piscina, vê filme... tá batendo fome
Coringa:Ainda tem sorvete?
Mari:Tem napolitano, de flocos e de castanha
Coringa:Vou pegar o de castanha, quer de que?
Mari: Castanha mesmo

Peguei o sorvete na cozinha e a gente comeu, depois botei no frigobar e deitei com ela

Botei a mão na cintura dela e puxei ela mais pra mim, tirou minha mão

Coringa:Qual foi?
Mari:Nada
Coringa: Não posso tocar em tu?
Mari:Pode

Botei a mão na cintura dela e a perna por cima da dela

Coringa: Tá com medo?- ficou calada- Quer ficar só?
Mari: Quero ficar contigo, só tô um pouco desconfortável- assenti

Segurei o queixo dela e dei um selinho, segurou meu rosto e me beijou, coloquei a língua na boca dela com calma, fui explorando cada vez mais e ela foi me puxando

Desci a mão pra bunda dela e apertei, ela começou a desacelerar o beijo e encerrou com um selinho

Coringa:Que foi?
Mari:A gente sabe como isso terminar
Coringa:Ihh?
Mari:Eu não tô afim
Coringa:Tu vai ficar estranha comigo né?
Mari: Não, eu só, não tô com vontade
Coringa:E o que é que tu quer?
Mari:Fica contigo, sem malícia, gosto do teu carinho sabia?- sorri e assenti
Coringa:Vem cá

Puxei ela pro meu peito, fiquei fazendo cafuné e a gente foi conversando, passou um tempo e eu apaguei





Quero a opinião de vocês, foi traição ou não?

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