Capítulo 185

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Coringa

Não tenho muito o que fazer não, mais cedo trouxeram uma comida, tava ruim que só, depois levaram os bagulhos

A única coisa que tem pra fazer é vê tv

A porta abriu e o doutor entrou

Doutor:Visita pro senhor

Afastou um pouco e a Mari entrou, me olhou e os olhos dela encheram d'água na hora

Doutor:Vou deixar vocês sozinhos- saiu

Coringa:Vem cá- estiquei o braço pra ela

Olhou e segurou a minha mão, a lágrimas escorreram no rosto dela, puxei ela devagar

Mari: Caíque
Coringa: Tá acreditando agora?

Me abraçou e senti as lágrimas dela escorreu, puxei mais ela, me soltou e ficou me olhando sorrindo

Encolhi um pouco a perna

Coringa:Senta aqui

Ela sentou e botei a perna no colo dela

Mari: Isso é real né? Eu não tô sonhando?
Coringa: É real amor

Me deu um selinho e encheu meu rosto de beijo, beijei ela com calma, puxei ela pela cintura

Acelerou e levantou um pouco, arranhou minha nuca, mordi o lábio dela e deu um selinho

Coringa: Saudade
Mari:Tu não tem noção de como eu senti tua falta
Coringa:Que história é essa que eu morri?
Mari: Então, qual a última coisa que você se lembra?
Coringa:O carro derrapou e saiu da estrada, eu pulei do carro e ele explodiu, depois disso eu acordei aqui
Mari:Amor, acharam um corpo no local, disseram que era seu- o olho dela encheu d'água de novo- Quando o Rafael me contou o que tinha acontecido, eu não queria nem acreditar
Coringa:Para de chorar, tô aqui
Mari: Porra Caíque, tu tem noção que eu tive alucinação contigo, que eu tô tomando remédio controlado

Perai, como assim caraí?

Coringa: Alucinação?
Mari:No primeiro mês, eu te via andando na casa, deitado na cama, tu faz muita falta

Deitou a cabeça no meu peito e abracei ela

Coringa:A gente tá junto agora
Mari: Aconteceu muita coisa durante esses meses
Coringa:Tu vai me contar tudo né?
Mari: É só perguntar, eu conto o que você quiser

Beijei a cabeça dela e olhou pra mim

Mari:O médico falou que você tá fazendo fisioterapia
Coringa: É, mas tá meio ruim, eu sinto dor nas pernas
Mari:Mas tá conseguindo andar?
Coringa: Pouco, só não posso forçar- assentiu
Mari: Você tá comendo direito?
Coringa:Tô bem morena

Botou uma mão no meu pescoço e me beijou, a língua dela invadiu minha boca, chupou minha língua e explorei a boca dela, sorriu entre o beijo e deixou mais intenso, a falta de ar bateu e a gente se afastou

Mari:Saudade desse beijo- sorri- Cinco meses longe de ti
Coringa:E pra mim foram duas semanas

A porta abriu e a enfermeira entrou

Enfermeira: Licença- entrou com um carrinho

Na hora que viu a Mari mudou de expressão

Enfermeira:Trouxe seu lanche
Coringa: Valeu- olhei pra Mari- Amor essa é a enfermeira Karen, ela que tá me ajudando
Enfermeira:Sua namorada
Mari: Não, eu sou a mulher dele
Enfermeira:Ata, a senhora vai querer lanche também?
Mari: Não, obrigada

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